segunda-feira, 1 de julho de 2013

LIVROS DO MÊS DE JULHO

NÃO HÁ MAIOR AMIGO DO QUE JULHO COM SEU LIVRO.

QUEM EM JULHO LÊ E FIA,
OURO CRIA.

Com as férias à porta, convidamos-te a ler grandes livros: Anna Karénina, um dos maiores clássicos da literatura universal, e Verão, da autoria do Prémio Nobel da Literatura em 2003.


Anna Karénina, de Lev Tolstoi 
     «Nos capítulos iniciais de Anna Karénina, somos conduzidos, uma e outra vez, a um sentido de analogia musical. Há efeitos de contraponto e harmonia no desenvolvimento das principais tramas do “prelúdio Oblonski” (o acidente da estação ferroviária, a zombadora discussão sobre o divórcio entre Vronski e a baronesa Chilton, o deslumbramento do fogo vermelho diante dos olhos de Anna). O método de Tolstoi é polifónico; mas as harmonias principais desenvolvem-se com tremenda força e amplitude. As técnicas musicais e linguísticas não podem comparar-se de um modo exato. Mas como poderíamos elucidar de outro modo o sentimento de que as novelas de Tolstoi surgem de um princípio interior de ordem e vitalidade, enquanto as dos escritores menos importantes parecem alinhavadas?» 
     «Anna Karénina morre no mundo do romance; mas a cada vez que lemos o livro ela ressuscita, e mesmo depois de o termos acabado adquire outra dimensão na nossa recordação. Em cada personagem literária existe algo de Fénix imortal. Através das vidas perduráveis das suas personagens, a própria existência de Tolstoi teve a sua eternidade.» 
George Steiner, Tolstoy ou Dostoievski 
(Texto da contracapa)

Vê o trailer de uma das várias adaptações deste clássico ao cinema e escuta "Lago dos Cisnes" de Piotr Ilitch Tchaikovski, grande compositor russo.






Verão, de J. M. Coetzee (Prémio Nobel da Literatura)
     Um jovem biógrafo inglês trabalha num livro sobre o falecido escritor John Coetzee. O seu projecto é concentrar-se nos anos entre 1972 e 1977, época em que Coetzee, então na casa dos 30, compartilhava com o pai viúvo uma degradada casa rural nos arredores da Cidade do Cabo. Trata-se, segundo o biógrafo depreende, do período em que aquele estava "a apalpar terreno como escritor". Sem nunca ter conhecido pessoalmente Coetzee, abalança-se a uma série de entrevistas a pessoas que foram importantes para ele (…). A partir dos seus testemunhos surge um retrato do jovem Coetzee como um indivíduo desajeitado e livresco, dotado de pouco talento para se abrir com os outros. No seio da família é visto como um forasteiro, alguém que tentou fugir da tribo e que agora voltou, mais contido. Na África do Sul da época, a sua obstinação em fazer trabalhos braçais, o cabelo e a barba crescidos e os boatos segundo os quais escreve poesia, não suscitam outra coisa que não a desconfiança. 
     Ora comovente, ora francamente divertido, Verão mostra-nos um grande escritor em pleno aquecimento para o seu trabalho. Verão completa a trilogia de memórias ficcionadas que se iniciou com BoyhoodYouth.
(Texto da contracapa)

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