domingo, 31 de janeiro de 2016

VALE A PENA PENSAR NISTO: LER IMPLICA DIALOGAR


«Ler implica dialogar, abrir-se aos outros, entrar em universos alheios, alargar o horizonte da experiência vivida; desenvolve o espírito crítico e a tolerância, e dá espaço não só ao intelecto mas também aos SENTIMENTOS – parte fundamental e constitutiva da personalidade, que as nossas sociedades demasiado economicistas e tecnocratas tendem a sufocar e a esquecer.»

Teolinda Gersão

sábado, 30 de janeiro de 2016

PORTO DE ENCONTRO COM JOÃO PEDRO MARQUES


      O romancista e historiador João Pedro Marques é o protagonista da primeira edição do ano do “Porto de Encontro”, que se realiza a 31 de Janeiro, domingo, às 17 horas, no auditório da Biblioteca Almeida Garrett, no Porto.
     Do outro lado do mar, o mais recente romance do autor, vai estar em destaque na conversa mantida com o jornalista Sérgio Almeida e os leitores.
       Júlio Magalhães, diretor-geral do Porto Canal, vai ser o convidado especial de uma sessão em que as leituras estarão a cargo de Manuela Leitão.
      Doutorado em História pela Universidade Nova de Lisboa, João Pedro Marques é autor dos romances “Os dias da febre”, “Uma fazenda em África” e “O estranho caso de Sebastião Moncada”.
      O “Porto de Encontro” é um ciclo de conversas com escritores promovido pela Porto Editora desde novembro de 2011 em que já participaram, entre muitos outros, Luis Sepúlveda, Valter Hugo Mãe, Gonçalo M. Tavares e Lídia Jorge.
        Entrada Livre 
        Público alvo: Público em geral

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

NO WORLD OF DISCOVERIES – APRESENTAÇÃO DE LIVRO “A CONQUISTA DE CEUTA: CONSELHO RÉGIO DE TORRES VEDRAS”

EO_Ceuta

Amanhã, dia 30 de janeiro, pelas 15 horas, o World of Discoveries promove o lançamento do livro A Conquista de Ceuta: Conselho Régio de Torres Vedras
Após a apresentação da obra, decorrerá uma visita guiada à exposição “CEUTA ONTEM, CEUTA HOJE. 600 anos de Encontro de Culturas entre Atlântico e Mediterrâneo”, uma «exposição de gentes, ritos, sons, texturas, odores e sabores que marca um contraponto fundamental entre Ceuta há 600 anos, tal qual os portugueses a encontram, e Ceuta hoje, história e vivências». 
A visita à exposição será gratuita para todos os que adquirirem o livro apresentado e estará patente neste museu até ao próximo dia 25 de maio.

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

PENSAMENTO DA SEMANA: PALAVRAS E EMOÇÕES


«[É nas palavras que] depositamos todas as emoções, 
como em frascos preciosos, que ninguém quer deixar cair.»

Capicua, in revista Visão n.º 1184

REIS MAIS INFLUENTES DA HISTÓRIA DE PORTUGAL

E se nos pedissem para escolher os 7 reis que mais influenciaram a História do nosso país? Provavelmente iria haver alguns que seriam consensuais. É este tipo de reflexão que nos propõe João Ferreira no Observador.

  

A escolha começa por D. Afonso Henriques (1109-1185). Sem ele, Portugal nem sequer teria tido início. O fundador encabeça esta lista por mérito próprio: a bravura, a capacidade de liderança e a sagacidade diplomática consagraram-no como cabo-de-guerra e chefe político.
Segue-se D. Dinis (1261-1325) cuja preocupação com o povoamento do território e o desenvolvimento da agricultura lhe valeu o cognome de O Lavrador. Foi o primeiro rei de Portugal mais governante do que guerreiro. Foi ainda poeta e fundou uma das universidades mais antigas do mundo.
A capacidade de liderança revelada por D. João I, mestre da Ordem de Avis (1357-1433), durante a revolução de 1383, o cerco de Lisboa, em 1384, e a resistência à invasão castelhana levou os representantes do clero e da nobreza a imitarem o povo e a escolhê-lo como rei, nas cortes de Coimbra de 1385. Inaugurou uma nova dinastia, confirmou Portugal como país independente e lançou, em 1415, a expansão ultramarina.
No trono desde 1481, D. João II (1455-1495) levou a cabo uma política coerente, determinada pela razão de Estado. O rei deixara de ser o primeiro dos nobres e passara a estar acima da nobreza. Portugal entrava na modernidade política do Renascimento.
D. João V (1689-1750) ocupou o trono durante quase toda a primeira metade do século XVIII e o seu reinado poderia ser resumido a uma palavra mágica: o “quinto”. Assim ficou conhecido o imposto pelo qual 20% de todo o ouro extraído no Brasil revertia para a coroa. A Portugal chegavam também os diamantes a par com outras riquezas que fizeram deste rei o chefe de Estado mais rico da História de Portugal.
D. Maria II (1819-1853) tinha um dever esgotante: a Carta Constitucional reservava à rainha o poder moderador, a chave do sistema. Cabia-lhe gerir os conflitos entre as facções vencedoras da guerra civil entre liberais e absolutistas, cada uma disposta a golpes e revoltas sangrentas para chegar ao governo.
D. Carlos (1863-1908) foi assassinado ao mesmo tempo que o seu filho, o príncipe herdeiro. A sua morte foi o desenlace violento de uma situação que se arrastava desde o final do século XIX, com a crise do rotativismo. A alternância no poder dos dois partidos do “centrão” da monarquia constitucional, Regeneradores e Progressistas, tinha desacreditado a classe política e o regime. A subida ao trono de D. Carlos, em 1889, foi vista como uma oportunidade de reformar a política portuguesa e modernizar o país. Quando D. Carlos rompeu com o rotativismo e nomeou chefe do Governo um dissidente do Partido Regenerador, João Franco, a classe política ficou alarmada. Tinha vocação para pintor (sobretudo aguarelista), cientista (o acervo das suas campanhas oceanográficas no iate Amélia deu origem ao Aquário Vasco da Gama, em Lisboa) e fotógrafo.
Estes foram os reis escolhidos por este comentador. E cada um de nós quais escolheria?

LER+ AQUI!
Texto: Prof.ª Fátima Neto
Fonte: Jornal Observador Online

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

REVISTAS DE JANEIRO E JORNAL DE LETRAS NA BE/CRE À TUA ESPERA!

2016. Ano novo, novas leituras! Ler revistas é sinónimo de actualizar informação, partir para novas descobertas, ter mais assuntos de conversa com os amigos. Por isso, sugerimos a leitura, na Biblioteca das mais recentes…

Resultado de imagem para Revista superinteressante Portugal Janeiro 2016 capa   

     A SUPERinteressante, apresenta um artigo em destaque sobre o Stress e algumas dicas para o vencer ou pelo menos atenuar, um trabalho de investigação histórica sobre D. João II e outro sobre uma antiga espécie humana, até agora desconhecida. De realçar ainda, um texto sobre Astrologia e Futurologia que nos ajuda a compreender porque é que nunca acertamos nas nossas previsões e uma pesquisa sobre a existência de um Banco de sementes na Noruega. Estes entre muitos outros assuntos para pessoas curiosas e que gostam de saber sempre mais.
     O JORNAL DE LETRAS destaca a comemoração do centenário do escritor Vergílio Ferreira. Dá ainda a conhecer várias opiniões sobre a realização ou não de exames no ensino básico, para além de outros variados assuntos culturais.
     A NATIONAL GEOGRAPHIC propõe uma reflexão sobre as consequências do fim do Árctico, chama a atenção para o poder que a natureza exerce sobre o nosso bem-estar, conta as dificuldades de navegar no rio Congo, alerta para a destruição de Palmira pelo DAESH (autoproclamado Estado Islâmico) e revela a existência de uma raça de lobos que vivem do mar.
     Chegou também a ELLE, para folhear e aproveitar algumas dicas sobre moda e beleza. 
Texto: Prof.ª Fátima Neto

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

PENSAMENTO DA SEMANA: A ARTE FAZ A DIFERENÇA!


“Um filme, uma peça de teatro, uma música ou um livro 
podem fazer a diferença. Podem mudar o mundo”.


Alan Rickman
(Ator britânico recen-
temente desaparecido)

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

CONCURSO DE LEITURA - VENCEDORES

O grande dia chegou! À hora marcada, alunos e professoras de Português foram-se aproximando do pavilhão A, onde as provas iriam decorrer. Alguns alunos reliam pela última vez as páginas para se apoderam dos sentidos dos textos; outros trocavam impressões sobre as histórias lidas; muitos brincavam com os amigos, alheios a quaisquer preocupações.
Depois foi a chamada, a ocupação das salas, a distribuição das provas, o silêncio. Entre os estudantes do 2.º ciclo respondia-se a questões sobre História com recadinho e A Menina Coração de Pássaro, de Luísa Dacosta. Já aos mais velhos, do 3.º ciclo, competia mostrarem quão aprofundadamente conheciam a história de Rose, contada por Ilse Losa em O Mundo em que vivi. O mundo em que a autora viveu entre a Primeira e a Segunda Guerra Mundial, com os seus dilemas, os seus segredos, as suas inquietações…
Cerca de 30 minutos depois, a recolha das provas deu lugar à algazarra que se prolongou para o recreio. Contrariamente, dentro das salas, as professoras verificavam as respostas…
Todos os participantes estão de parabéns! Leram histórias lindíssimas, que os fizeram descobrir palavras novas; que lhes mostraram a necessidade de sermos compassivos e tolerantes com os nossos pares; que lhes demonstraram que é preciso estarem atentos aos movimentos do nosso e de outros tempos, para se afastarem das distopias, trilhos a evitar. A História repete-se, mas as histórias mostram-nos que é urgente renovarmo-nos!
Todos ganharam, portanto!
Houve, porém, alunos que se destacaram, mostrando terem lido com muita atenção as obras que lhes foram destinadas. Parabéns a todos os participantes e sobretudo aos vencedores, que foram os seguintes:

             

                                2.º ciclo:
                                             1.º lugar – Leonor Ferreira Caramujo (6.º D);
                                             2.º lugar – Tomás Estêvão Vales (6.º D);
                                             3.º lugar – Raúl Brandão Fernandes (5.º A);
                                             Menção honrosa - Maria Beatriz Silva (5.º B).
                  
               
          
                                
                               3.º ciclo:
                                            1.º lugar - Gabriela Ferreira (8.º B);
                                            2.º lugar-  Ana Catarina Monteiro (9.º B);
                                            3.º lugar - Mário Carvão (7.º B).

Quanto aos mais novos, fica marcado novo encontro para o próximo ano! Já a Gabriela, a Ana Catarina e o Mário terão, em breve,  uma nova etapa pela frente: em abril, em data que aqui anunciaremos, participarão na fase distrital do Concurso Nacional de Leitura.
Todos os vencedores receberam prémios: cheques da FNAC, oferecidos pela Associação de Pais e Encarregados de Educação, e livros, oferta da Porto Editora, a quem agradecemos por se terem associado a nós em mais este momento de leitura!
Ótimas leituras para todos!

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

CONCURSO DE LEITURA - AMANHÃ É O GRANDE DIA!


Se estás inscrito(a) no concurso de leitura, amanhã lá te esperaremos, junto ao pavilhão A, pelas 16:15!
Ainda tens tempo para rever aquela parte das histórias que não conheces tão bem. Vá lá! Apressa-te e vem comprovar que ler, para além de ser um prazer, ainda te pode dar prémios! 

domingo, 10 de janeiro de 2016

PENSAMENTO DA SEMANA: A PRIMEIRA PASSADA


«Uma estrada de mil léguas 
principia por uma passada.»

                                                          Confúcio
                                                           (Filósofo chinês,
                                                                 551 a. C. a 479 a. C)

AINDA SOBRE AS PALAVRAS



                                                              As palavras

                                                              São como um cristal,
                                                              as palavras.
                                                              Algumas, um punhal,
                                                              um incêndio.
                                                              Outras,
                                                              orvalho apenas.

                                                              Secretas vêm, cheias de memória.
                                                              Inseguras navegam:
                                                              barcos ou beijos,
                                                              as águas estremecem.

                                                              Desamparadas, inocentes,
                                                              leves.
                                                              Tecidas são de luz
                                                              e são a noite.
                                                              E mesmo pálidas
                                                              verdes paraísos lembram ainda.

                                                              Quem as escuta? Quem
                                                              as recolhe, assim,
                                                              cruéis, desfeitas,
                                                              nas suas conchas puras?

                                                              Eugénio de Andrade in  O Coração do Dia

sábado, 9 de janeiro de 2016

VALE A PENA PENSAR NISTO: ESCATOLOGIA DAS PALAVRAS

ESCATOLOGIA* DAS PALAVRAS


      «As palavras têm um fim como nós outros o havemos de ter, quando a chama de esta vida se apagar. (…)
       As palavras têm vida. Muitas nasceram antes de nós e hão de ultrapassar-nos no tempo. Outras vieram ao mundo connosco, andámos com elas ao colo com carinho, levámo-las pela mão para não tropeçar nos escolhos do dia a dia e depois, quando as sentimos suficientemente fortes para enfrentar sozinhas os perigos de este mundo em que vivemos em comum, dissemos-lhes adeus, ou talvez, até logo. Mas também há palavras que são palavras espúrias, sem pai que se confesse ou mãe que as acarinhe. São filhas do acaso. Muitas nasceram com mazelas e defeitos que o tempo transformou em vícios de que ninguém cuida ou de que ninguém quer saber ou sequer ouvir falar. São as palavras que só vêm ter connosco em momentos de desespero ou de decadência, as palavras noturnas que não gostam de ver a luz do dia. E quantas palavras destas vagueiam agora pelas ruas, penetram diariamente nos lugares públicos, outrora respeitáveis e hieráticos, e entram, sem convite nem licença, através dos meios de comunicação social, nas nossas casas particulares, até aí recatadas e honestas!
      Mas há também palavras que, tal como os homens, vestem as cores do camaleão e vão mudando de sentido, para não perder o sentido da mudança. São as palavras sem caráter, que servem de camisa aos homens que também o não têm. São ainda as palavras da moda, que convém dizer para não as ouvir, na volta, com um significado diferente. São as palavras medíocres, feitas à maneira do tempo que ora corre e de acordo com a estação em que se vive.
      Há ainda as palavras indiferentes, de que se servem os que são incapazes, por medo, por cobardia ou mais prosaicamente por estupidez de tomar partido nesta vida, mesmo em relação às palavras. Com exagerado e pueril cuidado escolhem as palavras uma a uma para com elas construir frases insípidas, com o diplomático receio de que algum dos ouvintes possa ser alérgico. E se as palavras espúrias, as palavras noturnas, bem como as palavras medíocres , da moda e do camaleão estão destinadas ao inferno, estas, seguindo o exemplo de Dante, nem isso merecem, quedando-se na antecâmara do mesmo inferno, aí ficando a aguardar o último dia que há de vir, o dia do juízo que será o derradeiro e o capítulo final a fechar o livro de esta vida. (…)
      E, finalmente, no paraíso das palavras, na mais completa harmonia, vivem para sempre as palavras que os clássicos usaram nesta vida sem temor, as palavras que deram nova forma à língua e vida ao pensamento, as palavras criadoras que não têm tempo nem idade. Algumas andaram meio esquecidas neste mundo, recatadas e humildes, temerosas de se confundir com as palavras noturnas; outras tiveram melhor sorte, e viram-se respeitadas por todos e acatadas por muitos. Hoje, porém, são quase todas elas perseguidas com fúria desmedida pelos que destroem a língua que não amam nem conhecem.
       Dêmos vida às palavras e tratemo-las como se vida tivessem. Respeitemo-las. E saibamos escolher entre as palavras que dignificam os que as usam e as palavras que amesquinham e apoucam os que as vomitam. E, sobretudo, não tenhamos vergonha de ainda em Portugal falarmos Português.»

Crónica de António Leite da Costa in As Artes entre as Letras,
n.ª 108 de setembro de 2013
(Texto com supressões e adaptação ao AO)
*“Escatologia” – teoria acerca das coisas que hão de suceder depois do fim do mundo.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

LIVROS DO MÊS

500 anos depois da sua publicação, o sentido de Utopia ainda não se perdeu!



UTOPIA, de Thomas More
Utopia, que em grego significa “não lugar, lugar que não existe”, é o nome de uma obra literária escrita por Thomas More (ou Thomas Morus), sendo caracterizada na actualidade como uma viva amostra do Humanismo do Renascimento. Esta descreve-nos a forma e a essência de uma concepção teórica de um Estado perfeito, onde a liberdade  religiosa seria o comum do quotidiano colectivo.
Sir Thomas More nasceu em Londres, em 1478, e aí morreu tragicamente, com 57 anos (porque se opôs às vontades do rei Henrique VIII…). Estudou Leis em Oxford e Londres e viria a ser uma das figuras proeminentes do movimento humanista do seu tempo. Thomas More imaginou concretizada, numa terra longínqua, a organização ideal da sociedade, oferecendo-nos, deste modo, uma descrição magnifica do que poderíamos chamar o estado perfeito.



Cerca de 100 anos depois, Peter Pan continua a inspirar filmes e a 
estimula a imaginação de crianças e adultos de todo o mundo!


PETER PAN, de  J. M. Barrie
Esta é a história de um menino que não quer crescer. Ele habita a “Terra do Nunca” com os seus amigos, a Fada Sininho e os Meninos Perdidos.
Esta obra tornou-se um clássico da literatura e tem inspirado vários filmes famosos.

É de realçar que todos os direitos relativos a este livro foram doados pelo seu autor para um hospital pediátrico de Londres.

Texto: Prof.ª Fátima Neto


Sobre a Utopia de Sir Thomas More, Lê + AQUI!

domingo, 3 de janeiro de 2016

PENSAMENTO DA SEMANA: A ESPERANÇA


«A esperança não é aquilo a que nos agarramos quando nada funciona. A esperança é aquilo que permite que algo funcione. (...) O raciocínio em causa não é "tenham esperança para que consigam aplicar-se", mas sim "apliquem-se para manterem a esperança".»

Tiago Cavaco, Seis sermões contra a preguiça

sábado, 2 de janeiro de 2016

A LEITURA AJUDA A REDUZIR O STRESS


De acordo com estudos realizados recentemente na Universidade de Sussex, Inglaterra, a leitura é a melhor forma de relaxar, bastando seis minutos para reduzir os níveis de stress em dois terços. Para além disso, é um método mais eficaz a acalmar os “nervos em franja” do que outros também estudados, como ouvir música, dar um passeio ou beber uma chávena de chá.
Os psicólogos acreditam que os bons resultados da leitura radicam no facto de a mente humana ter de se concentrar na leitura e na submersão no mundo da literatura, que suaviza as tensão dos músculos e do coração.
O doutor Lewis, que dirigiu os testes realizados, afirmou que “perdermo-nos num livro é relaxamento final”, o que “é particularmente crítico em tempos de incerteza económica, quando as pessoas anseiam por um certo escapismo”.
Para o mesmo investigador, «o livro que lemos não interessa: desde que esse livro prenda a nossa atenção, levar-nos-á a escapar das preocupações e do stress do mundo quotidiano, enquanto exploramos o domínio da imaginação do autor.»
E para ti, que gostas de ler, isto já não é novidade, pois não?
Fonte: Telegraph


LEITURAS PARA TODOS OS GOSTOS E COM MUITAS PRONÚNCIAS


E como, em tempos de “incerteza económica”, não queremos que te faltem livros, deixamos-te aqui alguns sites onde poderás encontrar muitas obras em língua portuguesa e em línguas estrangeiras:

Biblioteca Digital Camões
Biblioteca Digital Mundial

Free Ebooks Library

Projeto Gutenberg

Projecto Adamastor

• goodreads

• Se gostas de ouvir outras pessoas a lerem, também encontras em gente famosa a ler histórias em inglês em STORYLINEONLINE!

JANEIRO NO ANO 1000

Neste início de ano, propomos-te o regresso ao passado, numa viagem de cerca de um milénio, até ao ano 1000. Então, como agora, a passagem de ano era vivida com expectativa. No entanto, a vida era muito diferente, como podes imaginar.

No calendário medieval, o rosto de um homem com duas faces olha para a sua direita e para a sua esquerda, numa representação inspirada no deus romano Jano Bifronte, o porteiro que abria e fechava portas, ou seja, épocas. Ele era o homem do mês de janeiro, que fechava a porta do ano que se despedia com a mão direita e abria a porta do ano novo com a mão esquerda.

      As pessoas do ano 1000 desejavam, acima de tudo, sobreviver nos 365 dias que se seguiriam, uma vez que, devido à fome e às doenças, a morte olhava de soslaio a cada esquina. A esperança de vida para os camponeses, os monges e os servos era inferior aos 45 anos; os reis e outros membros da família real poderiam, excecionalmente, chegar aos 50 anos. 
    No norte da Europa, a situação era bem mais trágica do que nos países do sul: segundo um código anglo-saxónico existente, um pai podia vender um filho de sete anos como escravo, caso a necessidade o forçasse a isso (!) e os casos de fome e de morte a ela associados eram incontáveis; contrariamente, no sul, particularmente na Península Ibérica, a alimentação era muito mais rica, devido à variedade dos cultivos e à medicina mais avançada, além de que as condições de vida eram mais salubres.
    Lembras-te do ambiente apocalíptico em que muitos acreditaram aquando do final do último milénio? Pois bem: com a chegada do ano 1000, as coisas não foram muito diferentes. Melhor: a expectativa de caos iminente era ainda mais acentuada e as gentes medievais viviam em permanente estado de alerta e ansiedade, devido à crença generalizada de que o apocalipse anunciado na Bíblia podia acontecer a qualquer momento, ainda que séculos antes o próprio Santo Agostinho tivesse desacreditado  este género de profecias, qualificando-as de “fábulas ridículas”. Na verdade, o que a maioria das pessoas esperava não era tanto um “Juízo Final”, mas uma espécie de grande crise que fizesse tábua rasa do mundo, que considerava apodrecido e que toda a sujidade e corrupção existente na sociedade daria lugar a uma nova e melhor época.
      Tudo muda, mas muito se repete, não é verdade?
Fonte: Revista SUPERinteressante
Edição especial História (Outono 2015)