quinta-feira, 30 de maio de 2013

RICARDO ARAÚJO PEREIRA VENCE O GRANDE PRÉMIO DA CRÓNICA

O Grande Prémio da Crónica, instituído pela Associação Portuguesa de Escritores, foi atribuído, por unanimidade, a Ricardo Araújo Pereira, pelo livro Novas Crónicas da Boca do Inferno, uma coletânea das crónicas que semanalmente podemos ler na revista "Visão". 
Deixamos-te uma das suas crónicas, em que Ricardo Araújo Pereira nos fala de SMS, gramática, abreviaturas… tudo envolvido numa boa dose de humor e provocação!

Wook.pt - Novas Crónicas da Boca do Inferno

20 anos de SMS: k balanço?
O k de 'jokas' não revela uma preocupação com a economia dos carateres, mas sim com a introdução de um elemento de novidade
     Agora que passam 20 anos sobre o envio da primeira mensagem SMS, talvez seja tempo de avaliar o contributo que esta forma de comunicação tem dado à língua portuguesa. O silêncio que a academia tem mantido sobre o tema foi finalmente interrompido pela obra tá td? jokas - elementos de semântica do SMS, do prof. José Júlio Moreira (edições Linha Recta). A ideia central do estudo é a seguinte: a mensagem SMS é uma simplificação que complexifica, no sentido em que é constituída por abreviaturas de tal forma intrincadas que acabam por requerer, elas mesmas, descodificação. No entanto, esse fenómeno não constitui obstáculo à compreensão do texto. Como diz Moreira, "o excesso de simplificação da escrita obscurece o conteúdo da mensagem que é, felizmente, em geral, nenhum". (p. 9)
     Moreira dedica um capítulo à análise da expressão "tá td?", que dá o título ao livro (pp. 27 e seguintes). Regista duas contrações e uma omissão: a contração do verbo e do pronome, um reduzido à última sílaba e o outro expurgado de vogais; e a omissão do advérbio bem, que se subentende sem sequer ser assinalado por qualquer abreviatura. A este propósito, sente-se, Moreira experimenta um pequeno êxtase gramatical: "A falta do advérbio acrescenta um jogo de subentendidos entre emissor e receptor que tem interpretação múltipla. Que significa a desaparição do 'bem'? Que não há lugar para o bem naquela relação comunicativa? Ou, pelo contrário, que a presença do bem é tangível a ponto de ser desnecessário articulá-la verbalmente? Ou serão ambas verdadeiras, gerando uma tensão (inevitavelmente erótica) que a expressão 'jokas' parece confirmar?" (p. 41).
    Sobre "jokas", Moreira debruça-se no capítulo seguinte. Em primeiro lugar, nota que, naquela abreviatura de "beijocas", a introdução do k não contribui para a poupança de letras que caracteriza a maior parte destes textos, daí retirando as devidas conclusões: "O k de 'jokas' não revela uma preocupação com a economia dos caracteres, mas sim com a introdução de um elemento de novidade: o que se diz é que estas 'jokas' são diferentes de eventuais 'jocas'. Em que consiste essa diferença? Modernidade e exotismo são valores que nos ocorrem imediatamente, e parece ser esse o objectivo da utilização de letras de outros alfabetos." (p. 66).
     Deve fazer-se referência a um conceito interessante, avançado por Moreira: "A linguagem usada em sede de SMS revela, de um modo geral, aquilo a que poderíamos chamar 'literacia de chimpanzé', no sentido em que lança mão dos recursos de que um chimpanzé vagamente familiarizado com uma gramática também lançaria, como utilizar os sinais de pontuação para desenhar caras sorridentes ou tristonhas, por exemplo." (p. 81). Isto, sublinha Moreira, não passa de suposição, pelo menos até à altura em que o primeiro chimpanzé for vagamente familiarizado com uma gramática. Aguardemos.

Lê outras crónicas de Ricardo Araújo Pereira AQUI.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

DIA NACIONAL DA ENERGIA - EXPOSIÇÃO NA BIBLIOTECA

    Convida-se toda a comunidade educativa a visitar, amanhã de manhã, a exposição de trabalhos realizados pelos nossos alunos de 3.º ciclo, no âmbito disciplina de Ciências Físico-Químicas, e também por alunos das Escolas do 1.º Ciclo.
      O Dia Mundial da Energia – que se celebra a 29 de maio - foi criado com o objetivo de sensibilizar as  os líderes mundiais e os cidadãos em geral para a necessidade de poupança de energia e para a promoção das energias renováveis, mais amigas do ambiente, em substituição das energias fósseis, altamente poluentes e prejudiciais para a própria vida na Terra.

      Deixamos-te aqui uma pequena amostra dos trabalhos expostos:





terça-feira, 28 de maio de 2013

SPOKEN WORD - PALAVRA DITA E FEITA: SEMIFINAL NA NOSSA ESCOLA

     Pelo segundo ano consecutivo alunos e professores do agrupamento puderam assistir a uma sessão de poesia de palavras ditas e feitas por alunos de 8.º e 9.º anos, resultantes de uma trabalho criativo, exigente e também divertido, promovido pela Fundação EDP e dinamizado pelas Produções Fictícias.
       Foi no auditório da nossa escola que o António, o Nélson, o João, a Marta, o Miguel, a Luísa, o Carlos, a Eduarda, o André, a Diana, a Viviana, o Ricardo, o Marcos, a Aléxia e a Teresa exploraram aquilo que as palavras, gestualizadas ou pronunciadas, podem dizer e fazer.
       O resultado surpreendeu: textos muito interessantes, formas de os transmitir únicas.
      Nesta semifinal, aberta à comunidade educativa, um júri de quatro elementos escolheu os alunos que, no dia 6 de junho, irão representar a nossa escola na final, a decorrer no auditório da Fundação EDP, junto à Casa da Música: o António Vale venceu o primeiro nível; a Aléxia Simões e a Teresa Carvalho foram as vencedoras do nível 2.
       Na realidade, todos ganhámos, pois…

“A pontuação pouco conta quando a história condiz com quem a conta”.
                                                                                     Silva, o Sentinela


A apresentadora: Prof.ª Sónia Cruzeiro
Os participantes:
                                         









Outros vencedores
O António, vencedor da primeira etapa












O júri

O público

Para saberes quem é Silva, o Sentinela, clica AQUI


sexta-feira, 24 de maio de 2013

CONVITE LeV 2013

LeV 2013 - literatura em viagem: um programa a não perder!





Conferência inaugural 
Salão Nobre dos Paços do Concelho 
24 de maio | 21.30
Esta conferência inaugural será proferida por Jerónimo Pizarro e terá como tema Fernando Pessoa, cujos 125 anos sobre o nascimento se celebram em 2013. 
Após a conferência inaugural, haverá lugar a uma leitura encenada de alguns textos de Pessoa. 
25 maio 
Mesas
1. O ELOGIO DO IBERISMO 
Biblioteca Municipal Florbela Espanca 25 de maio | 11.00
A pujança de países sul-americanos, como o Brasil e a Colômbia, será um bom pretexto para reforçar os laços ibero-americanos? Podem Portugal e Espanha desenvolver uma estratégia conjunta de desenvolvimento com os países com que partilham o idioma? A que distância estamos de constituir a Jangada de Pedra de José Saramago?
Moderador: Joel Cleto.
Participantes: Pilar del Río, Jerónimo Pizarro, Valter Hugo Mãe e Alexandre Honrado.
2. PORTUGAL DO NOSSO DESCONTENTAMENTO 
Biblioteca Municipal Florbela Espanca 25 de maio | 15.30 
É este o país que esperamos? O que falhou nos últimos 40 anos? Neste debate pretende-se discutir, mais do que o papel dos políticos e dirigentes, os erros cometidos pela sociedade no seu todo. Há falta de comprometimento? Há uma cultura de desinteresse pela construção do país?
Moderador: Pedro Marques Lopes. Participantes: Eduardo Pitta, José Rentes de Carvalho, Francisco José Viegas e Pedro Vieira.
3. VIAGEM AO CENTRO DO FUTURO 
Biblioteca Municipal Florbela Espanca 25 de maio | 17.30 
Já fomos um país de comerciantes. Hoje as opiniões dividem-se entre sermos um país de turismo ou um país de serviços, havendo ainda quem defenda que podemos ser a Índia da Europa. O que esperar do nosso futuro, como nos podemos reinventar. Que papel terão a cultura e a literatura nesse futuro?
Moderador: Miguel Soares. Participantes: Júlio Magalhães, Afonso Cruz, Alberto Santos, Fernando Pinto do Amaral.
Homenagem a Carlos Tê: Benvindo sejas Carlos 
Biblioteca Municipal Florbela Espanca 25 de maio | 21.30 
O mote é dado pela canção «Benvinda sejas Maria». Será uma visita à vida e obra do poeta e letrista através de uma entrevista pontuada por momentos de música e intervenções de convidados que se cruzaram com Carlos Tê ao longo da sua carreira musical.
26 maio 
Mesas 
4. A LÍNGUA PORTUGUESA É UMA FESTA 
Biblioteca Municipal Florbela Espanca 26 de maio | 15.30 
Com a descolonização, Portugal virou as costas ao espaço lusófono. Com a Europa em ruínas e o Brasil em franco desenvolvimento, estamos a redescobrir a importância da língua portuguesa. Terá Portugal humildade para ser o copiloto do Brasil? Qual deve ser o nosso papel numa política global da língua?
Participantes: João Luís Barreto Guimarães, Carla Maia de Almeida, Onésimo Teotónio de Almeida e Teolinda Gersão.
5. A EUROPA EM TEMPOS DE CÓLERA 
Biblioteca Municipal Florbela Espanca 26 de maio | 17.30
Os períodos de crise profunda na Europa geraram graves conflitos. Poderemos estar na antecâmara de um conflito Norte/Sul? Estamos a assistir ao fim do sonho europeu? A falta de solidariedade entre os estados é só fruto de um contexto económico-financeiro ou é uma profunda questão cultural?
Moderador: Luís Caetano.
Participantes: Christiane Rösinger, Lucian Vasilescu, Manuel Jorge Marmelo, Nuno Camarneiro e Miguel Miranda.
Atividades Paralelas Levezinho; Exposições; Lounge; Feira do Livro

quinta-feira, 23 de maio de 2013

LEMBRANDO AS CEREJAS...


No mês em que se comem as cerejas ao borralho, não poderíamos esquecer estes frutos rubramente deliciosos.
Lembramo-las com palavras e imagens. Saboreia-as!



Não quero escrever muito. Não é preciso. Já disse algumas vezes que estou deixando de falar. E também de ouvir. E também de pensar. E de vez em quando uso óculos totalmente escuros para não ver nada. Mas no pouco que quero escrever […], lembro das cerejas de Portugal, aquelas que as mulheres nas aldeias colhem na hora, lavam e entregam. Já comprei cerejas assim muitas vezes em vários locais de Portugal, quase sempre nas montanhas. Tenho na boca o gosto dessas cerejas, o vermelho das amoras, esse gosto que permanece, que parece ficar para sempre. Sinto assim especialmente agora, quando sinto que todas as coisas passaram sem que eu percebesse. Sinto agora esse gosto de amora, das avelãs da minha tia Lourdes, poeta de versos sacros, todos feitos para Deus. Sempre que a vejo, ainda hoje, ela me dá avelãs. Guardo o gosto das avelãs, o gosto das amoras, o gosto das cerejas, aquelas mulheres das montanhas com um lenço na cabeça, que vendem cerejas colhidas na hora e cantam canções das mais lindas que ouvi até hoje, porque são canções da terra, com gosto de chuva, com gosto do amor, um amor de vinho e azeite. Depois as ruas onde andou Fernando pessoa, a mesa em que lia o jornal, o balcão onde tomava o seu café. Não quero escrever muito, apenas o suficiente para lembrar. As coisas passaram para sempre. Estão distantes, numa memória que se apaga. Eu estou ausente de mim.

Álvaro Alves Faria, jornalista, poeta, ensaísta e tradutor brasileiro

segunda-feira, 20 de maio de 2013

LIVRES COMO LIVROS NA BMAG

     Realiza-se amanhã, dia 21 de maio, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett,  mais uma conferência subordinada ao tema "Os livros da minha vida": Álvaro Magalhães falará de Joana-Puff e de O país das pessoas de pernas para o ar. Paulo Cunha e Silva elegeu O Mapa e o Território.
     A não perder!

sexta-feira, 17 de maio de 2013

O QUE É A FELICIDADE?

  
      
    O que é a felicidade? Será, como diz a velha cantiga, ter “saúde, dinheiro e amor”? 
    De facto, não podemos negar que estas três coisas são muito importantes, mas não necessariamente por esta ordem. 
    No entanto, a felicidade também é feita de outras pequeninas GRANDES coisas: ler um bom livro aninhado(a) num sofá, assistir a um bom espetáculo, jantar com amigos, apanhar flores silvestres,  ou não fazer absolutamente nada… eis algumas das coisas que nos poderão fazer felizes. 
     Mas há muitas outras pequenas GRANDES coisas que nos fazem felizes. 
     Queres saber quais? 
   Lê AQUI o “Felicidário”, uma iniciativa do jornal PÚBLICO em parceria com a associação “Encontrar+se”, onde, dia a dia, são apresentadas propostas para sermos felizes, quer tenhamos 65 quer tenhamos 15 anos.
      Em português e em inglês!

   

quinta-feira, 16 de maio de 2013

ENCONTRO DE LITERATURA INFANTO-JUVENIL NA BMAG

       Decorrerá,   amanhã  e  depois  - 17 e 18 de maio,  o  4.º  encontro  de  Literatura  Infanto-Juvenil na  Biblioteca Municipal Almeida Garrett.
     A par de diversas comunicações que versarão sobre obras de autores consagrados e também sobre a ilustração, poderá ser vista a exposição "Peter Pan e a Terra do Nunca", onde 21 ilustradores revelam a sua visão sobre o imaginário da personagem Peter Pan.

POETA NUNO JÚDICE VENCE PRÉMIO RAINHA SOFIA


Dez anos depois de Sophia de Mello Breyner ter recebido o prémio em 2003, foi a vez de o poeta Nuno Júdice ser galardoado com o o XXII Prémio Reina Sofia de Poesia Ibero-Americana, atribuído pelo Património Nacional espanhol e pela Universidade de Salamanca.
O poeta algarvio, de 64 anos, é autor de 30 livros de poesia, entre eles, A matéria do poema e Guia dos conceitos básicos, editado em 2010. Além do universo hispânico, Nuno Júdice tem obras traduzidas em Itália, Inglaterra e França e, anteriormente, foi galardoado com vários prémios literários, nomeadamente o Prémio Pen Clube, em 1985, o Prémio Dom Dinis, em 1990, o Prémio da Associação Portuguesa de Escritores, em 1995, e o Prémio Fernando Namora, em 2004. (LER +) (LER +)


Na sua poesia, Nuno Júdice fala-nos de muitos temas. Até da escola!
Escuta-o em dois dos seus poemas:

                                                    O Poeta

                                                    Trabalha agora na importação
                                                    e exportação. Importa
                                                    metáforas, exporta alegorias.
                                                    Podia ser um trabalhador
                                                    por conta própria,
                                                    um desses que preenche
                                                    cadernos de folha azul com
                                                    números
                                                    de deve e haver. De facto, o que
                                                    deve são palavras; e o que tem
                                                    é esse vazio de frases que lhe
                                                    acontece quando se encosta
                                                    ao vidro, no inverno, e a chuva cai
                                                    do outro lado. Então, pensa
                                                    que poderia importar o sol
                                                    e exportar as nuvens.
                                                    Poderia ser
                                                    Um trabalhador do tempo. Mas,
                                                    De certo modo, a sua
                                                    prática confunde-se com a de um
                                                    escultor do movimento. Fere,
                                                    com a pedro do instante, o que
                                                    passa a caminho
                                                    da eternidade;
                                                    suspende o gesto que sonha o céu;
                                                    e fixa, na dureza da noite,
                                                    o bater de asas, o azul, a sábia
                                                    interrupção da morte.
                                       


Escola

     O que significa o rio,
     a pedra, os lábios da terra
     que murmuram, de manhã,
     o acordar da respiração?

                    O que significa a medida
                    Das margens, a cor que
                    Desaparece nas folhas no
                    Lodo de um charco?

                              O dourado dos ramos na
                              Estação seca, as gotas
                              de água na ponta dos
                              cabelos, os muros de hera?

                                       A linha envolve os objetos
                                       Com a nitidez abstrata
                                       Dos dedos; traça o sentido
                                       que a memória não guardou;

                                                   e o fio de versos e verbos
                                                   canta, no fundo do pátio,
                                                   no coro de arbustos que
                                                   o vento confunde com crianças.

                                                               A chave das coisas está
                                                               no equívoco da idade,
                                                               na sombria abóbada dos meses,
                                                               no rosto cego das nuvens.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

CONVITE: POESIA NO PALACETE VINCONDES DE BALSEMÃO - 17 DE MAIO

   
     A 17 de maio far-se-á a apresentação da série DiVersos (Poesia e Tradução), a propósito da publicação do  número 18  desta  revista. Os  participantes  lerão  alguns  dos seus textos e conversarão sobre poesia e tradução. 
 
     Será no Porto, no Palacete Viscondes de Balsemão (na Praça Carlos Alberto), pelas 18 h 15
 
     A não perder!



REVISTAS EM DESTAQUE


Revista VISÃO Júnior de Maio

     A Visão Júnior continua a surpreender! Atrai a nossa atenção com a banda One Direction ou o Justin Bieber para depois se desdobrar em preciosas curiosidades sobre animais, estranhas profissões, truques de magia, desporto e muitos outros temas. Em destaque a do mês de Maio!
     Chegou também a Superinteressante. Traz artigos sobre a grande migração dos nossos antepassados mais longínquos (parece que afinal todos temos antepassados africanos), as últimas descobertas sobre o Espaço (o fascínio das estrelas, das nebulosas e dos cometas é enorme), os segredos dos elefantes e a forma como comunicam (com aquelas enormes orelhas devem ouvir muito bem!), truques científicos para apanhar mentirosos e muitos outros temas Superinteressantes..
     Outra das novidades é a nova National Geographic, sempre muito bem ilustrada com ótimas fotografias, a transbordar de magníficos temas tais como a Regeneração de espécies extintas ( será que é ético fazê-lo?), os caçadores de dentes de mamutes, o abate ilegal de árvores nas florestas da América do Sul, a fascinante Barreira de Coral da América Central e muitas outras reportagens.

Texto da prof.ª Fátima Neto
URL das imagens:http://visao.sapo.pt/users/
126/12640/133-vjunior-maio-2013-93ed.jpg 
http://super.abril.com.br/blogs/planeta/files/2013/
05/Pothole-Gardens-5-e1368223364447.jpg 





Curioso(a)?       
AQUI o artigo ilustrado por esta fotografia, da SuperInteressante brasileira,  e descobre porquê!

domingo, 12 de maio de 2013

PARA OS AMANTES DE ARTE

"O Desterrado", escultura de Soares dos Reis

     Se aprecias arte e gostas de visitar museus, propomos-te, hoje, a visita virtual a dois grandes museus portugueses: o Museu Nacional Soares dos Reis, aqui no Porto, e o Museu de Arte Antiga, em Lisboa.
      Para veres o melhor do Museu Nacional Soares dos Reis, clica aqui.
      Encontras o melhor do Museu de Arte Antiga aqui.

Pormenor da "Custódia de Belém" -
 autoria atribuída a Gil Vicente
 
        E se, de repente, um quadro ganhasse vida? Fantástico? Assustador? Delirante?
    Pois bem: foi esta a ideia subjacente à campanha de promoção do Museu Rijks, que reabriu recentemente ao público.
     Tudo se passou num centro comercial de Breda, cidade próxima de Amesterdão, onde a "Ronda Noturna" de Rembrandt ganhou vida. 
        Certamente, o interesse pelo Rijksmuseum cresceu! 
        Vê AQUI o filme desta original iniciativa!  

sábado, 11 de maio de 2013

ACERCA DO SILÊNCIO




«O silêncio é o momento em que germinam as boas resoluções.»

Moisés Espírito Santo, Sociólogo
URL da imagem: http: //4.bp.blogspot.com/-CfbycMx4fy8/T06zzCFTHQI/
AAAAAAAAF2w/ZRO55R-n-2Y/s1600/sil%C3%AAncio+(26).jpg: 

Algumas palavras sobre o silêncio:


O Silêncio

Quando a ternura
parece já do seu ofício fatigada,

e o sono, a mais incerta barca,
inda demora

quando azuis irrompem
os teus olhos

e procuram
nos meus navegação segura

é que eu te falo das palavras
desamparadas e desertas,

pelo silêncio fascinadas.

Eugénio de Andrade, in Obscuro Domínio


                                   Silêncio

                                   Assim como do fundo da música
                                   brota uma enquanto nota
                                   que enquanto vibra cresce e se adelgaça
                                   até que noutra música emudece,
                                   brota do fundo do silêncio
                                   outro silêncio, aguda torre, espada,
                                   e sobe e cresce e nos suspende
                                   e enquanto sobe caem
                                   recordações, esperanças,
                                   as pequenas mentiras e as grandes,
                                   e queremos gritar e na garganta
                                   o grito se desvanece:
                                   desembocamos no silêncio
                                   onde os silêncios emudecem.
               
                                   Octavio Paz, in Liberdade sob Palavra
                                   Tradução de Luís Pigantelli

                                                            
                                                            O Silêncio

                                                            Peço apenas o teu silêncio,
                                                            como uma criança pede uma flor
                                                            ou um velho pedinte um bocado de pão.
                                                            Um silêncio
                                                            onde a tua alma se embrulha, friorenta,
                                                            trémula, à aproximação das invernias.
                                                            Um silêncio com ressonâncias de antigas primaveras,
                                                            de outonos descoloridos
                                                            e da chuva a cair no negrume da noite.

                                                            - Vá, motorista de táxi,
                                                            transporta-me
                                                            através das ruas da cidade inextricável,
                                                            vertiginosamente,
                                                            buzinando, buzinando,
                                                            abafando o ruído de um outro silêncio!

                                                            Saúl Dias, in “Essência”

quinta-feira, 9 de maio de 2013

SOBRE A ORIGEM DAS LÍNGUAS QUE FALAMOS

Sabias que as línguas faladas de Portugal à Sibéria têm uma origem comum? E que algumas das palavras mais utilizadas têm mais de 15 000 anos? E que algumas das palavras mais “antigas” são “eu”, “nós”, “homem” ou “mãe”?
Se este tema te interessa, lê o artigo “Línguas de Portugal à Sibéria têm origem comum”, de Virgílio Azevedo para o jornal Expresso, aqui.

Línguas de Portugal à Sibéria têm origem comum

terça-feira, 7 de maio de 2013

CONVITE: EXPOSIÇÃO "SEMANA DA EUROPA"


Convida-se a comunidade educativa a visitar a exposição de trabalhos realizados pelos alunos de 3.º ciclo  e orientados pelos professores de Geografia, sobre a União Europeia, no âmbito da atividade "Semana da Europa".
Esta exposição estará patente na biblioteca até ao próximo dia 14 de maio. Visita-a e deixa a tua opinião sobre os trabalhos expostos!


sábado, 4 de maio de 2013

DIA DA MÃE

Hoje, domingo, dia 5 de maio, celebra-se o Dia da Mãe. 
Que no seu dia se imprima a cor da poesia!

Ilustração de Manon Gauthier

Ó MÃE

       Ó mãe, regressa a mim. Embala-me no tempo em que os teus lábios rebentavam de ternura. Ó mãe, ó minha mãe, ó rio de água pura, correndo pelas veias. Pelo vento.
       Ó mãe, que és mãe de Deus, que és mãe de mim e mãe de Antero e de Camões, e mãe de quem lhe faltam as palavras como se faltasse o ar. E são assim uma espécie de filhos de ninguém. Abre o teu ventre, mãe.
     Acorda. Vem parir-me. E vem sofrer a minha dor uma vez mais. Morrer de amor por mim. Vem impedir-me o medo. Ensinar-me a amar a luz dos animais.
       Ó mãe, ó minha mãe. Ó pátria. Ó minha pena. Que me pariste, assim, temperamental. Mãe de Ulisses, de Guevara e mãe de Helena. E mãe da minha dor universal.
Joaquim Pessoa, Ano Comum

Ilustração de Yiang Pan

POEMA À MÃE

No mais fundo de ti 
Eu sei que te traí, mãe.

Tudo porque já não sou 
O menino adormecido 
No fundo dos teus olhos.

Tudo porque ignoras 
Que há leitos onde o frio não se demora 
E noites rumorosas de águas matinais.

Por isso, às vezes, as palavras que te digo 
São duras, mãe, 
E o nosso amor é infeliz.

Tudo porque perdi as rosas brancas 
Que apertava junto ao coração 
No retrato da moldura.

Se soubesses como ainda amo as rosas, 
Talvez não enchesses as horas de pesadelos.

Mas tu esqueceste muita coisa; 
Esqueceste que as minhas pernas cresceram, 
Que todo o meu corpo cresceu, 
E até o meu coração 
Ficou enorme, mãe!

Olha - queres ouvir-me? 
- Às vezes ainda sou o menino 
Que adormeceu nos teus olhos;

Ainda aperto contra o coração 
Rosas tão brancas 
Como as que tens na moldura;

Ainda oiço a tua voz: 
Era uma vez uma princesa 
No meio do laranjal...

Mas - tu sabes - a noite é enorme, 
E todo o meu corpo cresceu. 
Eu saí da moldura, 
Dei às aves os meus olhos a beber.

Não me esqueci de nada, mãe. 
Guardo a tua voz dentro de mim. 
E deixo as rosas.

Boa noite. Eu vou com as aves.

Eugénio de Andrade, Os Amantes sem Dinheiro

Ilustração de Daryl Zang



SÓ POR ISSO, MÃE

Mesmo que a noite esteja escura, 
Ou por isso, 
Quero acender a minha estrela.

Mesmo que o mar esteja morto, 
Ou por isso, 
Quero enfunar a minha vela.

Mesmo que a vida esteja nua, 
Ou por isso, 
Quero vestir-lhe o meu poema.

Só porque tu existes, 
Vale a pena!

Lopes Morgado, Mulher Mãe

quinta-feira, 2 de maio de 2013

PARA REFLETIR...

(Via allfortheloveofbooks)

«A opulência de um Reino não só consiste na abundância das riquezas, senão também na afluência das palavras; e assim, pelo contrário, todo o Reino, falto de palavras, é pobre.»

Rafael Bluteau, 1712

quarta-feira, 1 de maio de 2013

LIVROS DO MÊS DE MAIO

MAIO FRIO E JUNHO QUENTE: BONS LIVROS, LEITORES VALENTES!
(Provérbio adaptado)

50 IDEIAS DE FILOSOFIA QUE PRECISA MESMO DE SABER, de Ben Dupré

     Já alguma vez ficaste acordado(a) à noite a pensar se podemos ter a certeza absoluta da realidade do mundo exterior? Na verdade, talvez sejamos apenas cérebros sem corpo a boiarem numa vasilha e à mercê de um génio maligno? 
     Se isso já te aconteceu, fica a saber que não estás sozinho(a) - e que, antes pelo contrário, estás na companhia de pessoas com opiniões inflamadas. Porque estas e outras questões atormentadoras - desde o «problema das outras mentes» à nave de Teseu, da navalha de Occam ao paradoxo do barbeiro - têm sido objeto de ruminação filosófica desde Platão a Putnam. 
     Numa série de 50 acessíveis e lúcidos ensaios curtos, Ben Dupré introduz e explica os problemas do conhecimento, consciência, identidade, crenças, justiça, linguagem, sentido e estética, que prenderam a atenção dos pensadores desde a Grécia Antiga até ao tempo presente. 
     Desmistificando e entretendo, 50 Ideias: Filosofia é a introdução perfeita à filosofia ocidental para os não iniciados, da autoria de um escritor com um talento especial para explicar conceitos complexos e desafiadores. 
     Tudo explicado de forma clara e objetiva! 

AS NOVE MAGNÍFICAS, de Helena Sacadura Cabral 

        Sobre o papel das mulheres na construção do país que somos, reina o silêncio. Se é indiscutível que a História de Portugal foi erigida com uma importante influência feminina, também é verdade que este contributo tem sido lamentavelmente minorado ou mesmo esquecido pela grande maioria dos historiadores.
      Exaltamos os nossos reis, as suas qualidades, os jogos de poder em que estiveram envolvidos, as vitórias que alcançaram. Mas as suas consortes são quase sempre vistas como meros peões deste jogo. 
   Neste livro, Helena Sacadura Cabral surpreende-nos ao recuperar a história de nove magníficas mulheres que souberam deixar a sua marca e influenciar decisivamente a vida nacional. 
       O que têm em comum D. Teresa, a primeira rainha de Portugal, Santa Isabel, a pacificadora, D. Leonor Teles, a licenciosa, D. Filipa de Lencastre, a mãe da Ínclita Geração, D. Catarina de Áustria, a centralizadora, Luísa de Gusmão, uma regente poderosa, D. Carlota Joaquina, a política irreverente, D. Maria, a única mulher a ocupar, por direito próprio, a chefia do Estado português já num ordenamento constitucional e D. Amélia, que viu morrer nos seus braços o marido e o seu filho, o príncipe herdeiro? Foram rainhas, regentes, mães, esposas dedicadas, diplomatas de calibre, políticas argutas e quase todas elas sentiram esse imenso fascínio que o poder parece desencadear. 
     Através das suas alegrias e tristezas, dos encantos e desencantos, das ambições e dos fracassos, das ações políticas ou mesmo do seu quotidiano, Helena Sacadura Cabral relata nove séculos de História do nosso país através do olhar e do destino que a vida reservou a estas surpreendentes mulheres. 
(Texto da contracapa)