segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

ALUNOS DA NOSSA ESCOLA JORNALISTAS POR UM DIA

   




    Na passada 4.ª feira, os alunos do 8.º B e de CEI visitaram as instalações do Jornal de Notícias, onde viveram uma experiência educativa muito enriquecedora.
   Após uma rápida viagem de metro na companhia de professores, encarregados de educação e funcionários, os nossos alunos chegaram às instalações do JN, onde começaram por visitar uma exposição de caricaturas de Cristiano Ronaldo.
    De seguida, no auditório, puderam conhecer a história deste jornal, que sempre se caraterizou pela inovação. Nesse momento, ficaram a saber, entre muitas outras coisas, que:
  - o JN nasceu no 2 de junho de 1888, pela mão de um grupo de políticos regeneradores, e custava, então,  10 reis;
   - este jornal diário sempre apostou na inovação, já que foi o primeiro a introduzir  os gráficos, a publicidade ou a cor  nas suas páginas, assim como a ter uma edição digital;  
  - foi a partir de uma consulta popular feita por esta publicação, que abrangeu mais de 11 000 pessoas, que se decidiu a data do feriado municipal do Porto - 24 de junho.
    Na interessante palestra a que os alunos assistiram, houve igualmente lugar para se refletir sobre as formas de comunicar adotadas ao longo dos tempos (das pinturas rupestres aos sinais de fumo, dos pombos-correio às redes sociais), a importância de se estar informado para se ter opinião e se poder escolher, a criação dos conteúdos nos meios digitais e os perigos da internet, onde circulam notícias falsas e publicidade enganosa e onde o cyberbullying é uma prática reprovável.
    Visando a preparação para a etapa que se seguiria, os alunos obtiveram ainda informação acerca dos critérios de transformação dos factos em notícias (a novidade, a relevância, a imprevisibilidade e a proximidade), da estrutura da notícia, das características de um bom título e da construção da primeira página de um jornal.
   Chegou, depois, um momento em que os nossos alunos vestiram a pele de um jornalista: fazendo trabalho de campo em dossiês sobre a Europa, redigiram notícias referentes às diversas editorias que constituem um jornal – da política à cultura, da economia ao desporto, da sociedade ao mundo. Os mais ousados, para além de redigirem os textos e construírem a sua 1.ª página, gravaram-nos em vídeo, deixando assim o testemunho da sua passagem por este jornal portuense.
    Por último, foi a vez de os nossos alunos observarem a redação do jornal, onde muitos jornalistas a sério cumpriam, séria e compenetradamente, a sua função.


    Uma experiência que, certamente, deixou marcas e que foi de enorme agrado para todos os participantes.
Ver mais AQUI!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

EM HOMENAGEM A ALICE HERZ-SOMMER



Se fosse viva, Alice Herz-Sommer teria, agora, 112 anos.
Alice partiu em fevereiro. Há dois anos. Porém, como o seu exemplo de vida merece ser recordado por todos, deixamos-te algumas frases desta mulher extraordinária, para que possas refletir sobre elas e, quem sabe, adotá-las como lema de vida:

«Não existe nada no nosso mundo que seja apenas mau.
Até o mau é bonito, quando se sabe para onde olhar.»

E para que conheças a vida desta mulher extraordinária, para quem a música era tudo, deixamos-te um relato emocionante e inspirador de uma vida que se iniciou em Praga, na República Checa, quando corria o ano de 1903. Vê-o AQUI.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

PENSAMENTO DA SEMANA: OS LIVROS A LER



[«O livro a ler não é aquele que pensa por ti, 
mas aquele que te faz pensar.»]

                                                                                               Harper Lee

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

TRIBUTO A HARPER LEE, AUTORA DE “MATARAM A COTOVIA”


No dia 19 de Fevereiro Harper Lee morreu. A escritora tinha 89 anos e levava uma vida discreta e reservada. Tornou-se famosa ao publicar o livro Mataram a Cotovia que ganhou um prémio Pulitzer (1961). O tema do livro, o racismo, inspirou um famoso filme com o mesmo nome.
Harper Lee não escreveu muitos livros mas marcou a História da Literatura mundial para sempre. O seu livro transformou-se num clássico que tem sido lido e relido por várias gerações. Recentemente foi publicada a obra Vai e põe uma sentinela cujo manuscrito esteve perdido vários anos.

Acerca de Mataram a Cotovia:



Algumas frases de Harper Lee:
«As coisas sempre são melhores pela manhã.»
«Só porque fomos derrotados uma vez não é motivo para não tentarmos novamente.»
«Antes de poder viver com os outros, eu tenho de viver comigo mesmo.»
Texto: Prof.ª Fátima Neto
Lê mais sobre Harper Lee AQUI!

sábado, 20 de fevereiro de 2016

HOMENAGEM A UMBERTO ECO

Umberto Eco, autor de O Nome da Rosa e de muitos outros livros (romances e ensaios), acaba de nos deixar. Prestamos-lhe homenagem dando-te a conhecer algumas das suas frases.
Para ler e refletir!


“Um livro é um produto da tecnologia eterna, tal como a roda e o fogo.”
“Os livros não foram feitos para serem acreditados mas para que os questionemos. Quando lemos um livro, devemos perguntar a nós próprios não o que diz mas o que significa.”
“Há dois autores que me influenciaram, o [James] Joyce e o [Jorge Luis] Borges”
“Tenho cerca de 50 mil livros. Quando a minha secretaria disse que ia catalogá-los disse-lhe para não o fazer, os meus interesses mudam constantemente.”
“Para sobreviver é preciso contar histórias.”
“Como disse o homem, para cada problema complexo há uma solução simples e está errada.”
“Um cão não mente. Quando ladra é porque está alguém lá fora.”
“Os jornais envolvem os factos em comentários. É impossível transmitir simples factos sem estabelecer pontos de vista.”
“Sou um velho consumidor de jornais, não consigo evitar ler os meus jornais todas as manhãs. Uso a TV para as notícias, os concursos de perguntas e, às vezes, para bons filmes.”
“Ele [o pai] morreu muito cedo, em 1962, mas só depois de eu ter publicado alguns livros. Eram coisas académicas, provavelmente confusas para o meu pai, mas descobri que à noite ele tentava lê-los.”
“Uma mãe tem orgulho no seu filho, mesmo que o filho seja completamente estúpido.”
“Escrevia histórias e princípios de livro quando tinha 10, 12 anos.”

Eis uma janela para O Nome da Rosa, um romance a não perder, cujos protagonistas são (também) os livros.


Lê mais sobre Umberto Eco, o "homem que sabia tudo",  AQUI!

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

REVISTAS DO MÊS DE FEVEREIRO

Brrrrr! Que frio! Agora sim estamos no Inverno! O que nos apetece é encontrar um local quentinho e confortável e aproveitar para relaxar e deixar os neurónios passear por novos conhecimento. A Biblioteca é um dos lugares mais aconchegados da escola e tem revistas novas à nossa espera. As propostas, este mês, são:

  

A VISÃO Júnior que já está um pouco atrasada (ainda tem sugestões para o Carnaval) mas que, como já nos habituamos, vem sempre com sugestões interessantes para os mais jovens. Desta vez contém um artigo sobre a vida dos astronautas no espaço (o que comem, como vão à casa de banho, como dormem, como se distraem, como trabalham quando estão no Espaço), um artigo sobre chimpanzés e outro sobre coelhos de estimação, uma reportagem sobre crianças sírias refugiadas, uma investigação sobre a profissão de veterinária (especializada em golfinhos!) e as habituais propostas de desporto (desta vez o Futsal é o centro das atenções). Para os grandes leitores, traz um desafio irrecusável: apresentar o livro preferido. Aceitas o desafio?
A SUPERinteressante vem também com temas muito curiosos que vão desde o treino do cérebro (como fazer para pensarmos cada vez melhor) à fórmula da boa sorte, da arquitectura do passado (o manuelino existe mesmo?) à arquitectura do presente (a obra do arquitecto Siza Vieira está outra vez no centro das atenções). Traz ainda vários artigos sobre História e várias secções para todos os gostos.
A NATIONAL GEOGRAPHIC não fica atrás nos temas interessantes. Desenterra o passado oculto do solo de Londres, explica as múltiplas formas que os olhos dos vários animais podem ver a luz, refere o modo como as mulheres sauditas estão a tentar redefinir o seu papel na sociedade. Como habitualmente, traz ainda um artigo sobre a natureza selvagem (os lobos do Alasca) e uma magnífica reportagem fotográfica sobre a mancha florestal mais densa da Colúmbia Britânica.
Texto: Prof.ª Fátima Neto

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

PENSAMENTO DA SEMANA: O SUCESSO


«Nenhuma grande vitória é possível sem que tenha sido precedida de pequenas vitórias sobre nós mesmos.»
L. M. Leonov

"OLHAR E SENTIR" - EXPOSIÇÃO NA BE/CRE

Convida-se toda a comunidade educativa a visitar a exposição de trabalhos realizados pelos alunos do 9.º ano nas aulas de Educação Visual, patente na BE/CRE.

"OLHAR E SENTIR"

Uma exposição onde a cor, a forma, a linha se dirigem a dois dos nossos sentidos: visão e tato. Uma série focada nos olhos e dedos - visões e sensações.

  

"DEAMBULAÇÕES"

Visita guiada a Maurits Cornelius Escher - Deambulando e rodopiando a preto e branco em movimento contínuo.




domingo, 14 de fevereiro de 2016

O DIA DE NAMORADOS RIMA COM POESIA!

Ilustração de Janice Fried







As manhãs de nevoeiro
São boas para namorar.
Não se perde nem um beijo,
Ficam suspensos no ar.

Luísa Dacosta, Na Água do Tempo








NOTA 4

Se tu amas por causa da beleza, então não me ames!
Ama o Sol que tem cabelos doirados!
Se tu amas por causa da juventude, então não me ames!
Ama a Primavera que fica nova todos os anos!
Se tu amas por causa dos tesouros, então não me ames!
Ama a Mulher do Mar: ela tem muitas pérolas claras!
Se tu amas por causa da inteligência, então não me ames!
Ama Isaac Newton: ele escreveu os Princípios Matemáticos da Filosofia Natural!
Mas se tu amas por causa do amor, então sim, ama-me!
Ama-me sempre: amo-te para sempre!
                                                                                                           Adília Lopes

Ilustração de Sandi Fitzgerald

                                         POVOAMENTO

                                         No teu amor por mim há uma rua que começa
                                         Nem árvores nem casas existiam
                                         antes que tu tivesses palavras
                                         e todo eu fosse um coração para elas
                                         Invento-te e o céu azula-se sobre esta
                                         triste condição de ter de receber
                                         dos choupos onde cantam
                                         os impossíveis pássaros
                                         a nova primavera
                                         Tocam sinos e levantam voo
                                         todos os cuidados
                                         Ó meu amor nem minha mãe
                                         tinha assim um regaço
                                         como este dia tem
                                         E eu chego e sento-me ao lado
                                         da primavera

                                         Ruy Belo, in Aquele Grande Rio Eufrates

Ilustração de Sami Briss


FEITIÇO VIRADO                                     

Ao luar,
a sombra da tua mão
alongou-se pelo chão.

Boneca-miniatura
na palma de mão gigante,
pisei, maldosa, a escura
sombra distante.

E daí, por sugestão,
foi que em mim nasceu, cresceu
esta triste condição
de te crer maior do que eu.
                       
                     Fernanda Botelho


sábado, 13 de fevereiro de 2016

A PROPÓSITO DE UM DIA TEMPESTUOSO


Fevereiro
Por cima do cinza do dia, da chuva, da tempestade, há um céu azul, sereno, cheio de claridade solar. Quem andou de avião sabe disso, por experiência. Mas como é difícil de acreditar, quando a cinza do dia se funde com a nossa cinza interior!
Luísa Dacosta, Na Água do Tempo

Se gostas de música clássica, ouve AQUI «A Tempestade» de 
Piotr Ilitch Tchaikovsky, famoso compositor russo.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2016

"DÁ VOZ À LETRA" - FINAL NA BMAG

A grande final do concurso "Dá voz à letra!" decorrerá na BMAG no próximo sábado, dia 13 de fevereiro.
Os finalistas, alunos da Área Metropolitana do Porto que mostraram saber dar vida às palavras, irão mostrar mais uma vez que gostam de ler.
A não perder!


Para saberes mais, clica AQUI!

E a vencedora foi... a Mara Martins! Ouve-a aqui:


quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

SEGREDOS DOS BONS ALUNOS

Amanhã começa a segunda metade do ano. Como queremos que todos os alunos cheguem ao final com sucesso nos estudos, deixamos aqui alguns segredos daqueles que passam a vida a tirar as notas máximas.
Na verdade, as boas notas não surgem graças a um deus ex machina, isto é, devido a soluções mirabolantes e inesperadas! Os bons alunos têm trunfos. Fica a conhecê-los!


1. Os bons alunos sabem porque estudam
Os bons alunos têm objetivos. Independentemente daquilo que pretendam vir a tornar-se no futuro ainda longínquo, estes alunos sabem que convém ter uma boa cultura geral.
2. Os bons alunos são organizados
Ser organizado nem sempre é ter tudo muito certinho e arrumadinho em pastas e sublinhadinho com cores fluorescentes. Há excelentes alunos aparentemente desorganizadíssimos. Porém, estes alunos, sabem programar: têm um calendário onde anotam as datas dos testes e estudam com antecedência, o que lhes permite assimilar calmamente a matéria dada. Estes alunos também têm consciência de que cada aula conta e não são apenas os testes a influenciarem a avaliação final.
3. Os bons alunos estabelecem uma rotina
Os alunos bem-sucedidos sabem que o melhor é fazer os trabalhos assim que se chega a casa: está-se mais fresco e fica-se logo despachado. No entanto, há alunos que preferem relaxar primeiro, Se este é o teu caso, não há problema. O que importa é que faças os trabalhos sempre à mesma hora e concentrando-te no que estás a fazer, longe do computador e da televisão.
4. Os bons alunos fazem resumos
Estudar não é ficar imenso tempo com um olho no livro e outro no relógio, à espera que que os ponteiros se mexam. Estudar é (também) sublinhar as partes importantes de cada matéria, fazer esquemas e resumos pelas tuas próprias palavras, se necessário, recorrendo ao dicionário ou à internet, aos pais e aos professores para esclarecer quaisquer dúvidas que surjam.
5 – Os bons alunos não têm medo de se esforçar
Para termos boas notas, é necessário esforçarmo-nos mesmo, sem medo de falhar. O único lugar onde a palavra “sucesso” antecede a palavra “trabalho” é no dicionário! Quem quer ter boas notas tem mesmo de mergulhar na matéria! Estudar dá trabalho. Claro que sim! Mas depois, quando vemos as boas notas, sentimo-nos compensados e orgulhosos!
6 – Os bons alunos não deixam arrastar as dificuldades
Só quem estuda tem consciência das suas dificuldades. Pelo que, sempre que estudares, anota os aspetos em que não te sentires tão seguro. Depois, na aula seguinte, expõe as tuas dúvidas aos teus professores.  Acredita que eles vão valorizar-te por isso e, no final, tu vais sentir-te muito mais confiante!
7 – Os bons alunos gostam de livros
Os bons alunos leem. Não apenas os livros de leitura obrigatória para as aulas de Português! Leem tudo, sobre os temas da sua preferência, leem os autores prediletos, leem os livros aconselhados pelos amigos e pelos seus familiares. Não penses que vais ler um livro numa hora. Bem, isto até é possível, se o livro for pequeno. Contudo, na maior parte das vezes, a leitura exige-nos que paremos, que nos sentemos para refletir e para sonhar; para reler uma parte que não se compreendeu à primeira; para viajar no espaço e no tempo, de mãos dadas com as personagens.
  
Eis alguns dos segredos dos bons alunos. Porém, se tens outros, podes partilhá-los connosco. Nós agradecemos e os teus colegas também!
Fonte: Revista "Activa" (adaptado)


terça-feira, 9 de fevereiro de 2016

PENSAMENTO DA SEMANA: ACERCA DA MÚSICA


«A música é a única forma de arte que consegue verdadeiramente transcender-nos, libertar-nos, 
levar-nos mais além.»

Luísa Dacosta, NA ÁGUA DO TEMPO

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

MÚSICA PARA O CARNAVAL: «CARNAVAL DOS ANIMAIS»


Será que os animais também festejam o Carnaval?
Festejando ou não estes dias tão apreciados em muitos países do mundo, Camille Saint-Saëns compôs a peça “O Carnaval dos animais”, que, à semelhança de muitas das fábulas que já tiveste a oportunidade de ler, é uma crítica mordaz, neste caso, ao cenário musical de Paris do final do século XIX.
Saint-Saëns, prodígio musical que compôs o seu primeiro concerto aos dez anos de idade (!!!), arquitetou desta forma as catorze partes de “Carnaval dos animais”:

1. Introdução e marcha real do leão - Os dois pianos trinam e arpejam; as cordas (violinos, violas d’arco, violoncelos e contrabaixos) abrem a marcha do soberbo animal, imitando os seus rugidos.
2. Galinhas e galos - Clarinetes, pianos, violinos e viola d’arco, num breve trecho à moda de Rameau.
3. Hémiones (asnos selvagens do Tibete, animais muito velozes) - Num presto furioso, os dois pianos lançam-se em escalas de clima de loucura, que jamais se alcançam.
4. Tartaruga - Offenbach está presente aqui com a sua obra Orfeu no Inferno. Tocada em andamento extremamente lento perlas cordas, sobre um acompanhamento do piano.
5. O Elefante - O contrabaixo com ornamentos do piano tocam o tema da «Dança das sílfides» da Danação de Fausto de Berlioz, com uma alusão ao «Scherzo» do Sonho de uma noite de verão de Mendelsshon.
6. Cangurus - Os dois pianos saltitam,  hesitam, param...
7. Aquário - Flauta, celesta, os dois pianos e as cordas. As flautas sugerem ondas; os pianos insinuam a natação; o som da celesta lembra gotas de água.
8. Personagens de orelhas longas (ou seja, os burros) – Durante breves compassos, dois violinos alternam os seus diálogos.
9. O Cuco no fundo do bosque - Com o acompanhamento do piano, a terça do cuco é dita e redita pelo clarinete.
10. Viveiro - Uma flauta chilreia com acompanhamento dos pianos e das cordas.
11. Pianistas - São segundo Saint-Saëns verdadeiros animais e não dos menos barulhentos. Devem imitar o toque de um aluno de piano principiante, alternado em escalas e terças duplas, com notas desafinadas. As cordas rangem, irritam-se e interrompem o insuportável duo.
12. Fósseis - as antiguidades – uma série de citações que se encadeiam vivamente. A Dança Macabra surge como um dos temas do movimento, mas outras obras são citadas, como a «Aria da Rosina» do Barbeiro de Sevilha.
13. O Cisne (É bem provável que já conheças esta parte!) - Uma nobre palhaçada, segundo o próprio Saint-Saëns. O violoncelo toca sobre as harmonia dos pianos. No final, o cisne adormece.
14. Final - Um desfile de toda a bicharada, onde ecoam os principais temas ouvidos durante a obra, inclusive o dos pianistas.

Agora que já foste introduzido à bicharada que desfila nesta peça, assim como aos instrumentos que representam cada um dos animais, convidamos-te a ouvi-la na íntegra. Usufrui de 27 minutos e 12 segundos de diversão!


AQUI outra versão bastante divertida!

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

PENSAMENTO DA SEMANA: ACERCA DO TALENTO

Talento é 1% inspiração e

«O talento é apenas uma combinação 
de genes e uma responsabilidade.»
Alan Rickman
(Ator britânico)

LIVROS DO MÊS DE FEVEREIRO

Em Fevereiro, mês do Carnaval, o “faz-de-conta” está na agenda de todos os leitores. Propomos, por isso, para os mais jovens, a leitura de um livro em que outros livros são tratados por “meninos” e para os adultos a leitura de uma crítica bem humorada ao “faz-de-conta” que os pensadores europeus são mais sérios do que os outros.

O LIVRO DAS CONTAS E DOS CONTOS
Texto de José Vaz
Ilustrações de Elsa Fernandes
Trampolim editores
José Vaz, um dos singulares escritores contemporâneos para a infância apresenta-nos, neste volume, a história de um livro comprido, roto, desengonçado e escrito à mão por um homem bom que vendia pregos, tijolos e tapetes… mas que deixava os fregueses pagar os artigos à velocidade do caracol.
Um dia, o livro foi parar a uma biblioteca e os livros que ali estavam estacionados exclamaram com desdém:
- Não é dos nossos! Não é dos nossos!
Este conto insere-se nas características gerais da obra do autor onde, como afirma o investigador Rui Marques Veloso, no sítio da Casa da Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian: "tirando partido das suas vivências e do olhar atento ao mundo que o rodeia, [José Vaz] introduz o mistério que nos prende, o maravilhoso que alimenta o nosso imaginário, o cómico que diverte, a sensibilidade que cativa, a metáfora que surpreende. Sabe comunicar com os jovens leitores, jogando com um discurso muito próximo da criança, sem cair no infantilismo ou na cedência a jogos formais estereotipados".
A narrativa é complementada com uma ilustração singularmente bonita e expressiva da autoria de Elsa Fernandes.
 Plano Nacional de Leitura:Livro recomendado para o 3º ano de escolaridade, destinado a leitura autónoma.

DESPENTEANDO PARÁGRAFOS

de Onésimo Teotónio Almeida
Quetzal editores
Onésimo Teotónio Almeida é, há longos anos, professor na prestigiada universidade Brown, em Providence, EUA - pertencente à Ivy League (um grupo constituído pelas instituições de maior prestígio científico nos Estados Unidos e no mundo). De lá, transformou-se num observador privilegiado e distanciado da realidade cultural portuguesa, que sempre tratou com tolerância, sentido de humor e ironia.
Neste livro, o autor aborda questões polémicas no nosso meio cultural e universitário: de onde vêm a verborreia empolada e a dificuldade lusitana de se debater argumentos sem entrar em ataques pessoais? Por que eram os intelectuais portugueses tão sensíveis às modas francesas? Por que é que os intelectuais europeus não compreendem a América? Por que é que o provincianismo português é tão arrogante? Sempre num registo divertido, bem-humorado e provocador.

Texto: Prof.ª Fátima Neto



FEVEREIRO NO ANO 1000

FEVEREIRO E AS REZAS

Monge no "scriptorium" de
um convento medieval
          Ano 1000.  Século X.  Os  dias  de  Inverno  mais  rigorosos eram dedicados  à religiosidade. O medo do “fim dos tempos” ajudou  a Igreja Católica a subir para o topo do poder. Era a altura em que se  ficava  recolhido   em  casa,  já  que  não  havia muito que fazer nos campos cobertos de neve e de geada.
Tempo para pensar na vida dos Santos, seres humanos que tinham passado pelas mesmas vicissitudes que qualquer outra pessoa, mas que, graças a muito esforço e sofrimento, tinham superado tudo para entrar em glória no reino dos céus. O culto dos Santos crescia dia após dia, bem como o das relíquias, objetos que de algum modo teria sido tocado ou pertencido a um santo.
“Ora et Labora”, o lema da Abadia de Cluny, procurava dar equilíbrio e organização à vida dos monges nos conventos, em contraste com a vida atribulada dos restantes homens e mulheres medievais.
Os diversos Papas procuraram centralizar o seu poder e fazer sentir aos devotos que, representando o poder de Deus na Terra, estavam a cima de qualquer senhor.
A figura do Diabo, demónio maligno que representava todos os males, foi nesta época desenhada pela Igreja. Representava todos os males desta época sobretudo a insegurança e a violência.
Rezar, rezar, rezar era a única maneira de redimir o pecado e o mal tendo no horizonte a entrada no Reino dos Céus.
Texto: Prof.ª Fátima Neto
Fonte: Revista SUPERinteressante,
Outono 2015
(Edição Especial História)