quarta-feira, 31 de julho de 2013

NOTÍCIAS DO MUNDO DOS LIVROS

Lídia Jorge considerada uma das “10 grandes vozes da literatura estrangeira” pela revista francesa "Le Magazine Littéraire"

A escritora Lídia Jorge foi considerada uma das “10 grandes vozes da literatura estrangeira” pela revista francesa Le Magazine Littéraire , ao lado da britânica Zadie Smith, do norte-americano Richard Powers, do Nobel chinês Mo Yan, da canadiana Alice Munro, do Nobel turco Orhan Pamuk, da norte-americana Laura Kasischke, do espanhol Enrique Vila-Matas, do norte-americano John Irving e do islandês Arnaldur Indridason.
Escritores que não podes deixar de ler!

Ler mais AQUI e AQUI.



Mia Couto nomeado para o Prémio Neustadt de Literatura

O escritor moçambicano Mia Couto, recentemente galardoado com o Prémio Camões, faz parte da lista de finalistas do Prémio Internacional Neustadt de Literatura 2014 – considera o Nobel da literatura norte-amricano - anunciada pela revista World Literature Today , da Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos da América.
A lista de nomeados para o prémio da Bienal Internacional de Literatura Neustadt, a entregar em 2014, integra, além de Mia Couto, o escritor argentino César Aira, a vietnamita Duong Thu Huong, o ucraniano Ilya Kaminsky, o japonês Haruki Murakami, o norte-americano Edward P. Jones, o sul-coreano Chang-rae Lee, o palestiniano Ghassan Zaqtan e Edouard Maunick, das Ilhas Maurícias.
O brasileiro João Cabral de Melo Neto, o mexicano Octavio Paz, o checo Josef Skvorecky, o francês Francis Ponge, o italiano Giuseppe Ungaretti e os colombianos Álvaro Mutis e Gabriel García Márquez contam entre os escritores galardoados com o Prémio Neustadt, atribuído pela primeira vez em 1970.
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Nova editora: Penguin Random House
Duas das mais importantes editoras dos EUA e do Reino Unido, a Random House Mondadori e a Penguin estão prestes a juntar-se e a formar aquele que poderá ser o maior grupo editorial do mundo: a Penguin Random House
Deixamos-te um dos spots publicitários da Random House Mondadori - "Me gusta leer", que nos fala da magia dos livros e é simplesmente extraordinário!



sábado, 20 de julho de 2013

VALE A PENA PENSAR NISTO...

«A leitura é uma janela aberta para o mundo.»
                           American Association of School Librarians, 2009

Também por isso, neste verão, sugerimos-te uma viagem pela Biblioteca Digital Mundial, onde encontrarás interessantíssimos documentos de todo o mundo!  Encontra AQUI o caminho.

terça-feira, 16 de julho de 2013

VALE A PENA PENSAR NISTO

«As pessoas simples não sabem o tempo que leva e quanto custa aprender a ler. Empenhei-me nisso durante oitenta anos e não posso dizer que o tenha conseguido."
Göethe (1749-1832)

Johann Wolfgang von Göethe foi um escritor e pensador alemão que também fez incursões pelo campo da ciência. Como escritor, foi um dos mais importantes da literatura alemã e do Romantismo europeu dos finais do século XVIII e inícios do século XIX.


Outras frases muito interessantes de Göethe:

“Todos os dias devíamos ouvir um pouco de música, ler uma boa poesia, ver um quadro bonito 
e, se possível, dizer algumas palavras sensatas.”

“Nada vale mais do que o dia de hoje. Você não pode reviver o ontem. 
O amanhã ainda está além do seu alcance.”

“Seja qual for o seu sonho, comece. Ousadia tem genialidade, poder e magia.”

“Vá até onde puder ver; quando lá chegar, poderá ver ainda mais longe.”

“Se você pensa que pode ou sonha que pode, comece. Ousadia tem genialidade, 
poder e mágica. Ouse fazer e o poder lhe será dado.”

Gostarias de ler outras frases de Göethe e de outros autores? Lê-as AQUI

REMBRANDT VAN RIJN HOMENAGEADO PELO GOOGLE DOODLE


Autorretrato de Rembrandt
(Óleo sobre tela - 1659) 
   

    O Google Doodle celebra hoje o 407.º aniversário do artista Rembrandt van Rijn, famoso pintor holandês que viveu entre 1606 e 1669.
    Este pintou notabilizou-se pelos seus retratos, mas também pintou cenas bíblicas, mitológicas e alegóricas.

    E se um quadro famoso de Rembrandt, autor do século XVII, ganhasse vida?
   Foi o que aconteceu, na divulgação da reabertura do Rijksmuseum, uma iniciativa surpreendente para divulgar a cultura. Como podes ver no "anúncio" a seguir apresentado, "Ronda Noturna" ganhou vida num flash mob num centro comercial próximo de Amsterdão.
    Aprecia o anúncio e o "quadro"!




domingo, 14 de julho de 2013

MAIS NOTÍCIAS DO MUNDO DOS LIVROS

J.K. Rowling publicou romance policial 


J. K. Rowling, a autora de "Harry Potter", publicou um romance policial sob o pseudónimo de Robert Galbraith. Trata-se de "The Cuckoo"s Calling" (A chamada do cuco), um livro publicado em abril e que relata a história de um ex-combatente ferido no Afeganistão que responde pelo nome de Cormoran Strike e se transforma em detetive privado, na investigação do suicídio de um modelo. 
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Estudante português dá asas a contos alemães
António Conduto Oliveira, aluno da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra foi premiado num concurso internacional de contos em alemão que juntou mais de 200 concorrentes de 38 países.
O que aconteceu às crianças da aldeia de Hamelin, após terem sido hipnotizadas por um dos flautistas mais conhecidos da ficção e trancadas numa caverna? É este o ponto de partida para uma competição internacional de escrita criativa em alemão, que teve num estudante português um dos principais figuras.
Aluno de 21 anos do curso de Línguas Modernas da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, António Conduto Oliveira, destacou-se no concurso internacional de contos em alemão "Um Conto atravessa o Mundo", promovido pelo DAAD (Deutscher Akademischer Austauschdienst - Serviço Alemão de Intercâmbio Académico) e obteve o terceiro lugar, competindo contra 200 concorrentes, de 38 países.
Com o nome de "Pieter der Uhrmacher" (Pieter o Relojoeiro), o conto do estudante revela como, Pedro, uma das crianças raptadas ficou a dormir quando todas as outras fugiram. Eventualmente saiu e vagueou perdido até ser salvo por um grande pássaro azul que o levou para uma cidade, onde foi acolhido por um relojoeiro. Aprendeu o ofício e tornou-se reconhecido pelas suas maravilhas mecânicas. Contudo, nunca esqueceu o pássaro e começou a ficar obcecado e com a ideia de voar até ao céu para o encontrar 


Podes ler o conto "Pieter o relojoeiro" em português AQUI.


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Biografia de Anne Frank em banda desenhada 
O drama que Anne Frank viveu no Holocausto tem passado de geração em geração, desde 1947 até aos nossos dias, através do seu diário. Bastante descritivo, o relato dos dias intermináveis que a jovem viveu nos últimos três anos de vida deixam, à flor da pele, os sentimentos de quem lê o ‘Diário de Anne Frank'. Tornando a história mais leve através da cor e animação própria das histórias contadas aos quadradinhos, o escritor norte-americano Sid Jacobson juntou-se ao autor de banda-desenhada Ernie Colón e criaram ‘Anne Frank - Biografia Gráfica' (Devir), em colaboração com a Casa de Anne Frank, em Amesterdão.
Ao contrário do verdadeiro ‘Diário de Anne Frank', esta banda desenhada conta, cronologicamente, a história de vida da jovem. 
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sexta-feira, 12 de julho de 2013

“EÇA AGORA”: CONTINUAÇÃO DE "OS MAIAS" LANÇADA COM O JORNAL EXPRESSO


   Se és fã de Eça de Queirós, fica a saber que, a partir de amanhã – dia 13 de julho, o jornal "Expresso" irá lançar a coleção “Eça Agora”, onde alguns dos melhores escritores do nosso tempo continuarão o celebrado romance Os Maias, obra publicada há precisamente 125 anos.
    José Luís Peixoto, José Eduardo Agualusa, Mário Zambujal, José Rentes de Carvalho, Gonçalo M. Tavares e Clara Ferreira Alves são os seis escritores que vão dar continuidade a este  romance, transportando a narrativa até aos dias da fundação do "Expresso".
         Ler mais  AQUI.

       A propósito, vale a pena ler a entrevista de Pedro Mexia a José Eduardo Agualusa, um dos seis escritores escolhidos para continuar a obra de Eça, num exercício literário em que cada um explora determinado período histórico, de forma a transportar a narrativa até aos dias da fundação do Expresso, em 1973.

Questionário queirosiano a José Eduardo Agualusa

Eça é muito reivindicado pela literatura brasileira, que quase fez dele um dos seus autores; existe também um Eça "africano", além da viagem ao Egito?
Eça sempre foi muito lido no Brasil, ainda em vida. Até hoje, persistem no Brasil diversas associações queirosianas. Há anos fui convidado para um jantar, no Recife, organizado por uma dessas associações. Todas as pessoas convidadas para o jantar haviam publicado livros sobre Eça e a sua obra. Eça nunca visitou o Brasil, mas teve uma ama pernambucana (de origem africana), Dona Ana Joaquina Leal de Barros, que muito o marcou. De resto, o pai de Eça nasceu no Rio de Janeiro, filho de portugueses. No regresso a Portugal, a família trouxe um casal de empregados afro-brasileiros, Rosa e Mateus, que ajudaram a criar o pequeno José Maria. Tirando a viagem ao Egito, não há na obra de Eça senão vagas referências a África. Também não me parece que tenha influenciado muitos escritores africanos.
A constante ironia de Eça é um dos seus grandes méritos ou uma das suas principais limitações, por comparação com o trágico e o patético de Camilo, por exemplo? 
Limitação?! Seria como dizer que a principal limitação de uma chita é a sua velocidade. A ironia - e a autoironia - é o melhor do Eça. É esse riso que o salva de ser apenas português, como o Camilo, e faz dele um escritor sem fronteiras e de todos os tempos.
Existe um "segredo" em Os Maias: é um estratagema de época, que envelheceu mal, ou continua um recurso atual?
Não compreendo se é o segredo que envelheceu... Porque o estratagema obviamente que não. O segredo, em concreto, também ainda funciona - muitos comportamentos sociais mudaram entretanto, mas não tanto. A verdade é que seria possível criar um romance passado nos dias de hoje exatamente com o mesmo enredo.
"Ainda o apanhamos", dizem os dois amigos na última página do romance; é essa esperança desesperançada que torna Os Maias tão português? 
Mais do que um romance português, é um romance lisboeta, de uma Lisboa cosmopolita e universal. É impressionante, aliás, o número de personagens estrangeiros - ingleses, brasileiros, escandinavos, etc. Na verdade, é uma Lisboa à imagem e semelhança do seu autor.
Poucos romances portugueses são tão "cinematográficos" e tão dependentes, nomeadamente, do advérbio de modo; a escrita de Os Maias é "visual" ou "estilística"? 
Ambas, claro - sendo que uma é parte da outra. A riqueza de detalhes é algo que continua a assombrar-me de cada vez que releio Os Maias. Hoje, já ninguém escreve assim.
Fonte: Jornal Expresso 

terça-feira, 9 de julho de 2013

O LIVRO DO FUTURO

Via INCIDENTAL COMICS

LIVRES COMO LIVROS

     Replicamos mais uma vez o convite da Porto Cultura para uma sessão em que Adão Carvalho e Luiza Cortesão falarão dos livros das suas vidas. Hoje, pelas 21:15, Adão Carvalho falará de O Rapaz de Bronze, de Sophia, e de A Menina Gotinha de Água, de Papiniano Carlos; Luiza Cortesão conversará de Vinte Anos e Um Dia de Jorge Semprún e A Reprodução de Pierre Bourdieu. A moderação está a cargo de Isabel Pereira Leite. 
     A não perder!

OS NOSSOS LIVROS TAMBÉM CONTAM VIAGENS!

Para estes dias de calor, encontras muitas viagens na nossa biblioteca: 

Peregrinação de Fernão Mendes Pinto 
Obra apresentada como a história da vida de seu autor enquanto europeu fixado na Ásia. Saindo da casa do pai em Montemor-o-Velho, vai trabalhar como criado em Lisboa. Logo acaba obtendo uma vaga num navio, que ainda nas costas portuguesas é capturado por corsários franceses. Retornando aos empregos usuais em Lisboa, torna a embarcar noutro navio rumo ao Oriente em 1537. A partir daí, a sua peregrinação inicia-se, passando por praticamente todos os entrepostos portugueses à época naquela parte do mundo, fazendo de tudo um pouco, como um legítimo aventureiro: torna-se soldado, marinheiro, embaixador, náufrago, é vendido como escravo, torna-se padre, conhece São Francisco Xavier no Japão, torna-se rico ao participar do lucrativo comércio português na área, sendo dono de escravos, presenciando ao mesmo tempo o desenrolar de muito da história de vários territórios asiáticos. Um livro que convida o leitor a abrir-se para outros mundos e outras perspectivas. 


Um Pombo Chamado Colombo  de Maria Teresa Maia Gonzalez e Margarida Fonseca Santos

O seu nome era Colombo e a sua carreira de fazer inveja aos outros pombos. Formado na Real Academia de Pombos-Correio, Colombo já tinha viajado por países como os Estados Unidos da América, Itália, França, Pérsia, Austrália e Áustria, sempre ao serviço do rei Mandu-Ka até ao triste dia em que tinham dispensado os seus serviços. Desolado e sentindo o peso da idade, Colombo sabia que era demasiado tarde para arranjar nova ocupação mas o seu pombo interior, jovem e dinâmico, a sua voz da consciência, falou com ele e deu-lhe uma ideia: juntar-se aos outros pombos na Praça do Pombal do Marquês e ganhar a vida a contar histórias. E assim, Colombo aceitou o desafio e em seu redor juntou uma série de outros pombos curiosos por descobrir como era o quotidiano de um pombo real. Em troca Colombo recebia grãos de milho para sobreviver. Porém, a esperança para Colombo regressou e a sua Majestade voltou a precisar dos seus serviços. Uma leitura empolgante, divertida e ao mesmo tempo comovente. 

O Romance das Ilhas Encantadas de Jaime Cortesão
Em tempos que já lá vão um nigromante, isto é, um homem que conhecia as artes mágicas, encantou as ilhas do grande mar Oceano. Só as mulheres marinhas (ou, por outro nome, as ondinas), que eram filhas do mar e conheciam todos os seus segredos, sabiam o paradeiro certo. E eram elas que as protegiam dos estranhos, sobretudo dos moiros, desviando navios e espalhando nevoeiros para as ocultar. O porquê desse encanto e a gesta dos marinheiros que o ousaram desfazer constitui o cerne desta história maravilhosa que o grande escritor Jaime Cortesão quis legar aos mais jovens e cuja leitura está hoje aconselhada em todas as escolas do país.





Viagem à Roda do Meu Nome de Alice Vieira 
Abílio detesta o seu nome e decide mudá-lo para Luís. A mudança de nome tem valor simbólico, mostra o instante em que Abílio entra em processo de crise, na busca de ser ele mesmo, diferente daquilo que dele queriam fazer. Uma viagem à terra dos seus antepassados reconcilia-o com a sua história e o seu nome. Este romance realista, de personagens bem delineadas, retrata a vida quotidiana e o mundo interior de um rapaz, utilizando a primeira pessoa em dois tempos de enunciação, e aborda com optimismo o complexo tema da identidade.



Aventuras de João Sem Medo de José Gomes Ferreira
João Sem Medo é um jovem que se farta do ambiente choroso, entediante e desesperante que se vive na sua aldeia, Chora-Que-Logo-Bebes. Por isso, parte em busca de aventuras, sempre corajoso, refilão e decidido em fazer frente aos chichés de Princesas, Príncipes e Fadas convencionais, que chegam a ser tão aborrecidos quanto a realidade que abandonara. As lições e a moralidade estão em cada linha, como é evidente, tratando-se de um livro escrito na altura da Ditadura Portuguesa, mas feitas de uma forma disfarçadamente infantil. João Sem Medo, depois de todas as lições aprendidas, mantém a sua coragem e determinação e volta à húmida aldeia, com a resolução de mudar o estado das coisas (quem não o deseja?). Rapidamente percebe que não será assim tão simples, mas como diz o ditado, quando a vida te dá limões, faz limonada. Ou neste caso, quando a vida te dá lágrimas, monta uma empresa de lenços. 

Patagónia Express de Luis Sepúlveda
Homenagem a um comboio que já não existe, mas que continua a viajar na memória dos homens e mulheres da Patagónia, estes «apontamentos de viagem» - como lhes chamou Luis Sepúlveda - tornaram-se um dos livros de referência do grande autor chileno. Desde os seus primeiros passos na militância política, que o levaram à prisão e depois ao exílio em diferentes países da América do Sul, até ao reencontro feliz, anos depois, com a Patagónia e a Terra do Fogo, é uma longa viagem (e uma longa memória) aquela que Luis Sepúlveda nos propõe neste seu livro. Ao longo dele, confrontamo-nos com uma extensa galeria de personagens inesquecíveis e com um conjunto de histórias magníficas, daquelas que só um grande escritor é capaz de arrancar aos labirintos da vida.

domingo, 7 de julho de 2013

LIVROS QUE TE LEVAM EM VIAGEM

Se não puderes viajar, não desistas de ganhar mundo através da leitura. 
Para te ajudarmos, reproduzimos as sugestões de Rita Pimenta, num artigo escrito para o jornal “Público”: 


Ir e Vir
Texto: Isabel Minhós Martins.
Ilustração: Bernardo Carvalho
Edição: Planeta Tangerina. 48 págs. 13,90€
A lembrar que a nossa espécie não é a única que ciranda pelo mundo inteiro, Ir e Vir "acompanha as viagens extraordinárias das andorinhas-árcticas, das borboletas-monarcas ou dos gnus africanos". São viajantes que percorrem longas distâncias e que nos desafiam a pensar como raramente nos lembramos do equilíbrio do planeta de cada vez que fazemos as malas e nos pomos a caminho. Viajemos, sim, mas sem perder de vista que a Terra é para preservar. Não temos outra. 


A Volta ao Mundo em 80 Adivinhas
Texto: Maria José Sánchez (adivinhas) e Victoria Simó (curiosidades).
Tradução: Carlos Grifo Babo
Ilustração: Sebastiá Serra.
Edição: Editorial Presença. 22 págs. 15,21€
A viagem começa em Moscovo (Rússia), segue para Agra (Índia), depois Pequim (China), Tóquio (Japão), Atiu (Ilhas Cook), Nova Iorque (EUA), Rio de Janeiro (Brasil), Masai Mara (Quénia), Fez (Marrocos) e termina em Paris (França). Para cada país, há um conjunto de oito adivinhas decifráveis através do girar de uma roda e da abertura de pequenas janelas. Um bom livro para ser explorado em família ou em grupo e que dá a conhecer características únicas de cada lugar. As imagens são muito coloridas e bem-dispostas. Uma volta ao mundo divertida e que não exige check in. 


Um Saltinho a Paris
Texto: Isabel Zambujal.
Ilustração: João Fazenda
Edição: Oficina do Livro. 36 págs., 12,11€
Quem guia o pequeno leitor pela cidade de Paris é Michele, uma menina que há-de ser pintora em Montmartre. É o sonho dela, pelo que ninguém terá o direito (ou ousadia) de a demover. Com simpatia e imaginação, interpela assim quem está do lado de cá das páginas: "Gostas de brincar ao faz-de-conta? Então imagina uma cidade cheia de palácios, fontes, praças e pontes. Aqui é fácil sentires-te o Rei Sol, um pintor ou escritor, um herói da Revolução Francesa ou uma menina Chanel, com certeza!" 
Da mesma coleção constam "saltinhos" a Madrid, Lisboa e Porto.  Muito bem escritos e ilustrados. Apetece logo partir. 



Isto é Nova Iorque
Texto e ilustração: M. Sasek.
Edição: Civilização. 64 págs., 5€
Integrado na colecção Isto É..., M. Sasek descreve aqui a cidade norte-americana que nunca dorme. A primeira edição foi em 1960, mas houve uma actualização, sem desvirtuar o tom da versão inicial. Resumo da editora: "Tudo em Nova Iorque é grande - os edifícios, os engarrafamentos, os carros, os jornais de domingo. Aqui vemos o ferry de Staten Island, a Estátua da Liberdade, Greenwich Village,Times Square, o Rockefeller Center, Harlem, Chinatown, o Central Park." Noutros títulos disponíveis, pode viajar-se por Roma, Paris e Londres. Sempre com o talento e arte de Miroslav Sasek, cujas imagens ficam impressas indelevelmente na memória. 


Migrando
Autor: Mariana Chiesa Mateos
Editor: Orfeu Negro. 68 págs., 7,50€
Um livro com dois lados. Duas capas, duas leituras, duas verdades. Tudo isto sem palavras, com imagens delicadas e uma profunda inspiração. Explica a ilustradora, Mariana Chiesa Mateos, sobre um dos lados: "Os meus familiares chegaram à Argentina em navios enormes deixando na Europa guerra e fome." Sobre o outro: "O mundo ficou às avessas. Da Europa já não se parte, é lá que se chega. Em pequenos barcos, frágeis cascas de noz." E sobre os dois: "A palavra migrante é uma bela palavra." Quer dizer "coragem, esperança, futuro". Pessoas e aves viajam pelos céus e transpõem o mar à procura de algo. Há vários tipos de malas de viagem, gestos de despedida e de reencontro. As imagens comovem e animam. Sempre em silêncio. 


A Maravilhosa Viagem de Nils Holgersson através da Suécia
Texto: Selma Lagerlöf.
Tradução: Maria de Castro Henriques Osswald
Edição: Relógio d'Água. 384 págs., 9€
Da escritora Selma Lagerlöf (Nobel da Literatura em 1909), esta viagem pela Suécia continua a ser lida por muitos jovens (e alguns adultos). Mais do que um apelo para conhecer o mundo e apreciar as forças da natureza, é um convite ao autoconhecimento. Esta "maravilhosa viagem" conta como um pastor de 14 anos segue o voo migratório de um bando de patos selvagens até à Patagónia.
Montado num "ganso doméstico", vai descobrir a paisagem, mas também o medo e a coragem. Será então obrigado a crescer. Este livro nasceu da proposta de um director de uma escola para que criasse uma obra que ensinasse a história e a geografia da Suécia a crianças do ensino básico. Conseguiu. 


O Livro Vermelho 
Ilustração: Barbara Lehman
Edição: Gatafunho. 32 págs., 14,80€
Este livro não tem palavras. Nem precisa. Tudo começa quando uma criança encontra um livro vermelho caído na neve. Assim que pode, abre-o e explora-o. Há-de então viajar através dele para outra latitude. E há-de ser nessa nova geografia que uma outra criança muito diferente encontrará um livro vermelho caído sobre a areia da praia. Como uma janela, cada um consegue espreitar o outro, até que acabam por se encontrar dentro do livro. Este voltará a ficar caído no chão da cidade, até que o encontrem de novo. Uma história em aberto que se pode imaginar repetida e repetida, sempre que se valorize o encontro de culturas e não se deixe um livro por abrir. Lehman ganhou a Caldecott Medal Honour Book, em 2005, atribuída pela American Library Association a livros ilustrados. O Livro Vermelho "está classificado, internacionalmente, como um dos 50 melhores livros ilustrados, sem texto, do mundo, e tem sido utilizado, referido e/ou analisado em vários estudos e teses sobre literatura para a infância, em Portugal e no Brasil". Abra-o. 


O Enigma de Ulisses 
Texto: Ana Soares e Bárbara Wong.
Ilustração: Patrícia Furtado
Editora: Alfaguara/Objetiva. 168 págs., 8,90€
Tudo começou numa viagem de férias à Grécia, em que cinco amigos ganharam poderes vindos dos deuses do Olimpo. Foi no primeiro volume da coleção Olimpvs.net, No Labirinto do Minotauro. Este é já o quarto título e tem Lisboa como cenário. Nos restantes, fica a conhecer-se Sintra, Évora e Inglaterra (Stonehenge). A mitologia grega é o pretexto para as histórias que Alice e Zé (irmãos), Pedro (primo), Mel e António (os melhores amigos dos irmãos) protagonizam. Aqui, Ulisses, grande herói da Grécia Antiga, vai encontrar-se com os pequenos heróis portugueses no Terreiro do Paço. Por agora, sugerimos uma viagem até ao site Olimpvs.net. 


Teodora e o Segredo do Templo
Texto: Luísa Fortes da Cunha
Edição: Editorial Presença. 120 págs., 7,95€
Há dez anos que Teodora chegou às mãos dos jovens leitores. Mas não envelheceu. A heroína açoriana continua a participar nos encontros anuais de fadas e a ser perseguida por Pooka, a sua rival. Foi esta que há muito tempo roubou o anel mágico que a mãe lhe oferecera. Felizmente, Teodora pode contar com a ajuda dos seus amigos Artur, Alex e Gil, e também do gnomo Robin e do duende David. Neste volume, partem em busca dos segredos da civilização maia. Em todos os livros, Teodora é obrigada a viajar. E os leitores embarcam com ela. No nosso universo e num outro, paralelo. 


Uma Aventura no Castelo dos Três Tesouros
Texto: Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada.
Ilustração: Arlindo Fagundes
Edição: Caminho. 256 págs., 6,60€
Esta coleção já vai em 55 títulos e é das mais conhecidas entre os jovens (e os já não tão jovens) portugueses. As autoras percorreram ao longo de 30 anos muitas regiões do país e foram motivando inúmeras crianças a conhecer lugares e monumentos. Mas as aventuras não acontecem apenas em Portugal. Amazónia, Macau, França, Espanha, Egipto e Timor são alguns dos destinos que cinco amigos e os seus cães, Caracol e Faial, mostraram aos leitores. Uma Aventura no Castelo dos Três Tesouros acontece na cidade de Lisboa, em concreto no Castelo de São Jorge. Um convite a que também se viaje no tempo.

Fonte: http://fugas.publico.pt/Viagens/320912_livros-que-levam-os-miudos-para-ali-e-para-acola