sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

FINALMENTE, O CARNAVAL!

Ilustração de Gabriel Perrone, via Bibliocolors

SONETO DE CARNAVAL

Distante o meu amor, se me afigura 
O amor como um patético tormento 
Pensar nele é morrer de desventura 
Não pensar é matar meu pensamento. 

Seu mais doce desejo se amargura 
Todo o instante perdido é um sofrimento 
Cada beijo lembrado é uma tortura 
Um ciúme do próprio ciumento. 

E vivemos partindo, ela de mim 
E eu dela, enquanto breves vão-se os anos 
Para a grande partida que há no fim 

De toda a vida e todo o amor humanos: 
Mas tranquila ela sabe, e eu sei tranquilo 
Que se um fica o outro parte a redimi-lo. 

       Vinicius de Moraes, Antologia Poética

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

VALE A PENA PENSAR NISTO...


«Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, 
ter deve ser a pior maneira de gostar.»

José Saramago in O Conto da Ilha Desconhecida

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

ALICE HERZ-SOMMER: "FOI A MÚSICA QUE ME SALVOU!"


    Talvez nunca tenhas ouvido falar de Alice Herz-Sommer. Porém, é possível que, doravante, não esqueças o nome desta mulher invulgar, que faleceu ontem, 23 de fevereiro, com 110 anos.
   Considerada a sobrevivente mais idosa do holocausto, aos 108 anos Alice Herz-Sommer ainda praticava piano durante 3 (três!) horas por dia, havendo uma razão bem forte para que não abandonasse a música…
     A sua vida não foi fácil: aos 83 anos sobreviveu a um cancro, mas durante a Segunda Guerra Mundial sobreviveu a algo ainda mais terrível: o campo de concentração de Theresienstadt, para onde foi enviada devido às suas raízes judias. Testemunhou aí a morte de sua mãe e de seu marido.
   Nascida no seio de uma família abastada e culta, quando jovem, Alice contactou com escritores, como Franz Kafka, e compositores, como Gustav Mahler, mas foi a sua irmã mais velha, Irma, que a ensinou a tocar piano, seguida de Artur Schnabel, pianista e compositor austríaco, que a encorajou a seguir uma carreira na música clássica. 
   Aquando do domínio de Praga pelos nazis, não era permitido a Alice tocar em público, participar em concursos ou ensinar a alunos não judeus. No entanto, o mesmo não aconteceu enquanto esteve presa em Theresienstadt: ali, como a pianista lembra na sua biografia – A Garden of Eden in Hell (Um Jardim do Paraíso no Inferno), os judeus tinham de tocar porque a Cruz Vermelha visitava o campo de concentração três vezes por ano e os alemães tinham de mostrar aos seus representantes que a situação dos judeus naquele campo era boa. Assim, sempre que Alice sabia que haveria um concerto, sentia-se feliz. Nesses momentos, os músicos atuavam perante uma plateia de 150 pessoas famintas, doentes, desesperadas e gastas, mas Alice sentia-se feliz, porque aquelas pessoas viviam para a  música, que, para elas, era como comida.
     Não é, pois, de espantar que Alice tenha dito: “Foi a música que me salvou!”


Observa e escuta Alice Herz-Sommer no filme que se segue!
Sente o entusiamo desta mulher notável quando falava de música, que para ela significava - também - "milagre", "plenitude", "sonho" e "beleza".





CONCURSO DE POESIA “FAÇA LÁ UM POEMA!”


Todos somos poetas!
Talvez nem toda a gente saiba, mas para muitos alunos do Agrupamento de Escolas Eugénio de Andrade isto não é novidade.
Foram 54 os participantes no concurso “Faça lá um poema!” – 27 do primeiro ciclo, 15 do segundo e 12 do terceiro (54 =27 +15+12).
Estão todos de parabéns!
Parabéns…
… em primeiro lugar, porque já descobriram, e já sabem, que todos somos, todos podemos ser poetas;
… em segundo lugar, porque são criativos e escrevem textos;
… em terceiro lugar, porque os textos que apresentaram a concurso têm qualidade.
Mas… trata-se de um concurso… e as regras obrigam a que haja apenas três eleitos a participarem na fase nacional do concurso.
Assim, o júri que apreciou os trabalhos decidiu que os eleitos são:

1.º ciclo: Matilde Magalhães Moreira Ferreira, do 3.º A da escola do Covelo, com o poema “A Paz”;
2.º ciclo: Afonso Cachapuz Abreu Guimarães, do 5.º D, com o poema “É inverno”;
3.º ciclo: António Carlos Oliveira Braga Miranda Vale, do 9.º B, com o poema “O trabalhador do campo”.

PARABÉNS, com maiúscula e sublinhado, a todos!
PARABÉNS, com maiúscula e sublinhado duplo, aos eleitos!

O júri

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

“LIBERDADE, IGUALDADE E FRATERNIDADE” – A REVOLUÇÃO FRANCESA EM IMAGENS


O Arquivo Digital da Revolução Francesa, da responsabilidade da Universidade de Stanford e da Biblioteca Nacional de França (BnF), disponibilizou uma importante coleção de imagens sobre a Revolução Francesa ocorrida no século XVIII. Trata-se de cerca de 14 000 imagens de grande resolução, sobretudo estampas, mas também mapas, ilustrações, medalhas, moedas e outros objetos que documentam um dos acontecimentos mais relevantes da história moderna.
Observa-as AQUI!

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

VALE A PENA PENSAR NISTO...


"A vida de cada um só é uma pequena história e o tempo, o fio que liga cada história a outra história."
Álvaro Magalhães

domingo, 16 de fevereiro de 2014

HOMENAGEM A GALILEU - O SÁBIO QUE NOS MOSTROU AS LUAS DE JÚPITER


Foi há 450 anos, no dia 15 de fevereiro de 1564, que Galileu Galilei nasceu, em Pisa, no norte de Itália. 
A descoberta das 4 luas de Júpiter seria suficiente para catapultar este físico, matemático, astrónomo e filósofo italiano para a imortalidade. No entanto, muito mais lhe é devido: desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo; descobriu a lei dos corpos em queda; enunciou o princípio da inércia; melhorou significativamente o telescópio refrator, o que o conduziu à descoberta das manchas solares, das montanhas da lua, das fases de Vénus, dos anéis de Saturno, das estrelas da Via Láctea e, obviamente, das luas ou satélites naturais de Júpiter. 
Todas estas descobertas, que contribuíram decisivamente para a defesa do heliocentrismo e para uma revolução científica, deixaram Galileu em muito maus lençóis perante a Inquisição, mas também lhe granjearam legiões de admiradores, como António Gedeão, que lhe dedicou este poema: 

Poema para Galileo 

Estou olhando o teu retrato, meu velho pisano,
aquele teu retrato que toda a gente conhece,
em que a tua bela cabeça desabrocha e floresce
sobre um modesto cabeção de pano.
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da tua velha Florença.
(Não, não, Galileo! Eu não disse Santo Ofício.
Disse Galeria dos Ofícios.)
Aquele retrato da Galeria dos Ofícios da requintada Florença.

Lembras-te? A Ponte Vecchio, a Loggia, a Piazza della Signoria…
Eu sei… eu sei…
As margens doces do Arno às horas pardas da melancolia.
Ai que saudade, Galileo Galilei!

Olha. Sabes? Lá em Florença
está guardado um dedo da tua mão direita num relicário.
Palavra de honra que está!
As voltas que o mundo dá!
Se calhar até há gente que pensa
que entraste no calendário.

Eu queria agradecer-te, Galileo,
a inteligência das coisas que me deste.
Eu,
e quantos milhões de homens como eu
a quem tu esclareceste,
ia jurar - que disparate, Galileo! -
e jurava a pés juntos e apostava a cabeça
sem a menor hesitação-
que os corpos caem tanto mais depressa
quanto mais pesados são.

Pois não é evidente, Galileo?
Quem acredita que um penedo caia
com a mesma rapidez que um botão de camisa ou que um seixo da praia?
Esta era a inteligência que Deus nos deu.

Estava agora a lembrar-me, Galileo,
daquela cena em que tu estavas sentado num escabelo
e tinhas à tua frente um friso de homens doutos, hirtos, de toga e de capelo
a olharem-te severamente.
Estavam todos a ralhar contigo,
que parecia impossível que um homem da tua idade
e da tua condição,
se tivesse tornado num perigo
para a Humanidade
e para a Civilização.
Tu, embaraçado e comprometido, em silêncio mordiscavas os lábios,
e percorrias, cheio de piedade,
os rostos impenetráveis daquela fila de sábios.

Teus olhos habituados à observação dos satélites e das estrelas,
desceram lá das suas alturas
e poisaram, como aves aturdidas- parece-me que estou a vê-las -,
nas faces grávidas daquelas reverendíssimas criaturas.
E tu foste dizendo a tudo que sim, que sim senhor, que era tudo tal qual
conforme suas eminências desejavam,
e dirias que o Sol era quadrado e a Lua pentagonal
e que os astros bailavam e entoavam
à meia-noite louvores à harmonia universal.
E juraste que nunca mais repetirias nem a ti mesmo,
na própria intimidade do teu pensamento, livre e calma,
aquelas abomináveis heresias
que ensinavas e descrevias
para eterna perdição da tua alma.
Ai Galileo!
Mal sabem os teus doutos juízes, grandes senhores deste pequeno mundo
que assim mesmo, empertigados nos seus cadeirões de braços,
andavam a correr e a rolar pelos espaços
à razão de trinta quilómetros por segundo.
Tu é que sabias, Galileo Galilei.

Por isso eram teus olhos misericordiosos,
por isso era teu coração cheio de piedade,
piedade pelos homens que não precisam de sofrer, homens ditosos
a quem Deus dispensou de buscar a verdade.
Por isso estoicamente, mansamente,
resististe a todas as torturas,
a todas as angústias, a todos os contratempos,
enquanto eles, do alto inacessível das suas alturas,
foram caindo,
caindo,
caindo,
caindo,
caindo sempre,
e sempre,
ininterruptamente,
na razão direta do quadrado dos tempos.

                                                                                  António Gedeão 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

NO DIA DOS NAMORADOS...

Imagem  Christy Nichols (TheReaderBee)

Se amas alguém,
Deixa-o(a) ler!


Por exemplo, poemas de amor!

Transforma-se o amador na cousa amada,
Por virtude do muito imaginar;
Não tenho logo mais que desejar,
Pois em mim tenho a parte desejada.

Se nela está minha alma transformada,
Que mais deseja o corpo de alcançar?
Em si somente pode descansar,
Pois consigo tal alma está liada.

Mas esta linda e pura semideia,
Que, como o acidente em seu sujeito,
Assim como a alma minha se conforma,

Está no pensamento como ideia;
E o vivo e puro amor de que sou feito,
Como a matéria simples busca a forma.

            Luís de Camões (1524? – 1580)

Nascemos para amar; a humanidade
Vai tarde ou cedo aos laços da ternura:
Tu és doce atrativo, ó formosura,
Que encanta, que seduz, que persuade.

Enleia-se por gosto a liberdade;
E depois que a paixão n’alma se apura
Alguns então lhe chamam desventura,
Chamam-lhe alguns então felicidade.

Qual se abismou nas lôbregas tristezas,
Qual em suaves júbilos discorre,
Com esperanças mil na ideia acesas.

Amor ou desfalece, ou para, ou corre;
E, segundo as diversas naturezas,
Um porfia, este esquece, aquele morre.

Manuel Maria Barbosa du Bocage (1765-1805)

Quando nós vamos ambos, de mãos dadas,
Colher nos vales lírios e boninas,
E galgamos de um fôlego as colinas
Do rocio da noite inda orvalhadas;

Ou vendo o mar, das ermas cumeadas,
Contemplamos as nuvens vespertinas,
Que parecem fantásticas ruínas
Ao longe no horizonte amontoadas;

Quantas vezes, de súbito, emudeces!
Não sei que luz no teu olhar flutua;
Sinto tremer-te a mão, e empalideces…

O vento e o mar murmuram orações
E a poesia das cousas se insinua
Lenta e amorosa em nossos corações.

Antero de Quental (1842-1891)

                          O amor é uma companhia. 
                          Já não sei andar só pelos caminhos,
                          Porque já não posso andar só.
                          Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
                          E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir vendo tudo.
                          Mesmo a ausência dela é uma coisa que está comigo.
                          E eu gosto tanto dela que não sei como a desejar.
                          Se não a vejo, imagino-a e sou forte como as árvores altas.
                          Mas se a vejo tremo, não sei o que é feito do sinto na ausência dela.
                          Todo eu sou qualquer força que me abandona.
                          Toda a realidade olha para mim como um girassol com a cara dela no meio.

                          Alberto Caeiro - heterónimo de Fernando Pessoa (1888-1935)

Cuidado. O amor
é um pequeno animal
desprevenido, uma teia
que se desfia
pouco a pouco. Guardo
silêncio
para que possam ouvi-lo
desfazer-se.

Casimiro de Brito (n. 1938)

                                                     AMOR COMO EM CASA
                                                     Regresso devagar ao teu
                                                     sorriso como quem volta a casa. Faço de conta que
                                                     não é nada comigo. Distraído percorro
                                                     o caminho familiar da saudade,
                                                     pequeninas coisas me prendem,
                                                     uma tarde num café, um livro. Devagar
                                                     te amo e às vezes depressa,
                                                     meu amor, e às vezes faço coisas que não devo,
                                                     regresso devagar a tua casa,
                                                     compro um livro, entro no
                                                     amor como em casa.
   
                                                     Manuel António Pina (1943-2012)

AQUI poemas em inglês adequados ao dia de hoje!

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

HÁ MUITO AMOR E NAMORICOS NOS NOSSOS LIVROS!

Ilustração de  Pamela J. Zagarenski

E pergunto-vos, caros leitores, o que é o amor? Será a causa da felicidade ou a raiz da tristeza? Cumplicidade ou solidão? Clarividência ou loucura? Luz ou escuridão? Medir-se-á pela quantidade de rosas ou pelo celofane dos presentes?
A propósito do Amor e do Dia dos Namorados, descobre a resposta a estas e muitas outras questões nos livros da nossa biblioteca, entre os quais destacamos:

Poemas de Amor: Antologia de Poesia Portuguesa, de Inês Pedrosa
Uma antologia que resulta de uma particular paixão pela poesia portuguesa. Trata-se de uma seleção pessoal que reflete simplesmente um trajeto de leituras – poemas mitos e consagrados e também de nomes (ainda) pouco conhecidos.

A seta do Cupido: O percurso do amor ao longo do tempo, de Robert J. Sternberg
Um livro que aborda a temática do amor desde a Pré-História à contemporaneidade, incluído-se ainda uma História do Amor através da Cultura e uma outra História do Amor através da Literatura, sendo que o ponto de partida é a história mítica de Cupido e Psique.

Romeu e Julieta, de William Shakespeare
Um clássico intemporal, uma das histórias de amor mais conhecidas em todo o mundo, conta a história de Romeu e Julieta, que pertenciam às duas principais famílias de Verona, ambas muito ricas: os Capuletos e os Montecchios. Tinha havido uma velha zanga entre estas duas famílias que atingira proporções tais e criara uma hostilidade de tal forma mortal que se estendia até aos parentes mais afastados e aos servidores e criados de ambos os lados...

Tristão e Isolda, adaptação de Joseph Bédier
A história de Tristão e Isolda — os estranhos imortais do amor que constroem a sua tragédia sob as fatalidades de um sentimento imposto por artes da magia céltica, a paixão contra a qual os costumes e as leis são impotentes — mostrava-se como alternativa às sublimes lentidões de Wagner, e veloz, e empolgante, e obediente a todo o saber que faz a eficiência dos contos repetidos pela tradição oral. A lenda de Tristão e Isolda chegava ao êxito editorial e era confirmada no amor-símbolo, na sua intensidade inultrapassável, a que El-Rei Dom Dinis ousou ainda assim em versos desafiar: «o mui namorado Tristan sey ben que non amou Iseu quant’eu vos amo.»

O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá: uma história de amor, de Jorge Amado
Jorge Amado escreveu O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá em 1948, para o seu filho João Jorge, quando este completou um ano de idade. O texto andou perdido, e só em 1978 conheceu a sua primeira edição, depois de ter sido recuperado pelo filho e levado a Carybé para ilustrar. Com ilustrações belíssimas, para um belíssimo texto, a história de amor d'O Gato Malhado e da Andorinha Sinhá continua a correr mundo fazendo as delícias de leitores de todas as idades.

Três histórias de amor, de Álvaro Magalhães
Este livro reúne três histórias ("O segredo da menina morta", "Romance de Lucas e Pandora" e "História do velho e da sua linda nogueira") em que o amor e a morte trocam energias. Na primeira história, um rapaz e uma rapariga veem o seu amor perturbado pela alma de uma menina morta. Na segunda, Lucas e Pandora, um casal de gatos, descobrem o verdadeiro nome da morte e o seu segredo mais bem guardado. Finalmente, na terceira, o velho Miséria engana a morte para poder viver eternamente com a sua linda nogueira e acaba por descobrir que, afinal, se enganou a si próprio.

Hipopóptimos: uma história de amor, de Álvaro Magalhães
Delicadeza, sonho, profundo conhecimento desse universo claro-escuro que é a adolescência, respeito pela Mãe-Natureza, solidariedade e amor: tudo isto é possível ler e sentir neste texto. Conto distinguido com o Grande Prémio Gulbenkian de Literatura para Crianças e Jovens em 2001, este livro traduz um dos percursos temáticos mais trilhados por Álvaro Magalhães, conduzindo o leitor através da narrativa de fundo autobiográfico de um «rapaz franzino que escreve versos e histórias» e que possui uma pequena erva no coração.

Será Amor?, de Anita Naik
Quando o vês sentes o coração aos pulos, os joelhos a tremer e um nó na garganta… será AMOR? Desde a sedução do primeiro encontro até ao ciúme e à separação, Anita Naik ajuda-te a lidar com os altos e baixos do amor, neste excelente guia sobre o relacionamento entre adolescentes.

Estamos ambas apaixonadas pelo mesmo rapaz, de Rosie Rushton e Nina Schindler
Ellie, inglesa, e Rieke, alemã, conhecem-se num campo de férias, e como por magia, apaixonam-se pelo mesmo rapaz. Quando as férias chegam ao fim, as duas jovens dão início a um intercâmbio de e-mails venenosos, mas à medida que o tempo passa, descobrem que os seus problemas vão muito além de uma simples paixão por um rapaz.

Por que será que todas arranjam namorado menos eu?, de Karen McCombie
Quando o assunto é romance, Ally não consegue parar de fantasiar. «Aquele Primeiro Beijo» é a sua fantasia preferida, e o herói?, bom, o herói vai variando ao sabor do seu coração. Mas, o eleito do momento é Alfie, o príncipe dos cabelos louros. Só que, quando Ally aterra na dura realidade acontece o pior - o príncipe continua lindo e ela… bom, não se transformou
num sapo, mas a verdade é que quando está ao pé dele fica tão apalermada que quase parece um! E o maroto do Cupido também não se dispõe a ajudá-la!

É arriscado namorar por E-mail, de Caroline Plaisted
A jovem Samantha recebe um e-mail de um desconhecido de dezassete anos, e embora ache a mensagem disparatada, não resiste e acaba por responder-lhe. Passado pouco tempo, os dois decidem conhecer-se pessoalmente. A partir desse momento, os dias de Sam são povoados de suposições, a curiosidade aumenta, e ela começa a imaginar como será o tal rapaz. Será arriscado namorar por e-mail?

Eu quero um Príncipe e não um Sapo!, de Caroline Plaisted
Todas as revistas de raparigas se referem à adolescência como uma fase espetacular, repleta de aventuras e glamour; mas, se é verdade, por que é que Cassie está prestes a completar dezasseis anos e nunca teve um namorado? Extremamente introvertida, atormentada pelas terríveis borbulhas (que nada têm de glamouroso), por uma mães superprotetora e uma irmã mais velha absolutamente perfeita, Cassie vive a adolescência como um verdadeiro pesadelo, mas, ainda assim, tem um sonho: encontrar o seu prínciper encantado no meio de muitos sapos que andam por aí.

Será que estou apaixonada por ele?... Será que ele está apaixonado por mim?... , de Marina Gask
Birras, amuos, olhares lângidos e palavrinhas doces, os amigos de Nathan e Emily já estavam a ficar fartos do namoro atribulado daqueles dois pinga-amor. Afinal nunca tinham pensado que o estado de paixão podia fazer parecer duas pessoas tão patetas. Contudo, era divertido viver todas aquelas cenas de ciúme e reconciliação imediata até porque, em última análise, eles estavam apenas apaixonados... Eu gosto dele, mas ele…, de Steve Barlow e Steve Skidmore Sammy protagoniza esta aventura tentando salvar o ambiente. O problema é que ao fazê-lo acaba por se envolver em graves sarilhos. E o pior é que se encontra profundamente apaixonada por um gorila urbano, que não partilha dos seus ideais ecológicos... De facto ela gosta dele, mas ele... Diverte-te com esta história e fica tranquila(o), pois não és a/o única(o) jovem com dúvidas existenciais!

PORTO – MELHOR DESTINO EUROPEU 2014!



A cidade do Porto foi hoje eleita como o “Melhor Destino Europeu 2014”, um galardão atribuído anualmente pela “European Consumers Choice”, uma organização independente e não lucratica com sede em Bruxelas. 
A Cidade Invicta, tão romântica e misteriosa,  já tinha ganho este prémio em 2012. 
Parabéns a todos os portuenses!

AQUI um vídeo sobre a tua cidade.
Fonte: Jornal de Notícias

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS EUGÉNIO DE ANDRADE DE PARABÉNS!

A turma do 6ºF da nossa escola decidiu aceitar o desafio da revista "Visão Júnior" e, continuar a história da obra Pedro Alecrim. Os textos foram apreciados por um júri de prestígio e a turma F viu recompensado o seu trabalho, uma vez que obteve uma Menção Honrosa!
Aqui fica o trabalho dos alunos (capa e texto) para que possas ler e perceber que da próxima vez podes ser tu a ganhar!
Parabéns 6ºF!


APRECIA O TRABALHO DOS TEUS COLEGAS!

A continuação da história...

Ali estava eu, no bar do hotel, de frente para o Douro, esperando ansiosamente os meus “velhos” amigos. O primeiro a chegar foi o Nicolau, coisa que não me espantou, uma vez que era ali que trabalhava.
- Então, Alecrim aos molhos, não te esqueceste do nosso encontro mensal?- disse ele divertido.
- Claro que não! E o Luís não deve tardar. Acabou de me enviar uma mensagem dizendo que está a estacionar a sua “máquina”.
Nicolau riu-se. Por momentos ficamos calados a olhar o rio, depois ele disse:
- Sabes Pedro, o tempo passou tão depressa! As nossas vidas modificaram-se tanto! Tu és um excelente músico, tocas tão bem cavaquinho, dás espectáculos…
- Sim, é verdade. Gosto muito do que faço! Agradeço ao tio Trindade ter-me iniciado nestas andanças. Lembras-te dele ó Nicolau?- perguntei.
- Claro! Lembro isso e muito mais. Não é por agora gerir este hotel que esqueci o meu passado. Lembro as caminhadas na serra no inverno, o velho autocarro que nos levava para a escola, os coelhos bravos, a aldeia … Está tudo aqui, Alecrim! - E apontava para a cabeça.
Nesse instante chegou o Luís.
- O que é que vocês estão para aí a conversar? – perguntou ele abraçando-nos.
O Luís continuava gordo, divertido, sempre cheio de histórias para contar. Era daquelas figuras que quando entrava num sítio dava logo nas vistas. Tornara-se advogado, após longos anos de estudo e com algumas reprovações pelo caminho.
- Ò meninos, onde isso já vai!– disse ele dando uma sonora gargalhada. - Nicolau manda vir umas bebidinhas que aqui o teu amigo está a seco!
Ficamos horas falando das nossas vidas. O Luís continuava a viver com a mãe, agora na cidade do Porto e, apesar das inúmeras namoradas que arranjava, nunca se decidia casar. O Nicolau enveredara pelo turismo e tornara-se gestor hoteleiro. Casara-se com uma colega de profissão e até já era pai. Eu estava prestes a “ dar o nó” com a Sara.
- No que te vais meter Alecrim! – brincava o Luís.
- Casas aqui e ponto final! – impunha o Nicolau. – Vamos fazer-te um casamento de arromba! Já falei com a tua irmã Rosália e com o Ja-Ja-Ja-Jacinto. - Dizia ele rindo-se, gozando com a eterna gaguez do meu irmão.
Eu pensava na minha mãe e no meu pai e no gosto que sentiria se eles pudessem estar nesse dia a meu lado. Infelizmente nenhum deles estava vivo!
Entretanto, o gordo Luís, continuava a falar sem parar.
- Vocês lembram-se quando eu pus um rato em cima da secretária para assustar a professora de matemática?
- Tu tinhas uma lata, Luís! Eras um verdadeiro craque a copiar quando aparecias com uma gravata cheiinha de “apontamentos”! – disse o Nicolau.
Rimo-nos lembrando esses momentos já tão distantes.
Ali ficamos até tarde recordando histórias e amigos do passado, a Joana, o Martinho, os meus pais, o tio Trindade, o Carlinhos pastor… Depois do jantar, na varanda do hotel olhei para eles e lembrei-me de uma noite há muitos anos atrás, em que deitado na minha cama e, sem conseguir adormecer, eu pensava “… Que o tempo era uma coisa esquisita, havia horas mais prolongadas do que outras, minutos que pareciam horas, e horas que pareciam minutos.”
Levantei o copo de vinho do Porto, olhei para eles e disse:
- Brindemos à continuação da nossa amizade!
- Tchim! Tchim! – responderam eles e abraçamo-nos.
Nessa noite adormeci feliz.
Trabalho realizado pela turma do 6ºF

E outra capa para "Pedro Alecrim"!


UM LIVRO: UM NAMORADO?

Imagem via "Doce Abril"

«Os livros são como os namorados. 
Se não se gosta de um, tem de se procurar outro!»


António Mota, in Revista Visão Júnior, n.º 117, Fevereiro | 2014

domingo, 9 de fevereiro de 2014

VALE A PENA PENSAR NISTO...


«Há quem defenda que todas as tramas literárias do mundo se resumem às que Homero reuniu na Odisseia: amor e ciúme, coragem e medo, pobres espezinhados, fidelidades caninas (literalmente), reis magnânimos e déspotas sanguinários, heróis de tiro certeiro e cama presa ao chão (…).»

LEPECKI, Maria Lúcia. “Questão de corpo”. 
Revista SuperInteressante, n.º 66, out., 2003

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

NO PORTO: BAIRRO DOS LIVROS


Sabias que na nossa cidade existe um “Bairro dos Livros” e que em cada segundo sábado de cada mês decorrem aí atividades especiais subordinados a um tema? 
Como é referido na revista “Time Out” deste mês, ao segundo sábado de cada mês há “ações em vários espaços da Baixa, desde livrarias a cafés, com leituras de textos, música, teatro, oficinas de escrita criativa e sessões de cinema. Além disso, há preços especiais e uma ou outra brincadeira, como biscoitos com as iniciais do bairro, por exemplo.” 
No próximo sábado, dia 8, haverá “Bairro dos Livros” e desta vez serão homenageados os escritores da Cidade Invicta. O programa promete! 

BAIRRO DOS LIVROS – 8 DE FEVEREIRO 
PROGRAMA 

10h00-13h00 @ Contagiarte (Rua Álvares Cabral) 
«Um livro e um café, sff!» por Ângela F. Marques Autora: Agustina Bessa-Luís De janeiro a junho, aos sábados de manhã, no Contagiarte / Centro de Formação Cultural serve-se café e uma conversa em volta de um romance português.
Entre as 10h e as 13h, partilham-se leituras e vagabundagens com um fio condutor: as mulheres que, na segunda metade do século XX, escreveram e se inscreveram na narrativa portuguesa. No próximo sábado, a obra em questão é «Jóia de família» de Agustina Bessa-Luís. Sessão com o preço de 15€: inscrições até 6 de fevereiro.
[Mais informações em http://www.contagiarte.pt/centroformacaocultural/formacao/formacao-pontual/um-cafe-e-um-livro-sff-2]

13h30-18h00 @ in transit Happening por Grupo de Estudos Lusófonos 
O que faria se estivesse à espera do seu lanche e o empregado lhe servisse um poema? Durante toda a tarde de sábado, o Grupo de Estudos Lusófonos (FLUP) andará pelos cafés da Baixa a distribuir poesia de autores portuenses. Itinerário revelado em breve.
[Mais informações em https://www.facebook.com/grupo.estudos.lusofonos]

14h30-15h30 @ Mercado do Fado de Cedofeita Viva (Rua de Cedofeita) 
Instalação poética por Cedofeita Viva Autor: Pedro Homem de Mello
Inserida no Mercado do Fado organizado pelo coletivo Cedofeita Viva, a instalação pretende divulgar o autor portuense Pedro Homem de Mello e a sua relação com o fado e a música e a dança populares.
[Mais informações em https://www.facebook.com/events/233326523516116]

16h00-18h00 @ Livraria Papa Livros (Rua Miguel Bombarda)
Hora do conto por Adélia Carvalho e oficina de ilustração com Patrícia Figueiredo
Porque o Porto não se faz só dos autores do passado, teremos ainda uma atividade infantil com a autora e livreira Adélia Carvalho na belíssima Papa Livros para crianças dos 3 aos 12 anos.
[Mais informações em https://www.facebook.com/pages/Livraria-Papa-Livros/200842866712]

18h30-19h30 @ XX Festa do Livro em Saldo de Calendário de Letras (Pavilhão Rosa Mota)
«O poema me levará no tempo» por Daniel Ferreira
Autora: Sophia de Mello Breyner Andresen
No penúltimo dia da vigésima Festa do Livro em Saldo, levamos ao Palácio de Cristal o projeto «Sophia 95». Daniel Ferreira apresentará este projeto, numa conversa informal sobre a autora
Sophia de Mello Breyner, no ano em que se festeja o seu 95º aniversário.
[Mais informações em https://www.facebook.com/pages/SOPHIA-95/248055095358765]

21h30-24h00 @ Casa-Jardim do PINC-UPTEC (Praça Coronel Pacheco)
Lançamento de «O nome do mundo é uma janela» de Bernardino Guimarães
Encerramos a noite na nossa casa.
A Bairro dos Livros, linha editorial da CulturePrint, pretende dar corpo a projetos literários únicos e cruzar muitas linguagens artísticas para comunicar as ideias do futuro e os sonhos do presente. Gostamos do livro-objecto e queremos partilhá-lo.
[Mais informações em https://www.facebook.com/events/1386659188223195]

domingo, 2 de fevereiro de 2014

LIVROS DO MÊS DE FEVEREIRO

QUANDO NÃO LÊS EM FEVEREIRO, 
NEM CONHECIMENTO NEM PRAZER NEM CENTEIO!


O Senhor Pina. Texto de Álvaro Magalhães e ilustrações de Luiz Darocha


Nunca é demais homenagear Manuel António Pina, mas quando essa homenagem é feita por um grande amigo seu, é mais verdadeira e comovente. 
Assim acontece com O Senhor Pina, em que, através de dezasseis ficções, Álvaro Magalhães constrói «um retrato íntimo, sensível e muito bem-humorado do poeta Manuel António Pina, desde o seu modo peculiar de olhar a vida e a literatura até à sua relação com Joanica-Puff, o Urso com Poucos Miolos que ele tanto admirava», e nos leva com ambos em busca da poesia, que «faz parte da vida (sendo os poemas) só oportunidades para ela». 
Vale a pena a leitura, por jovens e por adultos, porque… 

Isto é verdade e não. 
E é tudo imaginação.


A minha história com BOB, de James Bowen 


Li algures uma citação famosa. Diz que todos os dias da nossa vida nos é dada uma segunda oportunidade. Essas oportunidades existem para ser agarradas, nós é que não costumamos aproveitá-las. 

Assim começa o segundo livro que te propomos este mês, um livro que nos conta os primeiros passos de uma amizade improvável e nos mostra como é que um gato alaranjado pode alterar completamente a vida de um homem. 
Se ficaste curioso acerca desta história, aproveita para leres AQUI as primeiras páginas deste livro que em breve poderás ver adaptado ao cinema. 
Deixamos-te também um vídeo para que conheças os protagonistas, um músico das ruas de Londres e o gato alaranjado que lhe salvou a vida, assim como as opiniões de alguns leitores acerca desta história emocionante: