quinta-feira, 24 de julho de 2014

VALE A PENA PENSAR NISTO: LER LITERATURA TORNA-NOS MAIS INTELIGENTES E MAIS SIMPÁTICOS

     
    «Gregory Currie, um professor de Filosofia na Universidade de Nottingham, argumentou recentemente no New York Times que não deveríamos afirmar que a literatura nos melhora como pessoas, porque não há "provas convincentes que sugiram que as pessoas são moralmente ou socialmente melhores se lerem Tolstoi" ou outros grandes livros.
     Na verdade, essas tais provas existem. Raymond Mar, psicólogo da Universidade de York, no Canadá, e Keith Oatley, professor emérito de Psicologia Cognitiva da Universidade de Toronto, afirmaram, em estudos publicados em 2006 e 2009, que os indivíduos que leem ficção com frequência parecem ser mais capazes de entender melhor as outras pessoas, de ter empatia com elas e de ver o mundo a partir da sua perspectiva. Este relação persistiu mesmo após os pesquisadores terem considerado a possibilidade de os indivíduos mais empáticos poderem optar por ler mais romances. Um estudo de 2010, da autoria de Mar, mostra um resultado semelhante num estudo realizado com crianças pequenas: quanto mais histórias lhes tinham sido lidas, mais aguçada era a sua "teoria da mente", ou modelo mental das intenções de outras pessoas.
     "Leitura profunda" - por oposição à leitura, muitas vezes superficial, que fazemos na Web - é uma prática em extinção, pelo que devemos adotar medidas para a preservar, tal como faríamos com um edifício histórico ou uma obra de arte significativa. O seu desaparecimento poria em perigo o desenvolvimento intelectual e emocional das gerações que crescem "online", assim como ameaçaria a perpetuação de uma parte essencial da nossa cultura: os romances, poemas e outros géneros literários que apenas podem ser apreciados por leitores cujos cérebros foram, literalmente, treinados para os apreender.»
Annie Murphy Paul, Time
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