quinta-feira, 24 de novembro de 2011

SEMANA DA LEITURA: MOMENTO DE PARTILHA EM VOLTA DOS LIVROS


A leitura segue e persegue qualquer pessoa civilizada.
Nós, civilizados e letrados, lemos a toda a hora e minuto, não paramos de ler.
Então, porquê a semana da leitura?
É só e apenas para nos lembrarmos de que, além de tudo o que todos nós já sabemos bem, a leitura pode ser um prazer e um pretexto para construir e reforçar amizades.
Haverá, pois, um programa de visitas às turmas – alguns alunos e alguns professores aceitaram o convite e visitarão várias turmas para lhes oferecer uma leitura especial.
Para a biblioteca, estão já preparados momentos de leitura a diferentes ritmos e a várias vozes.
E… para todos, todos, mesmo todos, para (con)vivermos no mundo das letras, para vivermos em comum a aventura da palavra escrita, faremos, à semelhança de anos anteriores, um pequeno intervalo, antes do intervalo, apenas e só para lermos – cada um lê o que quer, mas todos leem ao mesmo tempo.
Assim, prestem atenção aos toques: 4ª feira (30 de Novembro) toca às 9:40 e às 14:50, para marcar os intervalos a gozar nas salas de aula com a companhia do livro ou pedaço de leitura que cada um trouxer.
Tragam boas leituras e fiquem atentos aos toques!
Biblioteca e Departamento de Línguas

terça-feira, 22 de novembro de 2011

JORNAL DO AGRUPAMENTO: APRESENTAÇÃO, DECLARAÇÃO DE INTENÇÕES E ELEMENTOS DE REGULAÇÃO


     A equipa de professores que vai coordenar os trabalhos do jornal tem o maior prazer em apresentar-se: Sónia Cruzeiro, Assunção Ribeiro, Isabel Torres, António Rodrigues, Mário Agnelo.
     Este ano queremos:
     1. Transformar definitivamente o “100 Limites” num jornal de todo o agrupamento;
    2. Apresentar um jornal online, regularmente enriquecido com as produções de alunos e professores que nos forem chegando;
     3. Editar em papel dois números do “100 Limites”.
    Pensamos em sete secções para o jornal (tanto para o que se materializará em papel como para aquele que virtualmente ficará na internet, acessível a toda a navegação): «o que pensamos», «o que pesquisamos e descobrimos», «o que fazemos», «o que criamos», «o que vemos, lemos e ouvimos», «o que nos diverte», «o que divulgamos».
     São sete secções!
    Sete, porquê? Ora, naturalmente, porque sete corresponde às sete cores do arco-íris e às sete notas da gama diatónica, às sete pétalas da rosa e aos sete dias da semana!
     Gostaríamos muito, mesmo muito, que o jornal fosse de todos e para todos.
   Imaginamos, de início, que, reservando uma página de papel, um bite ou um Mega bite, a cada um, teríamos um jornal indiscutivelmente de todos, embora nos ficasse a dúvida se seria realmente para todos.     Isto, porque, depois de trabalhosos e rigorosos cálculos, chegamos à conclusão: em papel, a coisa ficaria em mais de mil páginas!!! E, quanto a bites, um só não dá para dizer, ou escrever, «ai», e um mega é tão grande que até assusta!
     Optamos, então, por imaginar um jornal com dezasseis folhas A4, ou seja, 32 páginas.
    Assim, sugerimos que cada uma das quatro escolas do agrupamento se aproprie do espaço equivalente a 8 páginas A4, em arial 12, espaçamento 1,5 e margens2X2X2X2.
    Oito páginas de texto e imagem.
    É claro que as 8 páginas de cada escola vão misturar-se com as restantes 24, distribuídas inevitavelmente pelas sete, e vale a pena repetir sete, sete secções do jornal (um agrupamento só será bem agrupado se envolver e misturar o que quer ser misturado!)
Em todo o caso, e dadas as propriedades da adição e da multiplicação, dada até a propriedade distributiva da multiplicação em relação à adição, o resultado esperado é, estamos mesmo convencidos que será sempre, aproximadamente 32 páginas.
    Quanto aos trabalhos que serão divulgados em termos de bites e Mega bites, os limites podem tender para mais infinito.
   Ora, todos estes raciocínios nos aconselham a requerer um cuidado muito especial na preparação e seleção dos trabalhos a enviar para o nosso jornal. Quer dizer, é preciso que os textos e as imagens a publicar sejam o mais representativos, que for possível, de todos nós.
  Só a marca da nossa originalidade garante a representatividade, isto é, não reproduzam belos ou complicados discursos em que qualquer um pode tropeçar, até na internet, não combinem as palavras nem disponham as imagens de modo a adormecer aqueles que vão ser os nossos leitores.
    Deem voz à vossa voz e digam o que pensam, o que pesquisam e descobrem, o que fazem, o que criam, o que veem, leem e ouvem, o que vos diverte e o que querem divulgar, mas digam-no com a voz única e inconfundível da vossa originalidade.
    Para montar o primeiro número do jornal em papel, a tempo de ele ver luz antes da auspiciosa data do       Carnaval, precisamos de receber todos os trabalhos até 13 de janeiro de 2011.

    Enviem os vossos bites para 100limitesjornal@gmail.com.

    Podem consultar jornal100limites.webuda.com, para lerem os bites que forem chegando.

    Ficamos a aguardar, ansiosamente, textos e imagens para compor o nosso jornal.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A LÍNGUA QUE NOS CONSTRÓI: uma crónica para saborear

Caros leitores,
Por vezes temos encontros  memoráveis: com pessoas, com lugares e também com livros ou simples textos. Como a crónica de José Eduardo Agualusa que a seguir se transcreve é um desses textos deliciosos, não resisto a partilhá-lo convosco.
Ora apreciem!


Imagem via http://www.digiforum.com.br/viewconcurso.php?t=1

A língua que nos constrói *

           Não há como a brutal aspereza do alemão quando o que se pretende é intimidar alguém. Experimente, por exemplo, gritar "Macht es Ihnen etwas aus, wenn ich rauche?", enquanto arranha o ar com os punhos, e vai ver que o efeito é aterrador. A frase em causa, no entanto, significa simplesmente «Importa-se que eu fume?». Desconfio que pouca gente teria levado Adolfo Hitler a sério, com aquele bigode ridículo, a franjinha tenaz, a miserável figura de carteirista sem sorte, se ele se exprimisse no repousado português do Alentejo, na cantoria afável dos napolitanos ou na alegre geringonça dos ciganos espanhóis. Porém, sempre que vejo imagens do homenzinho, aos gritos, no esforço de cuspir arame farpado, compreendo o vasto terror que inspirou.
       Em francês, pelo contrário, é possível dizer quase tudo, inclusive obscenidades, como se fosse uma declaração de amor. […] "Escargots", outro exemplo, não são caracóis. Os caracóis comem-se nas tascas rudes dos bairros operários, com palmadas nas costas, gargalhadas, vinho derramado sobre a mesa (de plástico). Já o "escargot" supõe toalhas de linho, copos de cristal, velas altas em candelabros de prata, sussurros, o tédio da boa educação. 
        E o espanhol? Quando era criança, acreditava que fosse uma língua inventada pelos palhaços. Talvez porque os palhaços da minha infância fossem invariavelmente de origem espanhola, talvez porque o espanhol me parecesse uma forma desastrada de falar português. Hoje, continuo a acreditar que o espírito festivo dos espanhóis — uma cortina de melancolia separa Portugal da península — se deve ao uso da língua. 
        Ao sol dos trópicos, em África e no Brasil, a língua portuguesa floresceu. […] Nos países onde se fala português ficou sempre, no entanto, uma sombra da melancolia lusitana, o que explica a morna, o chorinho, o culto particularíssimo da saudade 
        Nós criamos as línguas e depois elas recriam-nos a nós. Escritores como o brasileiro Guimarães Rosa ou o moçambicano Mia Couto tornaram-se conhecidos como inventores de palavras. Raramente, porém, as palavras criadas por um escritor ganham vida real, ou seja, alcançam a linguagem do povo. As palavras não têm autor. 
      Conheço no entanto um brasileiro que se orgulha de ter dado nome a um objeto — o que seria realmente vulgar —, mas a um povo. Um povo inteiro. Gustavo, o meu amigo, é operador de câmara. Há alguns anos acompanhou uma pequena equipa numa expedição à floresta da Amazónia. Numa zona remota da floresta descobriram uma tribo indígena até então completamente desconhecida. Os índios receberam-nos com manifestações de júbilo e deslumbramento. Afeiçoaram-se sobretudo ao meu amigo, carioca de Copacabana, surfista, excelente figura. Gustavo odiava a curiosidade dos índios. Afastava aos gritos os bandos de crianças que teimavam em investigar os seus pertences, fascinados com a câmara, as lentes, as luzes: «Tira a mão daí! Tira a mão daí!» Era isto o dia inteiro. Os índios não se incomodavam. «Tira a mão daí!», gritava o Gustavo, e eles riam-se, ensaiavam carícias, voltavam a enfiar as mãos nas mochilas. A equipa foi-se embora, e alguns meses depois um grupo de antropólogos chegou ao local. Gustavo tem a certeza que os índios receberam a delegação, efusivamente, com a única frase que sabiam em português. Os antropólogos acharam, provavelmente, que era uma afirmação identitária. O facto é que a tribo é conhecida hoje entre os indigenistas por este estranho nome — Txiramãdaí.

* In Pública, 3 de outubro de 1999.  24/03/2010
Sobre o Autor
** Escritor e jornalista angolano.
Texto inserto no site http://www.ciberduvidas.com/idioma.php?rid=2183

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

HALLOWEEN IN OUR LIBRARY: A HUGE SUCCESS!

A Halloween Story
A Jelly Bean for Halloween
The bag of assorted candies was ready, and I’d been looking forward to visits from pint-sized goblins. But Halloween morning, my arthritis flared up, and by evening, I could barely move. I couldn’t possibly answer each knock on the door to distribute the goodies, so I decided to fasten the candy bag to the door and watch the parade of trick-or-treaters from my darkened living room.
The first to arrive was a ballet dancer with three little ghosts. Each picked out a sweet in turn. When the last tiny hand emerged full-fisted, I heard the ballerina scold: “You’re not supposed to take more than one!” I was pleased big sister would play conscience for the little one.
Princesses, astronauts, skeletons and aliens followed. More children showed up than I had expected. The candy was running low, and I was about to turn off the porch light when I noticed four more visitors. The three oldest
reached into the bag and pulled out Hershey bars. I held my breath, hoping there would be one left for the tiny witch. But when she pulled out her hand, all it held was a single orange jelly bean.
Already the others were calling, “C’mon, Emily, let’s go. There’s no one home to give you more.”
But Emily lingered an extra moment. She dropped the candy in her bag and then paused, facing the doors. Deliberately, she said, “Thank you, house. I like the jelly bean.”
Then I watched her scamper away to join her fellow trick-or-treaters.
One dear little witch had cast her spell on me.
Evelyn M. Gibb
J. Canfield, M. V. Hansen, J. Read Hawthorne, M. Shimoff
Second Chicken Soup for the Woman’s Soul
Florida, HCI, 1998