quinta-feira, 31 de dezembro de 2015

2016: UMA RENOVADA FATIA DO TEMPO

Estamos prestes a cortar mais uma fatia do tempo. 
Em 2016, renova-te e sê feliz!


“Quem teve a ideia de cortar o tempo em fatias, a que se deu o nome de ano, foi um indivíduo genial. Industrializou a esperança, fazendo-a funcionar no limite da exaustão. Doze meses dão para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Aí entra o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui para diante vai ser diferente.”

Carlos Drummond de Andrade
(Poeta, contista e cronista brasileiro)

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

PORQUÊ LER OS CLÁSSICOS?

Mesmo na reta final de 2015, propomos-te, mais uma vez, leituras e mais leituras, das coleções e autores que aprecias, mas também dos clássicos, obras lidas por sucessivas  gerações de leitores, cuja mensagem não se esgota.
Mas, afinal, que razões nos levam a ler e reler os clássicos? O «Projeto Adamastor» colocou esta mesma questão a diversas personalidades, que expuseram os seus pontos de vista sobre o tema. Vale a pena conhecê-los!

Resultado de imagem para Os Maias
     
Porquê ler os clássicos da literatura portuguesa?
«Porque os clássicos são o futuro que aguenta sempre. E lê-se melhor o presente dentro dessa combinação de sombra e luz que é o trabalho de imaginação dos que vieram antes de nós.»
Jacinto Lucas Pires (Escritor e realizador)
«Antes de mais, porque a língua que falamos hoje, e que vamos falar no futuro, tem uma história, um passado. Cumpre-nos conhecer essa história e respeitar aqueles que, desde as primeiras cantigas do galaico-português, construíram um idioma que hoje é falado por centenas de milhões de pessoas em todos os continentes. Ler os clássicos é conhecer esta herança através daqueles que foram os melhores cultores da língua.»
Manuel Jorge Marmelo (Jornalista)
«Não os ler significa que somos muito ignorantes sobre nós mesmos. Mas depois de 40 anos de democracia e liberdade, a sensação predominante ainda continua a ser o provincianismo do «lá fora é que é bom». Se alguém disser aos portugueses que a sua literatura é das mais antigas, importantes e interessantes da Europa (e do mundo), claro que eles não acreditam. E quem vai acreditar num país que não acredita em si próprio?»
Teolinda Gersão (Escritora)
«Porque mais que parte da nossa História, os Clássicos Portugueses são parte da nossa identidade. Quando hoje lemos uma das Novelas do Minho de Camilo Castelo-Branco vemos como era a vida no Minho, há quase 200 anos, pelos olhos do escritor. E é sabido que Camilo Castelo-Branco fixou uma série de arquétipos portugueses que continuam a fazer parte do nosso imaginário. Ora, muito do que somos é também aquilo que imaginamos ser e aquilo que imaginamos que éramos no passado.»
Paula Moura Pinheiro (Jornalista)
«Enquanto leitores oferece-nos um conhecimento do que nos foi constituindo enquanto portugueses, de quem temos sido — e somos. É espantoso verificar como, nalgumas coisas, pouco mudámos. Como escritores oferece-nos também uma base sólida para a aprendizagem do bem escrever. E, em muitos casos, por puro prazer. Só não sei se ainda se leem realmente, fora das obrigações escolares.»
Carla M. Soares (Leitora e escritora compulsiva)
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segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

OS MELHORES ROMANCES ESCRITOS EM LÍNGUA PORTUGUESA – ÚLTIMOS DIAS DE VOTAÇÃO

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    O «Projeto Adamastor» lançou uma votação para apurar «Os Melhores Romances Escritos em Língua Portuguesa».
     As regras de participação são simples:
     ▪ Podem ser indicados quaisquer romances originalmente escritos em português.
     ▪ Não serão considerados títulos de menor extensão, como contos ou novelas, assim como os casos cuja classificação é mais problemática, de que é exemplo O Livro do Desassossego, de Fernando Pessoa.
     ▪ Não existe qualquer restrição no que diz respeito ao número de obras por autor, isto é, podem ser indicados múltiplos romances escritos pelo mesmo autor.
    A votação decorrerá até ao final do presente ano e os resultados serão anunciados em Janeiro de 2016.
Ler + AQUI!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

VALE A PENA PENSAR NISTO...


«O Natal constrói-se sobre um paradoxo belo e intencional: o nascimento de um sem-abrigo deve celebrar-se em todos os lares.»

J. K. Chesterton,  Brave new family

terça-feira, 22 de dezembro de 2015

LIVROS PARA OS SAPATINHOS

Agora que a euforia dos presentes está no auge, que tal ofereceres conhecimento, fantasia e sonho através das páginas de um livro (ou da leitura de um livro) às pessoas de quem gostas?

Ilustração de Nerina Canzi

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

POESIA DE NATAL



          Natal agora


          Neste solstício de inverno ele vai nascer
          algures no Mundo entre ruínas
          no lugar do não ser ele vai nascer
          deitado nas palhinhas entre
          bombas naufrágios minas
          cada mulher que foge o traz no ventre
          o mesmo coração um só destino
          algures no mundo ele vai ser
          em todos os meninos o menino.

                                                      Manuel Alegre



domingo, 20 de dezembro de 2015

POESIA DURANTE A ESPERA PELO NATAL

Mais uma vez, Natal rima com poesia…


LOA

Meu Menino Jesus dos triguinhos no prato,
Não enxugues a tua lágrima de vidro,
Não apagues a tua estrela de prata suspensa no quarto ainda morno,
Não deixes envelhecer os velhos tios de retábulo
Ajoelhados em torno:
Deixa estar as palhinhas urinadas no estábulo,
Que a chuva cheira bem e o pão tufa no forno.
Doira, Menino Jesus, aquele milho amarelo
Que o Joaquim Pacheco secou na escuridão do seu muro,
E manda um navio de nevoeiro
                                Ao poeta que embarcou à noite no Funchal                              
Deixando o lenço de sua Mãe molhado no último adeus.
Anda, Menino Jesus, e não me queiras mal
Se eu te disser que assim é que te sinto Deus.
Manda o navio de nevoeiro
Pela primeira vaga que vires redonda e rebentada:
Tua mão outra vez a atira contra a noite,
Como se não tivesse batido nessa grande praia parada.
E deixa as minhas faltas à missa,
Esquece os pontos fracos da minha velha teologia,
E o orgulho, a razão, o materialismo passageiro...
Mandes tu pelo mar o navio de nevoeiro!

Vitorino Nemésio


quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

DOODLE INTERATIVO HOMENAGEIA BEETHOVEN


Possivelmente inspirados na vida atribulada de Beethoven, um dos maiores génios de todos os tempos do mundo da música, os engenheiros da Google prestam-lhe homenagem, hoje, 17 de dezembro  (data possível do seu nascimento e batizado, há 245 anos), com um doodle muito original que te permitirá conhecer um pouco mais da obra deste extraordinário compositor alemão.
Evocando os múltiplos obstáculos que Beethoven teve de ultrapassar ao longo de toda a sua vida pessoal e profissional (basta lembrar-nos que Beethoven começou a perder a audição aos 26 anos e acabou os seus dias completamente surdo), este doodle incita-nos a reconstruir quatro composições célebres do autor: “Para Elisa”, “5.ª Sinfonia”, “Sonata ao Luar” e a “9.ª Sinfonia” (“Hino à alegria” ou “Ode à Alegria”, um dos símbolos da União Europeia, adotado pelo Conselho da Europa a 19 de janeiro de 1972).
Para quem sabe ler pautas de música, será facílimo juntar as suas partes na ordem correta; para quem não sabe, mas conhece as música, por tentativa sucessivas, chegará lá, com certeza. Porém, se não conheces estas sonatas e sinfonias, talvez seja o momento de ficares a conhecê-las. 
Aceita o desafio e experimenta o teu momento de compositor!



CANÇÕES DE NATAL NA BE/CRE



Mais uma vez, sob a batuta das professoras Eugénia Millet e Lucinda Ferreira, os nossos alunos entoaram canções de Natal em português e inglês. Os sons juntaram-se às luzes e aos enfeites natalícios. As famílias e amigos dos nossos alunos, bem como alguns dos seus professores, juntaram-se a nós e deram ainda mais vida à biblioteca.




Voltem sempre, a pretexto de uma canção ou de um dos nossos livros, que, silenciosos nas suas prateleiras, aguardam quem os folheie e dê vida às histórias, ansiosas por serem conhecidas!





quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

APRESENTAÇÃO DE CANÇÕES DE NATAL NA BE/CRE


Amanhã, dia 17 de dezembro, pelas 16:15, a biblioteca irá encher-se de sons natalícios para celebrar esta quadra festiva.
Algumas turmas do 5.º e 6.º ano, dirigidas pelas suas professoras Eugénia Barros e Lucinda Ferreira, irão interpretar canções de Natal e terão todo o prazer em contar com a presença dos seus professores, encarregados de educação, colegas e amigos, bem como de outros elementos da comunidade educativa.

Em antecipação, aprecia "Adeste Fideles" (ou "Hino Português"), criado pelo rei  D. João IV em 1640, que é atualmente património de toda a humanidade:

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

O NATAL JÁ CHEGOU À NOSSA BIBLIOTECA!

Desta vez, o Natal chegou à nossa biblioteca pela mão dos alunos da educação especial e da professora Jennifer Silva. Deixamos-te, hoje, a mensagem que estes colegas quiseram transmitir a toda a comunidade educativa: 



Natal…

Nesta época sente-se, com maior intensidade, a importância da partilha, a amizade, o carinho, os afetos... e é sempre uma altura propícia para refletir,  olhar para trás e fazer um balanço.
A grande satisfação surge quando, espontaneamente, sorrimos, porque nos lembramos dos amigos, dos bons momentos que tivemos na escola, daquele minuto em que cada um (colega, professor, funcionário…) foi especial!
Os alunos da Educação Especial sentem-se acarinhados e felizes nesta escola. Prova disso, foram as mensagens que escreveram na árvore de Natal que se encontra junto à entrada da biblioteca.
A todos, em geral, e, a cada um, em particular, os alunos da Educação Especial desejam votos de um 2016 coroado de êxitos, alegrias e muita saúde.
Boas Festas!


Alunos da Educação Especial apoiados pela Prof.ª Jennifer Silva

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E UM AGRADECIMENTO NATALÍCIO...

Não podemos deixar de agradecer publicamente à Isabel Duarte, encarregada de educação que colabora connosco em regime de voluntariado, que enriqueceu a nossa biblioteca com lindos enfeites natalícios e com um presépio encantador. Bem haja!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

PENSAMENTO DA SEMANA: CONHECIMENTO E AÇÃO

[Transforma o conhecimento em ação!]

«Os gregos viam o conhecimento como a chave para a mudança de comportamento. Não era uma coisa que ficava perdida nos nossos miolos, era algo que dava força aos nossos braços.»

Tiago Cavaco,
Seis sermões contra a preguiça

MESMO ANTES DE PARTIRMOS DE FÉRIAS, ACABADINHAS DE CHEGAR…

Mais revistas e jornais à tua disposição na nossa biblioteca!

A National Geographic propõe um artigo sobre Nova Iorque, a “cidade que nunca Dorme”, uma reportagem sobre leopardos e uma pesquisa sobre a Ciência do paladar. Como já habitual, presenteia-nos com belas fotografias e muita qualidade de investigação.
O Jornal das Letras debruça-se sobre António Pedro de Vasconcelos mas traz também um excelente artigo de Valter Hugo Mãe e uma análise ao programa cultural do novo governo, entre outros assuntos interessantes.
A ELLE deste mês está dedicada ao Natal e à passagem do ano e traz sugestões de moda e de pequenos grandes luxos que nos fazem momentaneamente felizes.

Texto: Prof.ª Fátima Neto

ARRISCA! ARRISCA! RISCA! RISCA COMO JÚLIO POMAR - BMAG

Para quem gosta de desenhar, pintar...  e de música, a não perder!


Ver detalhes AQUI!

sábado, 12 de dezembro de 2015

UMA "QUINTA AVENIDA" EM LISBOA... NO SÉCULO XVI ?

    Quando se fala da “5.ª Avenida” (Fifth Avenue ou 5th Avenue), pensa-se imediatamente numa as avenidas mais movimentadas e mais caras de Nova Iorque. As mansões históricas ladeiam  muitos dos pontos da avenida e as lojas luxuosas abundam ali, tornando a "5.ª Avenida" numa das melhores ruas do mundo para fazer compras.
       Porém, se recuarmos até ao século XVI, quando Lisboa era a capital de um grande império, a Rua Nova dos Mercadores seria a “5.ª Avenida” de então: ali confluíam produtos e gentes dos mais diversos pontos do mundo, transformando a capital portuguesa numa cidade global.
       Dois quadros recentemente encontrados numa mansão inglesa, da autoria de um holandês anónimo, onde a Lisboa quinhentista é representada, mostram que “a Rua Nova dos Mercadores era uma pequena Babel. Nos seus edifícios, moravam italianos, flamengos, andaluzes, portugueses. Enquanto isso, naquela rua da Baixa de Lisboa, cristãos-novos, judeus estrangeiros, escravos vindos de 20 nações africanas, escravos árabes passeavam-se, muitos faziam trocas comerciais”. Lisboa tinha, então, “uma grande população negra. E o quadro não mostra apenas a população negra, mostra também os estrangeiros que ajudaram Lisboa a tornar-se a grande cidade comercial que era no século XVI. Os quadros também mostram animais. Há um cão que está a abocanhar uma ave. E é um peru. É uma ave que veio da América e que os portugueses tornaram numa ave global, levando-a para a Índia e para outras partes do mundo (…). Portugal tinha um império construído durante os Descobrimentos, e um comércio único vindo do Oriente, de África e da América, passava obrigatoriamente por Lisboa.”
     A Rua Nova dos Mercadores «media 286 metros de comprimento e 8,8 metros de largura. “Aproximadamente, 45 edifícios estavam distribuídos de cada lado. A maioria dos edifícios tinham uma ocupação múltipla, consistindo de três, cinco e seis andares (…). Era no rés-do-chão dos edifícios que estava uma multitude de lojas. Em 1552, existiam 11 livrarias, onde também se encontravam livros de matemática, e 20 lojas de roupa e têxteis, onde se vendiam tecidos de veludo, sedas, tecido adamascado, tafetás vindos da Europa, da Índia e do Extremo Oriente. Em 1581, um ano após o início da dinastia filipina, existiam seis lojas especializadas na venda de porcelana Ming chinesa, nove boticas – as “farmácias” que na altura vendiam “produtos medicinais”, alguns importados da Ásia, como pedras bezoares, que se formam no sistema digestivo dos ruminantes, ou cornos de rinoceronte – além de artesãos, como alfaiates, calceteiros, barreteiros ou sirgueiros.»
        É precisamente esta Lisboa cosmopolita o tema do  livro recentemente editado no Reino Unido The global city. On the streets of the renaissance Lisbon (A Cidade Global – Nas Ruas da Lisboa Renascentista), editado pelas historiadoras Annemarie Jordan Gschwend, do Centro de História d’Aquém e d’Além-Mar, a trabalhar na Suíça, e Kate Lowe, da Universidade Queen Mary de Londres.
       Se a época áurea da história de Portugal desperta a tua curiosidade, talvez valha a pena ler…



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