Fred, o Estranhão, está de volta, com novas
peripécias. Desta vez divorcia-se dos pais (como é que isso pôde acontecer e
quanto tempo durou o divórcio?), salva uma rapariga que não precisava de ser
salva, acaba com a ruidosa girlsband da irmã, joga o “Jogo dos jogos”, perde o
seu espírito durante uma aula de Matemática e ajuda a avó a escapar do lar de
idosos, numa arriscada operação. E ele que só queria ter uma vida normal, sem
sobressaltos… Mas isso não é tarefa fácil para um Estranhão. Pois não?
Livro de leitura obrigatória para pais e filhos, com
uma narrativa hilariante e inteligente.
Álvaro Magalhães educa e diverte. Quem já leu atribui
5 estrelas a mais este “Estranhão”.
Um livro empolgante, de um escritor que dispensa
apresentações! Este é um romance que não deixa ninguém indiferente à reflexão
sobre os jornais e o jornalismo. Como cenário de fundo tem uma redação de um
jornal diário, que se está a constituir de modo apressado e por razões que
menos se relacionam com o objetivo de preparar boa informação e mais respeitam
à criação de uma «fachada» para servir interesses próprios. Neste caso, não os
interesses dos jornalistas, poucos, relativamente mal pagos e com histórias de
carreira onde o sucesso não tem tido lugar, mas sim os interesses de quem tem
poder, dinheiro ou ambos.
Poderá um órgão de comunicação social servir para ter
os inimigos na mão e chegar aonde se quer? Um jornal que está a dar os
primeiros passos muito tem para decidir e esta obra de Umberto Eco torna-se,
nesta vertente, numa espécie de «manual» de decisões onde a qualidade do
produto final está mais arredada das preocupações do que seria desejável.
Neste jornal, designado Amanhã, há espaço para criar
notícias, reciclar notícias e encobrir notícias. Sendo esta uma obra de ficção,
a leitura que pode ser feita do que lá se escreve vai além da boa leitura que a
narrativa proporciona. Poder e jornalismo associam-se aqui a teorias da
conspiração. Um redator paranoico que anda pela Milão em que a história se
passa, segue atrás de pistas que remontam ao fim da Segunda Guerra Mundial e,
somando factos, chega a um complexo resultado que tem tudo para convencer.
Começa pelo cadáver de um pseudo-Mussolini e segue pelos meandos da política,
envolvendo o Vaticano, a máfia, os juízes e os serviços secretos.
Interessantíssimo!
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