quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

LIVROS DO MÊS DE MARÇO

PARA OS MAIS NOVOS


TERRÍVEIS MATEMÁTICAS 
      «-  Conta-me mais contos de números – pediu a menina.
      - Pensava que detestavas a matemática.
      - E detesto; mas gosto de contos. Também detesto os ratos; no entanto, gosto muito das histórias do rato Mickey.»

  Eis um excerto de Terríveis Matemáticas, uma história cujos protagonistas são Alice e Lewis Carroll.
     Alice detesta as matemáticas e considera que não servem para nada.    Porém, um dia, enquanto está a estudar num parque, um estranho indivíduo convida-a a dar uma volta pelo País dos Números.
     O “estranho indivíduo” que dirige o convite a Alice é, nem mais nem menos, Lewis Carroll, o autor de Alice no País das Maravilhas. Será ele o acompanhante de Alice na sua fantástica viagem, em que terão de enfrentar o monstro do labirinto, cruzarão um deserto de grãos de trigo, entrarão num bosque de números e tomarão chá com o Chapeleiro Maluco.
     Neste livro, a maior aventura para Alice e para todos os leitores será descobrir que as matemáticas não só são úteis, mas também divertidas.
   Descobre também tu o encanto da matemática, através da viagem que as páginas deste livro te proporcionam!

PARA OS ADULTOS

A PAPISA JOANA

     Das profundezas ocultas do Vaticano, chega uma história de intriga e paixão proibida, mantida em segredo pela Igreja Católica, durante milhares de anos. 
     Num tempo em que a obediência total era exigida, João Anglicus – ou seja, a papisa Joana - manteve-se como uma luz ao fundo do túnel numa era de trevas.
     Personagem histórica envolta em lenda, a papisa Joana protagoniza a notável ascensão de uma mulher que não aceita as limitações que a sua época lhe impõe: dotada de uma inteligência esclarecida e de uma imensa força de carácter, atinge o mais elevado grau da hierarquia religiosa católica. 
     Apoiado numa investigação rigorosa, este é um romance magnífico, cativante, que prende o leitor nas complexidades da luta pelo poder, das conspirações e segredos políticos e dos fanatismos sangrentos. O livro que inspirou um grande filme épico realizado em 2010 e que certamente te inspirará também a ti!

Tal como muitos outros livros extraordinários, A Papisa Joana deu origem a um filme do aclamado realizador Sönke Wortmann. 
Deixamos-te aqui o trailer: 


quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

ZECA AFONSO 25 ANOS DEPOIS

Zeca Afonso foi um cantor e compositor fortemente comprometido, política e socialmente. Faleceu há 25 anos,  no dia 23 de Fevereiro. Porém, os seus poemas continuam a ser lidos e as suas músicas apreciadas e cantadas.


Traz Outro Amigo Também 

Amigo
 Maior que o pensamento
 Por essa estrada amigo vem 
Por essa estrada amigo vem
 Não percas tempo que o vento
 É meu amigo também
 Não percas tempo que o vento
 É meu amigo também

 Em terras
 Em todas as fronteiras
 Seja bem vindo quem vier por bem
 Se alguém houver que não queira
 Trá-lo contigo também

 Aqueles
 Aqueles que ficaram
 (Em toda a parte todo o mundo tem)
 Em sonhos me visitaram
 Traz outro amigo também
 Zeca Afonso

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

DIA DE S. VALENTIM


Escultura de Isaac Salazar


Celebra-se hoje, dia 14 de fevereiro, o Dia dos Namorados ou Dia de S. Valentim. 
Por essa razão é talvez seja importante saberes a… 


LENDA DE S. VALENTIM 

     Acreditando que os solteiros eram melhores combatentes, o imperador Cláudio II, proibiu o casamento durante as guerras. O bispo Valentim lutou contra as suas ordens e continuou a celebrar casamentos. 
     A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto esteve na prisão, teria recebido muitas mensagens de encorajamento e flores das pessoas que acreditavam no amor. 
     Durante a prisão, Júlia, filha do seu carcereiro e cega de nascença, visitava-o com alguma frequência, levava-lhe comida e conversava com ele. Diz a história que Valentim, sensibilizado com o problema de Júlia, implorou diariamente a Deus para que a fizesse recuperar a visão. 
     Certo dia, durante uma das suas visitas, uma luz iluminou a cela e Júlia começou a chorar e… a ver. Perante este milagre, toda a sua família se converteu ao Cristianismo, mas Cláudio II acabou por condenar S. Valentim à morte, que se deu a 14 de Fevereiro de 269 d.C.. S. 
     Desde então, Valentim passou a ser considerado o mártir protetor dos namorados. 

Geralmente, associam-se a este dia vários símbolos:




O CORAÇÃO



Antigamente acreditava-se que o coração era o cofre de todas as emoções. Por isso, a oferta de um coração significava dar tudo à pessoa amada. Embora as pessoas de outros tempos não tivessem consciência de que o coração era responsável pela circulação do sangue, tinham a certeza de que o coração era o centro dos sentimentos. E a crença perdura até hoje!

                          

CUPIDO, O DEUS DO AMOR

Cupido
O amor e a atração que um homem e uma mulher sentem é tradicionalmente associado a Cupido, sendo que, em latim, “cupido” significa “desejo”.
Cupido é representado por um rechonchudo anjo nu, alado e de sorriso travesso, que transporta um arco e uma aljava de setas,  utilizadas para atingir e transfigurar os corações dos humanos.





                                                     

 AS ROSAS


Desde tempos imemoriais que os apaixonados têm sido comparados a rosas. Se invertermos as letras da palavra ROSE (rosa, em inglês e francês) obtemos… EROS, ou seja, o Deus do Amor. Assim, não admira que as rosas sejam uma escolha tradicional para os enamorados de todo o mundo.



"AMO-TE!", "I LOVE YOU", JE T'AIME", "TE QUIERO" ou "ICH LIEBE DICH"?

Embora estes símbolos sejam universais, cada língua tem a sua forma de dizer "Amo-te!".
Se queres saber como se diz "Amo-te" em diversas línguas, incluindo a língua gestual portuguesa, dirige-te à vitrina da nossa ludoteca, onde podes descobri-lo!

CARTAS DE AMOR... RIDÍCULAS?

E como noutros tempos era comum escreverem-se cartas de amor, deixamos-te com o poema "Todas as cartas de amor são ridículas", de Álvaro de Campos, heterónimo de Fernando Pessoa...

 Todas as Cartas de Amor são Ridículas

                                                            Todas as cartas de amor são
                                                            Ridículas.
                                                            Não seriam cartas de amor se não fossem
                                                            Ridículas.

                                                            Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
                                                            Como as outras,
                                                            Ridículas.

                                                           As cartas de amor, se há amor,
                                                           Têm de ser
                                                           Ridículas.

                                                           Mas, afinal,
                                                           Só as criaturas que nunca escreveram
                                                           Cartas de amor
                                                           É que são
                                                           Ridículas

                                                           Quem me dera no tempo em que escrevia
                                                           Sem dar por isso
                                                           Cartas de amor
                                                           Ridículas.

                                                           A verdade é que hoje
                                                           As minhas memórias
                                                           Dessas cartas de amor
                                                           É que são
                                                           Ridículas.

                                                          (Todas as palavras esdrúxulas,
                                                          Como os sentimentos esdrúxulos,
                                                          São naturalmente
                                                          Ridículas.)

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

NOVAMENTE "O PRINCIPEZINHO"

LE PETIT PRINCE, por YANNICK NOAH

O Principezinho de Antoine de Saint-Exupéry, obra escolhida para o concurso de leitura no terceiro ciclo, inspira leitores e artistas de todo o mundo. Desta vez foi Yannick Noah, o famoso tenista francês, que criou uma canção a partir do clássico de Saint-Exupéry:


Marcher sur les chemins de roses
Il suffit parfois que l'on ose 
L'amour, l'amitié 
c'est les terres de l'exile 
Ton seul pays, ta seule famille

De planète en planète, 
sur la route des vents, 
de silence en tempête, 
La vie comme un roman 

De planète en planète, 
Petit Prince de la terre 
Tous les mots de tous les poètes, 
Fait le signe de l'Univers

E porque "o essencial é invisível aos olhos", procura O Principezinho numa estante da nossa biblioteca!

domingo, 5 de fevereiro de 2012

LIVROS DO MÊS DE FEVEREIRO

PARA OS MAIS JOVENS

O Menino Escritor, de Rosário Alçada Araújo
Uma história surpreendente, com ilustrações lindíssimas!
Um livro que parecia "um livro como tantos outros. Mas não era. Não que os livros sejam todos iguais, cada um é um mundo diferente."




PARA OS ADULTOS



Se Numa Noite de Inverno um Viajante, de Italo Calvino

Porque vivemos num mundo de histórias que começam e não acabam, este mês propomos um romance sobre o prazer de ler romances, onde o protagonista é o leitor.
Fica aqui um excerto que, acreditamos, aguçará o apetite para mais um livro extraordinário.
«Foi logo na montra da livraria que descobriste a capa com o título que procuravas. Atrás desta pista visual, lá foste abrindo caminho pela loja dentro através da barreira cerrada dos Livros Que Não Leste, que de cenho franzido te olhavam das mesas e das estantes procurando intimidar-te. Mas tu sabes que não te deves deixar assustar, que no meio deles se estendem por hectares e hectares os Livros Que Podes Passar sem Ler, os Livros Feitos Para outros Usos Além Da Leitura, os Livros Já Lidos Sem Ser Preciso Sequer Abri-los Por Pertencerem à Categoria Do Já Lido Ainda Antes De Ser Escrito. E assim transpões a  primeira muralha dos baluartes e cai-te em cima a infantaria dos livros Que Se Tivesses Mais Vidas Para viver Certamente Lerias Também De Bom Grado Mas Infelizmente Os Dias Que Tens Para Viver São Os Que Tens Contados.  Com um movimento rápido passas por cima deles  e vais parar no meio das falanges dos Livros Que Tens Intenção De Ler Mas Antes Deverias Ler Outros, Dos Livros Demasiado Caros Que Podes Esperar Comprar Quando Forem Vendidos em Saldo, dos Livros Idem Idem Aspas Aspas Quando Forem Reeditados Em Formato De Bolso, dos Livros Que Podes Pedir A Alguém Que Te Empreste e dos Livros que Todos Leram E Portanto É Quase Como Se Também Os Tivesses Lido. Escapando a estes assaltos, avanças para diante das torres do reduto, onde te opõem resistência
os Livros Que Há Muito Tempo Programaste Ler,
os Livros Que Há Anos Procuravas Sem os Encontrares,
os Livros Que Tratam De Alguma Coisa De Que Te Ocupas Neste Momento,
os Livros Que Queres Ter Para estarem À Mão Em Qualquer Circunstância,
os Livros Que Poderias Pôr De Lado Para Ler Se Calhar Neste Verão,
os Livros Que Te Faltam Para Pôres Ao Lado De Outros Livros Na Tua Estante,
os Livros Que Te Inspiram Uma Curiosidade Repentina, Frenética E Não Claramente                 Justificada.
E lá conseguiste reduzir o número ilimitado das forças em campo a um conjunto  sem dúvida sem dúvida ainda muito grande mas já calculável num número finito, mesmo que este relativo alívio seja atacado pelas emboscadas dos Livros Lidos Há Tanto Tempo Que Já Seria Altura De Voltar A Lê-los e dos Livros  Que Dizes Sempre Que Leste E Seria Altura De te Decidires A Lê-los Mesmo.»