Uma leitura em maio e três em abril valem por mil!
Já a pensar no Dia da Mãe, sugerimos-te hoje a leitura da biografia de duas mulheres estrangeiras que se tornaram rainhas de Portugal e foram amadas pelo povo. Sugerimos-te ainda um livro da área da filosofia, muito útil para os jovens que iniciam o estudo desta área do conhecimento, mas igualmente útil aos neófitos mais adultos que ainda não perderam a virtude de questionar e questionar-se.
RAINHAS QUE O POVO AMOU, de Maria Antónia Lopes (historiadora)
Este livro fantástico apresenta-nos as biografias históricas de duas rainhas de Portugal: Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen e Maria Pia de Saboia.
«Estefânia de Hohenzollern-Sigmaringen nasceu em 1837 no principado de Sigmaringen, no atual estado de Baden-Wurtemberg [na Alemanha]. Era neta do príncipe reinante, filha dos príncipes herdeiros e parente próxima dos Bonaparte. Rainha de Portugal pelo seu casamento com D. Pedro V em 1858, faleceu em Lisboa no ano seguinte. A sua curta vida, tão ao gosto romântico, foi rapidamente idealizada. Mulher instruída, com convicções políticas firmes e espírito reformador, foi, contudo, incapaz de ter a influência que desejava. Quanto à apreciação da relação conjugal, também aqui este livro se afasta da interpretação comum.
Maria Pia de Saboia nasceu em 1847 em Turim, capital do reino da Sardenha. Era neta do rei Carlos Alberto, filha dos príncipes-herdeiros, Vítor Manuel de Saboia e Maria Adelaide de Habsburgo. Tornou-se rainha de Portugal em 1862, não tendo ainda 15 anos. A figura de Maria Pia tem sido tratada com displicência, dela se forjando uma imagem distorcida. O recurso a documentação privada permite rever profundamente a sua personalidade. Mulher inteligente, generosa, arrojada e majestosa, foi a rainha mais amada no século XIX, a que mais tempo «reinou» e a que mais contribuiu para a boa imagem da família real, apesar dos seus gastos. Manteve com D. Luís uma relação terna e cúmplice, inclusive em assuntos políticos. No reinado de D. Carlos exerceu ação diplomática até agora ignorada. Quanto ao rumor sobre a sua loucura após o Regicídio, não se encontraram provas que o sustentem. Faleceu no seu Piemonte natal em 1911, após 9 meses de exílio.»
AS PERGUNTAS DA VIDA, de Fernando Savater
«Para que serve a filosofia? Qual deveria ser o seu papel no ensino? Estamos habituados a que a ciência resolva muitas das nossas dúvidas e problemas, mas algumas perguntas continuam em aberto, porque não admitem nenhuma solução definitiva. Acompanham-nos durante toda a nossa existência como seres humanos, repetindo-se de geração em geração: são as questões acerca da morte, da verdade, do universo, da liberdade, da justiça, da beleza, do tempo… A filosofia não pretende responder-lhes de uma vez por todas, mas continua a ensinar a formular essas perguntas de forma cada vez mais rica e significativa, enquanto propõe tentativas de respostas para nos ajudar a conviver racionalmente com elas. Porque é melhor manter em aberto as grandes perguntas do que contentar-se apressadamente com as respostas… Este livro gostaria de ser uma iniciação elementar à reflexão filosófica, tanto para aqueles que vão aproximar-se pela primeira vez do estudo da filosofia como para aqueles que - em qualquer idade - desejam conhecer os fundamentos desta tradição intelectual.»
Fonte: textos da contracapa