sábado, 31 de outubro de 2015

MARCADORES PARA TODOS OS LIVROS



Celebramos, ao longo de toda esta semana, o Mês Internacional da Biblioteca Escolar! Orientados pelas professoras de Educação Visual Ana Stingl, Cláudia Gomes, Fernanda Lima e Fernanda Magalhães, turmas de todos os anos de escolaridade fizeram, aqui na nossa biblioteca, o seu marcador de livros personalizado, enquanto aplicavam conceitos de linha, lettering (contraste, cores quentes e frias, espaçamento), forma ou dimensão, entre outros.
  
Palavras como “leitura”, “magia”, “livros infantis” ou até os desenhos mágicos de Mauritz Cornelis Escher serviram de mote para a elaboração de um objeto que, estamos certas, marcará muitas páginas de muitos livros, ao longo dos próximos tempos!




terça-feira, 27 de outubro de 2015

PENSAMENTO DA SEMANA: LIBERDADE E CULTURA


«Só o que sabe é livre e mais livre é o que mais sabe. Só a cultura dá liberdade. A liberdade que se deve dar a um povo é a cultura.»
Miguel de Unamuno
(Escritor e filósofo espanhol
1864-1936)

domingo, 25 de outubro de 2015

DIA DA BIBLIOTECA ESCOLAR ASSINALADO COM A CRIAÇÃO DE MARCADORES DE LIVROS



Ao longo da próxima semana, vem celebrar connosco o Dia da Biblioteca Escolar.
Com a ajuda das professoras de Educação Visual que integram a equipa da BE/CRE – Ana Stingl, Cláudia Gomes, Fernanda Lima e Fernanda Magalhães -, terás a oportunidade de personalizar o teu marcador de livros e ainda de pôr em prática conceitos relativos à cor a ao lettering. Poderás ainda ler ou requisitar para leitura domiciliária um dos muitos livros que temos para ti.


Ótimo Dia da Biblioteca Escolar e ótimas leituras!

A PROPÓSITO DO DIA DA BIBLIOTECA ESCOLAR: 26 DE OUTUBRO

Também pode destacar-se a importância das bibliotecas escolares na educação, assim como promover o gosto pela leitura, pela informação e pelo conhecimento através do humor...

-¿Dónde te ejercitas?
-En la biblioteca.
Imagem via VEROXS

«- Onde te exercitas?
- Na Biblioteca.»

sábado, 24 de outubro de 2015

VALE A PENA PENSAR NISTO: QUEM SABE TUDO...

Information overload, conceptual image
"Information overload" - Imagem via "Mindful Stew"

«Quem sabe tudo é porque anda muito mal informado.»

Millôr Fernandes
(Desenhador, humorista, dramaturgo
e jornalista brasileiro, 1923-1912)

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

PARA QUEM GOSTA DE LIVROS E DE ARTE: [CON]TEXTO : A ARTE, A PALAVRA E O LIVRO NA BMAG ATÉ 15 DE NOVEMBRO


«[CON]TEXTO is an exhibition organized around Art and Text, a combination of lettering and image in which the subject of the piece is often an intersection between literature, linguistic and philosophy. This is a configuration that conceptual art uses to define ART AS PROCESS. The use of the written language, the result of a “blurring” of artistic borders, was one of the most notable developments in the visual arts in the 20th Century. It includes images “made entirely from typographical elements” and is now accepted by historians as being an important bridge between art and design. In adopting it as a tool of self-expression, in its interaction with the written language and the image, one examines the use of words or language (including translation), as applied to many artistic mediums and genres - from painting to the book, sculpture, installation, video and even performance. This exhibition questions the meaning of the “invasion” of some disciplines by others, how one or more forms of expression may combine and which messages are being transmitted to the viewer. Besides this, other important themes that are also addressed include the naming or titling of the work, the use of narrative in art and the literary connections and artists’ aspirations. The exhibition is bases on the artworks owned by the Galeria Luís Serpa Projetos and by the Coleção Serpa (Serpa Collection).»
Luís Serpa


Com obras de NANCY DWYER, CLAUDIA FISCHER, GERHARD MERZ, MICHELANGELO PISTOLETTO, HAMISH FULTON, JOSEPH KOSUTH, MIGUEL PALMA, LUÍSA CUNHA, GRAÇA PEREIRA COUTINHO, MARIE BOVO, LARA ALMÁRCEGUI, JUAN MUÑOZ, MIGUEL NAVAS, LUÍS CAMPOS, PEDRO CALAPEZ.

Curadores: LUÍS SERPA E ANDRÉ SERPA



Entrada gratuita!

terça-feira, 20 de outubro de 2015

PENSAMENTO DA SEMANA: OPINIÕES EXCÊNTRICAS

melhorias_simples004
Imagem via R7 TV
«Do not fear to be eccentric in opinion, for 
every opinion now accepted was once eccentric.»

[«Não tenhas medo de possuir opiniões excêntricas, pois todas 
as opiniões hoje aceites foram consideradas excêntricas um dia.»]

Bertrand Russell
(Matemático e lógico britânico,
 agraciado com o Prémio 
Nobel da Literatura em 1950 / 
1872-1970)

domingo, 18 de outubro de 2015

ATENÇÃO FÃS DO ESTRANHÃO: ACABA DE SAIR “O ESTRANHÃO 4”!


Imagem via Porto Editora
Se és fã de Fred, o "Estranhão", interessa-te saber que já saiu o quarto livro desta coleção – O ESTRANHÃO 4: SOCORRO, A MINHA MÃE ESTÁ AVARIADA!
Como o próprio subtítulo indica, desta vez, Fred e a sua irmã Sara enfrentam um problema sério: a mãe - que, como todas as mães, ora é “mãe-enfermeira”, ora é “mãe-cirurgiã", ora é “mãe-advogada”, ora é “mãe-professora”, ora é … mil e uma coisas - tem um esgotamento!
Como resolver este grave problema? Com astúcia, tudo se resolverá, até porque basta uma mãe saber que os seus filhos precisam dela para se recompor num ápice…
Todavia, o tema da família não é o único que Álvaro Magalhães aborda nesta obra: também a amizade e a morte são aqui abordadas com muita inteligência e humor, numa aventura em que não falta um caso policial, um "gato detetive" e uma bela Helena, que aguçam ainda mais a vontade de ler o livro de uma assentada!

Imaginação sem limites e humor, muito humor inteligente, 
no livro mais estranho e divertido do ano!

quarta-feira, 14 de outubro de 2015

PENSAMENTO DA SEMANA: O HOMEM, RESPONSÁVEL INFINITO

Homem de Vitrúvio - Leonardo Da Vinci
Imagem via "Isso eu não sabia"

«O homem não é nada em si mesmo. 
Não passa de uma probabilidade infinita. 
Mas ele é o responsável infinito dessa probabilidade.»


Albert Camus
(Escritor e filósofo francês 
de origem argelina, 
agraciado com o Prémio 
Nobel da Literatura em 1957)
1913-1960)

EXPOSIÇÃO NA BECRE: ALFABETOS DO MUNDO


Convida-se toda a comunidade educativa a visitar a exposição «Alfabetos do Mundo», patente na vitrina do polivalente, junto à biblioteca.
Esta exposição inclui um conjunto de cartazes com imagens e informações acerca de vários sistemas de escrita e alfabetos de todo o mundo: escrita cuneiforme, hieroglífica, pictográfica, fenícia, etrusca…, alfabetos cirílico, grego, hebraico e coreano, entre outros.
Mais uma forma de viajar, desta vez através dos símbolos, dos grafemas e das imagens.

terça-feira, 13 de outubro de 2015

LIVROS SOBRE VIAGENS E VIAJANTES EXISTENTES NA BIBLIOTECA ESCOLAR

Se assististe à palestra «As Línguas, a Literatura e Eu em viagem», certamente ficaste com vontade de ler os livros mencionados pelo professor André Matias. Se assim é, temos boas notícias para ti: vários dos livros referidos pelo professor André, assim como outras histórias de viagens, existem na nossa biblioteca! 



Temos, entre outras, estas histórias de viagens, que podes ler na nossa biblioteca ou requisitar para leitura domiciliária:

A ODISSEIA, de Homero (adaptação do poema homérico por João de Barros)
Depois da Bíblia, este é considerado o mais influente livro do imaginário ocidental. Trata-se da gloriosa história de Ulisses, «o homem de mil façanhas e ardis, o herói que – depois do cerco, tomada e incêndio de Troia, cidade célebre da Ásia Menor – visitou as cidades mais diversas, conheceu gentes estranhas e enfeitiçou a alma de povos distantes. Num frágil navio, errou sobre as ondas incertas, cheio de angústia, transido de aflição, perseguido por monstros cruéis, abandonado de socorros. Tudo venceu, afinal, mercê da inteligência, do trabalho, da audácia, e, sobretudo, da sua clara e serena razão. Companheiros que levou consigo na viagem arriscada, morreram pelo caminho. Mas Ulisses resistiu aos piores perigos e aos maiores sofrimentos e as suas aventuras foram tão surpreendentes, e a sua coragem tão excecional se mostrou, que o tornaram imortal na memória das gerações.»
O poema épico de Homero acerca do mítico herói Ulisses, condenado pelos deuses a vaguear durante anos, longe da sua pátria, é uma das obras primas da literatura mundial. Esta versão editada em “Descobrir os Clássicos” (Civilização) usa fotografias e ilustrações de uma forma inovadora, revelando o fundo histórico e geográfico deste poema épico intemporal.
A ODISSEIA, de Homero (adaptação de Adrian Mitchell)
O poema épico de Homero acerca do mítico herói Ulisses, condenado pelos deuses a vaguear durante anos, longe da sua pátria, é uma das obras primas da literatura mundial. Esta versão editada em “Descobrir os Clássicos” (Civilização) usa fotografias e ilustrações de uma forma inovadora, revelando o fundo histórico e geográfico deste poema épico intemporal.
20 000 LÉGUAS SUBMARINAS, de Júlio Verne
Um misterioso «monstro marinho» provoca o pânico nos mares e a perplexidade na comunidade científica. O professor Aronnax, um cientista do Museu de História Natural de Paris, embarca na fragata incumbida de dar caça ao monstro desconhecido. Será que a expedição consegue atingir os seus objetivos?
AS 20 000 LÉGUAS SUBMARINAS: A HISTÓRIA CLÁSSICA ENRIQUECIDA COM FACTOS HISTÓRICOS E FOTOGRAFIAS FASCINANTES, Júlio Verne (Texto) / Paul Wright (ilustração)
As aventuras do enigmático capitão Nemo e dos eu fantástico submarino, Nautilus, transformaram As 20 000 léguas submarinas numa lenda de ficção científica.
Esta versão, editada na coleção Descobrir os Clássicos, usa fotografias e ilustrações de uma forma inovadora, que conduzem os jovens leitores à descoberta da história original e do fabuloso cenário subaquático.
A VOLTA AO MUNDO EM 80 DIAS, de Júlio Verne
No ano de 1872, Phileas Fogg, um rico e enigmático cavalheiro londrino, aposta metade da sua fortuna em como conseguirá dar a volta ao mundo em apensas 80 dias. E, de imediato, deixa Londres com o seu criado francês, Jean Passepartout.
Como era de prever, esta viagem contra o tempo não se efetuará sem incidentes… e não faltarão obstáculos para superar ao longo daqueles 80 dias – desde a hostilidade dos elementos à má vontade dos homens. Conseguirá Phileas Fogg,  com a sua inteligência, a sua coragem e a sua tenacidade, ganhar a aposta?
CINCO SEMANAS EM BALÃO, de Júlio Verne
Publicado em 1863, este é o primeiro livro de aventuras de Júlio Verne a alcançar grande sucesso. Cinco Semanas em Balão relata a viagem de três ingleses que, do céu, contemplam as paisagens e os mistérios de África.
O doutor Samuel Fergusson, «um homem de uns quarenta anos, de estatura e constituição comuns» é o protagonista desta aventura. Possuído pelo «demónio das descobertas», tem como objetivo atravessar o continente africano e conhecer os lugares nunca alcançados por nenhuma outra expedição.
Acompanhado pelo amigo Dick Kennedy e pelo criado Joe Wilson, o doutor Samuel Fergusson escolhe como ponto de partida a ilha de Zanzibar. As informações históricas, geográficas e culturais são tão precisas, que os leitores do século XIX chegaram mesmo a interrogar-se sobre se o livro era uma ficção ou um relato verídico.
A JANGADA, de Júlio Verne
João Garral é um rico fazendeiro do Peru amazónico. Quando a filha fica noiva de um médico brasileiro, aquele decide fazer a viagem até Belém do Pará. Para descer os 4000 km do Amazonas, manda abater uma floresta  para construir uma jangada, mas estranhos acontecimentos perturbam a viagem. Torres um capitão do mato sem escrúpulos, possui um misterioso documento cifrado, assegurando que João Garral é um homem que há mais de 20 anos fora acusado de roubar diamantes e que conseguira fugir pouco antes de ser enforcado…
A MARAVILHOSA VIAGEM DE NILS HOLGERSSON, de Selma Lagerlöf
Há viagens de aventuras, viagens de estudo, viagens de negócios. E outras ainda. Há viagens felizes e infelizes. Viagens em que se enriquece, viagens em que se morre de saudade. E há esta... No início, Nils não passa de um jovem agreste que, por uma teia de acasos, cavalga um ganso doméstico num voo migratório de um bando de patos selvagens à Lapónia. E nós vamos saltar para o nosso ganso, que há muito nos espera, para as palavras encadeadas umas nas outras, por essa estranha Selma Lagerlöf, nascida em Marbecka, na Suécia, em 1858, professora e depois escritora que se inspirou nas lendas da sua terra. E partamos depressa pois, como nos é dito no prefácio, a «liberdade, a harmonia e a vida, são belas mas esquivas e diz-se que não gostam de esperar».
A EXPEDIÇÃO AO PACÍFICO, de Marilar Aleixandre (Plano Nacional de Leitura - Livro recomendado no programa de português do 8º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada na sala de aula / Prémio Merlín 1995)
A expedição ao pacífico transporta-nos ao século XIX para nos envolver numa grandiosa aventura pelos mares do Sul, através de uma rapariga que consegue introduzir-se clandestinamente na goleta de uma expedição científica. Carregada de ação, de reflexões sobre o difícil papel das mulheres no seu mundo ou sobre os costumes das sociedades que vai visitando, e também o conhecimento de uma flora e de uma fauna desconhecidas, os países exóticos, os perigos, o jogo amoroso, a navegação marinha, e sobretudo a a viagem interior de Emília, que cresceu ao longo da aventura e volta transformada numa pessoa diferente.
PATAGÓNIA EXPRESS, Luis Sepúlveda
Homenagem a um comboio que já não existe, mas que continua a viajar na memória dos homens e mulheres da Patagónia, estes «apontamentos de viagem» - como lhes chamou Luis Sepúlveda – tornaram-se um dos livros de referência do grande autor chileno. Como diz Miguel Sousa Tavares, «Se alguma vez existiu um modelo de crónicas de viagem, é isto, nada mais. Inesquecível
AS VIAGENS DE MARCO POLO CONTADAS AOS JOVENS POR ADOLFO SIMÕES MÜLLER
Uma oportunidade de viajar até à cidade das mil pontes, de alcançar o cofre dos reis magos, conhecer Aladino ( o velho da montanha), o Preste João das Índias e as maravilhas da nova Cambaluque,…
UM CRIME NO EXPRESSO DO ORIENTE, de Agatha Christie (Plano Nacional de Leitura Livro recomendado para o 3º ciclo, destinado a leitura autónoma)
Pouco depois das doze batidas da meia-noite, um nevão obriga o Expresso do Oriente a parar. Para aquela época do ano, o luxuoso comboio estava surpreendentemente cheio de passageiros. Só que pela manhã havia, vivo, um passageiro a menos. Um homem de negócios americano jazia no seu compartimento, apunhalado até à morte.
Poirot aceita o caso, aparentemente fácil, que acaba por se revelar um dos mais surpreendentes de toda a sua carreira. É que existem pistas (muitas!), existem suspeitos (muitos!), sendo que todos eles estão circunscritos ao universo dos passageiros da carruagem. Para ajudar às investigações, o morto é reconhecido como sendo o autor de um dos crimes mais hediondos do século. Com a tensão a aumentar perigosamente, Poirot acaba por esclarecer o caso…de uma maneira a todos os títulos surpreendente!
UMA AVENTURA NO ALGARVE, Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
A maior parte das pessoas quando pensa em Algarve pensa em dias regalados em praias de areia fina e belos banhos no mar morno. Foi para gozar essas delícias que o grupo se instalou na Pensão Mar Azul. Mas afinal, que trapalhada!
Uma velha atriz americana, uma piscina de luxo cheia de piranhas e caranguejos, um jardineiro que fazia versos ao luar, chineses em ação... que férias!
Uma aventura no Porto (Plano Nacional de Leitura Livro recomendado para o 4º ano de escolaridade, destinado a leitura autónoma), de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
As gémeas, mais os seus amigos Pedro, Chico e João, desta vez foram para o Porto passar umas férias.
Como não podia deixar de ser, levaram consigo o Faial e o Caracol. No comboio tiveram imensa sorte, pois conheceram a Rita e o seu cão Boxie. A Rita tinha um grupo enorme de primos e amigos com quem costumava organizar montes de programas.
Juntos, acabaram por viver uma aventura empolgante. Tudo começou com a descoberta de um túnel. Onde iria dar? Seria perigoso explorá-lo? Passaria de facto por baixo do Douro, como afirmavam as lendas?
Uma noite, às escondidas, decidiram tentar a sorte...Mas alguém tinha de ficar cá fora, de vigia...O que viram uns, o que adivinharam outros, foi o princípio da história.
UMA VIAGEM AO TEMPO DOS CASTELOS, de Ana maria Magalhães e Isabel Alçada (Plano Nacional de Leitura - Livro recomendado para o 4º ano de escolaridade, destinado a leitura orientada.)
Ana e João são irmãos mas muito diferentes. Ela é uma rapariga ajuizada e sensata, ele bastante disparatado e impulsivo.
Apesar disso entendem-se às mil maravilhas. Nas férias foram passar uns dias à quinta de uma tia na serra do Marão.
Tanto na quinta como na aldeia as pessoas andavam alvoraçadas por causa de um homem com fama de bruxo que se instalara no castelo.
Em vez de ficarem com medo, decidiram ir dar uma espreita e a surpresa não podia ter sido maior: o velho era cientista, chamava-se Orlando e pertencia à AIVET, a fabulosa Associação Internacional de Viagens no Espaço e no Tempo. Tinha uma máquina nas caves e convidou-os para darem um mergulho ao tempo dos castelos. Eles aceitaram sem saber o que os esperava.
Poucos segundos depois já cavalgavam em florestas infestadas de lobos acompanhando uma caçada ao javali. Mas a viagem reserva-lhes muitos outros momentos de perigo e emoção e um encontro inesquecível com o jovem Afonso Henriques em vésperas de se tornar o primeiro rei de Portugal.
VIAGENS NA MINHA TERRA, de Almeida Garrett
Obra originalmente publicada em folhetins na Revista Universal Lisbonense entre 1845 e 1846, sendo editada em livro apenas em 1846. Tida como obra única no Romantismo português por sua estrutura e linguagem inovadoras, Viagens na minha terra é um marco para a moderna prosa portuguesa e um importante documento de referência para entender a decadência do império português.
VIAGENS NA MINHA TERRA, de Rui Zink (adaptação)
Adaptação de um clássico da literatura portuguesa, tendo em mente os mais novos.
PEREGRINAÇÃO, de Fernão Mendes Pinto
No século XVI, Fernão Mendes Pinto percorreu o Oriente, interdito aos ocidentais até aí. De regresso, contou as suas aventuras, num relato que muitos consideraram fantasia. Hoje é consensual o valor histórico e literário do testemunho desta "Peregrinação".
No livro, o autor narra a sua vida, de aventuras e desventuras, e as suas viagens pelo Oriente, ao longo de 21 anos, em relatos com descrições muito pormenorizadas dos povos, das línguas e das terras por onde passou e onde revela admiração e fascínio pela grandiosidade dessas civilizações.
No Ocidente da época ninguém acreditava que o Oriente fosse assim tão rico e tão diferente quanto a tradições culturais. O autor é acusado por muitos de exagero, tendo ficado célebre o dito popular «Fernão, Mentes? Minto!». Contudo, é hoje indiscutível o valor do seu testemunho, escrito com elementos verídicos e de ficção.
“Peregrinação” torna-se um sucesso, um pouco por toda a Europa da época, pelos conhecimentos amplos sobre o Oriente. Teve dezanove edições, em seis línguas.
CARTA A EL-REI DOM MANUEL SOBRE O ACHAMENTO DO BRASIL, de Pêro Vaz de Caminha (adaptação para os mais novos por João de Melo)
Por que razão fala esta carta em “achamento” e não em “descoberta”? O que encontraram Pedro Álvares Cabral e os seus companheiros de viagem quando chegou ao Brasil? Se este tema te interessa, não deixes de ler esta carta!
HISTÓRIA TRÁGICO-MARÍTIMA: NARRATIVAS DE NAUFRÁGIOS DA ÉPOCA DAS CONQUISTAS, António Sérgio (adaptação)
Este não é o livro clássico que detalha desventuras navais da era da expansão portuguesa. Adaptação de António Sérgio, seleciona cinco histórias de naufrágios de naus na carreira da Índia. Mais do que histórias de tragédia marítima, salta à vista o lado impiedoso dos homens que se faziam ao mar. Após a tormenta do naufrágio seguiam-se maiores tormentas, onde a acreditar nos relatos coligidos os sobreviventes não hesitavam em abandonar companheiros de infortúnio em alto mar ou em baixios desolados, deixando-os para a morte à força de armas. As desventuras sucedem-se: acidentes, tempestades, navegadores incompetentes, fome, sede, doenças, nativos pouco amigáveis ou piratas em alto mar. Cada uma das histórias contidas neste tomo daria um excelente filme catástrofe, a sublinhar a impiedade humana naqueles piores momentos em que da união tudo depende.

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

EM VIAGEM COM O PROFESSOR ANDRÉ MATIAS

O professor André Matias e a coordenadora do departamento
de línguas, Ana Margarida Penha, a quem competiu a apresentação 
da palestra «As Línguas, a Literatura  e Eu em Viagem» 
aos alunos de 8.º e 9.º  anos presentes  no anfiteatro da nossa escola.
Viajamos com diferentes objetivos e assumindo distintas condições: somos turistas quando, apressados e de máquina fotográfica em punho, saltamos de rua em rua e de cidade em cidade a reboque de um mapa ou de um guia-turístico; somos peregrinos (do latim «per agros» - pelo campo) quando, essencialmente, buscamos uma mudança interior; assumimo-nos viajantes quando sabemos onde queremos chegar, mas desconhecemos a duração ou o percurso da viagem e, por isso mesmo, muitas vezes até nos perdemos nos labirintos da vida. Na realidade, ninguém viaja verdadeiramente sem se perder no percurso. Na realidade, a viagem é a própria vida. 
Estamos constantemente em viagem e somos constantemente outros, transformados por todas as coisas que vemos e por todas as pessoas que passam por nós, como disse outrora o poeta Teixeira de Pascoaes e como nos lembrou hoje André Matias, professor de Espanhol na nossa escola, que nos levou a viajar a bordo das línguas, das literaturas e das palavras de grandes poetas portugueses e estrangeiros, como Miguel Torga ou Antonio Machado, conduzindo-nos rumo a países longínquos, reais e imaginários, na companhia  de grandes viajantes, como Gilgamesh, Ulisses ou Nils Holgersson.


GRANDES VIAJANTES DE TODOS OS TEMPOS

 
Ulisses e as sereias
Imagem via Cocanha
Falar sobre viagens implica necessariamente falar de grandes viajantes, pelo que fomos apresentados a heróis de todos os tempos e de todas as latitudes, dos mais famosos aos mais desconhecidos:
▪ À Suméria, grande civilização da Antiguidade, o professor André  foi buscar Gilmanesh, o primeiro grande viajante, cuja epopeia chegou até nós  num poema gravado em doze placas de escrita cuneiforme.
▪ Da Grécia, trouxe-nos o viajante por excelência – Ulisses ou Odisseu – que se perdeu numa penosa viagem de dez intermináveis anos, afastado da sua amada Penélope, assim como os Argonautas, na sua perigosa expedição rumo a Cólquida em busca do velo de ouro.
▪ Fomos, em seguida, até à Rota da Seda, com o veneziano Marco Polo, e foi com o florentino Dante Alighieri – homem louco ou homem cheio de imaginação? – que nos perdemos numa “selva escura”, descemos ao inferno e ascendemos ao nono céu.
▪ Conhecemos, depois, Ibn Battuta, que fez uma longa viagem de mais de 150 000 quilómetros, durante 30 anos!
▪ Os heróis lusos celebrizados pela epopeia camoniana (onde ecoam as palavras de outra epopeia mais antiga – a  Eneida  de Virgílio), assim como a Peregrinação de Fernão Mendes Pinto, representaram-nos nesta viagem pelas viagens.
▪ Com Nils Holgersson partimos à descoberta da história e da geografia da Suécia, mas foi com Alice que chegamos ao país das maravilhas da sua fértil imaginação infantil.

UMA CRÓNICA E UM PAINEL DE AZULEJOS: MOTES PARA UMA GRANDE VIAGEM

Infante D. Henrique na conquista de Ceuta, s.XV.JPG
"Infante D. Henrique na conquista de Ceuta, s.XV" por HombreDHojalata - Obra do próprio.
Licenciado sob CC BY-SA 4.0, via Wikimedia Commons
Falar sobre viagens implica também recordar as viagens sonhadas, planeadas e vividas, e o professor André, que evocou as palavras bíblicas de Ben-Sirá para justificar a utilidade das viagens («Aquele que viajou conhece muitas coisas…»), mas também Antonio Machado («Caminante no hay camino») e Miguel Torga («Aparelhei o barco da ilusão»), partilhou connosco a viagem de mota que fez a Ceuta, passando por locais significativos na vida do Infante D. Henrique: partiu do Porto, passou por Tomar, Constância (onde uma árvore da canela traz memórias de outros tempos), castelo de Almourol, Santarém, Sagres, Lagos e Huelva e terminou a viagem em Ceuta, onde, há seis séculos, o Infante «esteve duas horas a apanhar com setas nas canelas». 
Tudo isto porque aprendeu línguas que lhe permitiram comunicar com habitantes de outros povos.
Tudo isto porque, sempre que passava na estação de S. Bento, ficava fascinado com aquela figura imponente que um painel de azulejos lhe oferecia.
Tudo isto porque leu, na sua adolescência, a Crónica da Tomada de Ceuta por El-Rei D. João I, de Gomes Eanes de Zurara.
Lê-a também tu, AQUI, e inspira-te para grandes viagens!

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

REVISTAS DO MÊS DE OUTUBRO

Chegou o Outono. Trouxe algumas maravilhas: as folhas de cores avermelhadas, castanhas, amarelas que caem formando tapetes a nossos pés, as primeiras chuvas, os dióspiros e um convite especial à leitura de revistas no conforto da nossa Biblioteca.


A VISÃO Júnior sugere dicas para estudar melhor e assim obter melhores resultados, um desafio para os que gostam de contar histórias, uma conversa com uma banda de música muito falada no momento (qual será?), uma explicação detalhada do que existe dentro do nosso umbigo, curiosidades sobre o karaté e os cães da raça Golden Retriever, uma chamada de atenção especial para os refugiados que procuram a Europa para fugirem à guerra e muitos outros temas interessantíssimos.


A SUPERinteressante explica-nos as vantagens de viajarmos, a história da Rainha Santa Isabel, uma entrevista ao historiador Ian Morris sobre o destino do Ocidente, um artigo sobre a queda de Napoleão e ainda um texto sobre a polémica da existência ou não de diferenças raciais e outro sobre os cuidados que devemos ter com o nosso coração.


A National Geographic surpreende-nos com uma reportagem sobre o Laos, um país asiático pouco falado, a história da sua capital que possui uma das mas belas paisagens recheada de templos e palácios. Sensibiliza-nos também para o infame comércio do marfim, esclarce-nos sobre os camaleões e alguns aspetos do seu comportamento. Enche-nos, ainda, de curiosidade pela civilização inca com um artigo sobre uma ponte situada num recanto dos Andes peruanos.


Chegaram também dois exemplares do Jornal das Letras com uma chamada de atenção especial para Tiago Rodrigues, o mais novo diretor artístico do Teatro Nacional D. Maria II e a antecipação de cinco novos romances de Rui Zink, António Lobo Antunes, Mário Cláudio, João Paulo Cuenca e Afonso Cruz que estão em breve vão chegar às nossas livrarias.

E uma vez que a SUPERinteressante nos assegura que viajar aumenta a felicidade, estimula os neurónios e nos torna mais extrovertidos, por que não “viajar” pelas revistas e aproveitar para ler, ler, ler?
Texto da Prof.ª Fátima Neto

terça-feira, 6 de outubro de 2015

QUEM FOI O ESCRITOR QUE DISSE…?



Fernando Pessoa, George Orwell, Miguel Torga, Eugénio de Andrade...
Algumas das personalidades literárias mais ilustres do mundo deixaram frases que ainda hoje repetimos. Todavia, saberemos mesmo quem estamos a citar?
Há frases dos mais famosos da Literatura que já entraram no nosso vocabulário, como se de expressões populares se tratassem. “Tudo vale a pena quando a alma não é pequena”, de Fernando Pessoa, é um dos exemplos mais notáveis.
Será que reconheces as citações dos escritores nacionais e estrangeiros mais importantes de sempre? Comprova os teus conhecimentos no teste que o Observador apresenta AQUI.

Fonte: Jornal Observador

segunda-feira, 5 de outubro de 2015

PENSAMENTO DA SEMANA: A POESIA DA VIDA


«Se procurares bem, acabarás por encontrar 
não a explicação (duvidosa) da vida 
mas a poesia (inexplicável) da vida.»


Carlos Drummond de Andrade
(Escritor brasileiro - 1902-1987)

quinta-feira, 1 de outubro de 2015

LIVROS DO MÊS DE OUTUBRO: REGRESSO A LUÍSA DACOSTA

Luísa Dacosta nasceu em 1927, em Vila Real de Trás-os-Montes. Formou-se na Faculdade de Letras de Lisboa, em Histórico-Filosóficas. Mas as suas "Universidades" foram as mulheres de A-Ver-O-Mar, que murcham aos trinta anos, vivem e morrem na resignação de ter filhos e de os perder, na rotina de um trabalho escravo, sem remuneração, espancadas como animais de carga. Foi professora do ciclo preparatório e alguma coisa deve também aos alunos: o ter ficado do lado do sonho. Isso a motivou a escrever para crianças. Faleceu a 15 de fevereiro de 2015.
As bibliotecas escolares do Porto prestar-lhe-ão uma homenagem póstuma ao longo deste ano letivo. A nossa escola junta-se a essa homenagem, propondo-te, desde já, a leitura das suas obras.

HISTÓRIA COM RECADINHO - Luísa Dacosta (texto), Cristina Valadas (ilustração), ASA (editora)
Certo dia no reino das bruxas nasceu uma bruxinha diferente, de sorriso luminoso e cabelo loiro. Passava uma boa parte do seu tempo a desfazer o mal que as outras bruxas faziam, até que um dia decidiu que não voltaria ao reino. Foi descendo do céu até chegar à terra e então resolveu que, em vez de maldades, o que queria mesmo fazer era ajudar os outros. Mas será que alguém acredita nas boas intenções de uma bruxa? Experimenta descobrir como tudo aconteceu nesta belíssima história ilustrada com muito pormenor e as cores que os sonhos bons têm.
A narrativa estrutura-se em torno de uma bruxinha que decide fugir do reino das bruxas (um «mundo de trevas, árvores mortas e aves agoirentas») para o mundo dos homens (onde havia «tantos brilhos, tantas cores e tantos perfumes»), numa tentativa de encontrar um local onde pudesse «dar largas à sua alegria e ao seu humor benfazejo». Mas, para seu espanto, também o mundo dos homens, apesar da sua beleza exterior, se revelou um mundo de trevas pelo obscurantismo dos seus preconceitos!

OS MAGOS QUE NÃO CHEGARAM A BELÉM - Luísa Dacosta (texto), Maria Mendes (ilustração), Figueirinhas (editora)
Há sempre os que conseguem e os outros. Os que ficam pelo caminho. Com os magos aconteceu o mesmo. Só três – os reis Baltasar, Melchior e Gaspar – chegaram a Belém e deixaram os seus presentes, de ouro, incenso e mirra, aos pés do Menino.
Mas os magos, sacerdotes que estudavam o céu e os seus astros, eram muitos. E outros se puseram a caminho, seguindo aquela estrela, súbito, nascida no firmamento e mais brilhante do que todas as outras que aqueciam a noite.

Resultado de imagem para O PLANETA DESCONHECIDO E ROMANCE DA QUE FUI ANTES DE MIMO PLANETA DESCONHECIDO E ROMANCE DA QUE FUI ANTES DE MIM - Luísa Dacosta (texto), Jorge Pinheiro (ilustração), Quimera (editora)
Em O PLANETA DESCONHECIDO, Luísa Dacosta, uma das mais singulares escritoras do panorama literário português contemporâneo, oferece-nos uma escrita pautada pelos afetos e volta a convocar temas e personagens bem familiares aos leitores da sua já longa obra. Numa estrutura em espelho, convivem duas mulheres; estão separadas por todo um século, mas respiram a mesma atmosfera, feminina e enclausurante, enganadora:
«Caíra, como a avó e a bisavó, nas armadilhas do amor. Já não bordando enxovais, mas envenenando-se pela palavra, pois que desde a infância se deixara prender pelo sortilégio das histórias das fadas, em que as belas perguntavam, inquietas: «Espelho meu, espelho meu / haverá no mundo mulher mais bela do que eu?"»
Texto: Prof.ª Fátima Neto