Vale a pena ver, para que jamais negligencies ou percas os teus livros, talvez os teus maiores tesouros.
Arte, Conhecimento, Crítica, Ética, Fórmulas, Humor, Ideias, Imagens, Informação, Literacia, Livros, Música, Números, Reflexão, Saber, Viagens… O Blogue das Bibliotecas do Agrupamento de Escolas Eugénio de Andrade!
quinta-feira, 28 de junho de 2012
terça-feira, 26 de junho de 2012
VALE A PENA PENSAR NISTO...
André Gide (1869-1951) - Poeta francês laureado com o Nobel da Literatura em 1947
"Todo o homem recebe duas espécies de educação: a que lhe é dada pelos outros, e, muito mais importante, a que ele dá a si mesmo."
Edward Gibbon ( 1737 - 1794) - Historiador e Membro do Parlamento Inglês
terça-feira, 19 de junho de 2012
ABRIR O DICIONÁRIO: UM ATO DE RESISTÊNCIA E SALVAÇÃO
Abro o exame de 9.º ano - prova 91 /2012 - e deparo-me com uma agradável surpresa: um texto saboroso de um dos autores atuais que mais aprecio - Gonçalo M. Tavares.
Vale a pena ler. Deliciem-se!
E, já agora, se desejarem salvar alguma palavra do esquecimento, este blogue também há de servir para isso!
Uma palavra que durante décadas não seja utilizada na rua ou nos livros e permaneça apenas no dicionário tem um destino à vista: ser palavra-defunta. O dicionário pode ser visto, assim como uma antecâmara da morte.
Como se algumas palavras estivessem ali paradinhas, quietas, mudas (no sentido literal e metafórico) porque não falam, ninguém fala por elas e ninguém as fala – com se estivessem, então, ali em fila, em linha, à espera do seu próprio velório.
Ou podemos então mudar radicalmente de ponto de vista: o dicionário com os seus milhares e milhares de palavras, pode ser entendido como um depósito contra o esquecimento, um enorme arquivo. Eis, pois, um outro nome possível para o dicionário: instrumento para evitar o esquecimento.
Imaginemos, por absurdo, que os dicionários desapareciam. Que uma qualquer ordem política determinava a sua destruição. Pois bem, seria uma matança. Em poucas décadas morreriam palavras como tordos. E se, no limite , não existisse qualquer livro, e ficássemos apenas […] com a linguagem das conversas rápidas , então o vocabulário ficaria reduzido ao mais essencial e mínimo: sim, não, comida, bebida, etc. Poderíamos assim, com a linguagem, expressar as necessidades do organismo mas certamente não as do espírito.
Abrir o dicionário, pois, como ato de resistência e salvação: não vou ficar só com as palavras que ouço ou leio nos livros comuns – eis o que se poderia dizer. Abrimos ao acaso na página 310, e depois na página 315, sempre com a firme determinação de salvar duas ou três palavras de cada página. Como aquele que salva quem se está a afogar. E não é por acaso, aliás, que muitas das mitologias remetem o esquecimento para a imagem do rio. Uma água onde as coisas se afundam, deixam de ser vistas à superfície, desaparecem da vista. A passagem do rio utilizada também como metáfora do tempo que passa e leva e afunda as coisas que ainda há momentos estavam à nossa frente, bem vivas. Salvar palavras da água que engole e faz esquecer as coisas, eis o que é, em parte, abrir um dicionário.
Dotados, então, de um espírito de nadador-salvador, abrimos ao acaso o dicionário e trazemos palavras mais ou menos raras – umas que já nadam há muito debaixo de água, com dificuldades, outras, mais resistentes, mais visíveis, mas ainda estimulantes (e algumas bem conhecidas dos nossos clássicos).
Passemos pela letra M. Ao acaso e rapidamente.
Morato – adjetivo que significa bem organizado.
Maçaruco – (regionalismo) indivíduo mal trajado.
Manajeiro – aquele que dirige o trabalho das ceifas os outros.
Metuendo – que mete medo; terrível; medonho.
E tropeçamos depois em palavras de significado popular e óbvio, mas bem divertido:
Mata-sãos: médico incompetente; curandeiro.
Eis, pois, a partir daqui, uma frase possível que quase poderíamos introduzir numa conversa de café (uma frase em letra M):
- O manajeiro metuendo, maçaruco, aproximou-se do morato espaço do mata-sãos e disse: por favor, aqui não, vá curar mais além.
Gonçalo M. Tavares, Visão, 22 de setembro de 2011
sábado, 16 de junho de 2012
AUTORA FERNANDA COSTA NA BE DE PARANHOS
No passado dia doze, esteve na nossa biblioteca a autora Fernanda Costa, que de forma muito simpática e esclarecedora, respondeu a todas as questões colocadas pelos alunos do 5.º F, preparadas previamente sob a orientação da professora Glória Alves, na aula de Língua Portuguesa.
Deixamos aqui as opiniões de alguns dos alunos da turma sobre esta experiência que gostaríamos de ver repetida com outras turmas.
No passado dia 12 de junho, fomos à biblioteca para entrevistar a professora Fernanda Costa, autora do nosso manual, que se chama “Diálogos’’.
Eu adorei saber como se faz um livro, e fiquei a saber um bocadinho sobre a vida da autora.
Fizemos variadas perguntas à professora e ela respondeu sempre e às vezes até acrescentava mais qualquer coisa, ou contava-nos mais um bocadinho acerca de como fazer manuais.
Aprendemos muitas coisas com ela durante a entrevista.
Espero que a Professora Fernanda, que é muito simpática, continue a escrever manuais muito bons.
Se calhar, quando for maior, quem sabe eu possa vir a ser autor ou escritor
Rúben Moutinho Oliveira Santos
A entrevista com, Fernanda Costa, a autora do manual “Diálogos” foi interessante e tirou-me as dúvidas que me perseguiam sobre como se fazem os manuais e quanto tempo demoram a chegar às lojas.
A autora é muito simpática e esclareceu tudo com clareza e ao pormenor a todas as questões que lhe colocámos.
Eu e a Mariana lemos dois belos textos, criados por nós, de que a autora Fernanda Costa gostou imenso.
Adorei a entrevista e a personalidade da autora. Gostei de ler o meu texto, que fiz especialmente para ela, de ouvir as recomendações e as respostas às nossas perguntas e de ouvir as minhas questões a serem esclarecidas. Não gostei de ouvir um murmúrio como música de fundo.
Acho que foi uma boa aula de português e queria que a fizéssemos de novo.
Sara Oliveira
A professora Fernanda Costa explicou-nos muitas coisas acerca da forma como se faz um manual escolar e até nos deu a conhecer alguns escritores estrangeiros.
Em termos gerais, a entrevista foi genial.
Eduardo Barros
quarta-feira, 13 de junho de 2012
CONVITE: EXPOSIÇÃO DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA
Convida-se toda a comunidade educativa a visitar a exposição de trabalhos realizados por alunos do terceiro ciclo, orientados pelos professores Ângela Saraiva e Mário Agnelo, na disciplina de Educação Tecnológica.
Esta exposição pretende promover o entendimento do papel da tecnologia na sociedade e no ambiente, proporcionando aos alunos o acesso a uma cultura e literacia tecnológicas, já que estas têm um importante papel no despertar e desenvolver vocações para esta área, de que o país tanto precisa.
Os trabalhos expostos são uma operacionalização direta da aplicação prática de conceitos gerais da disciplina, como a "integração de saberes, conhecimentos e conceitos específicos e comuns a várias áreas do saber; a transformação das aquisições, operacionalizando os saberes em situações concretas, exigindo respostas operativas; a mobilização de conhecimentos, experiências e posicionamentos éticos e a criação de situações nas quais é preciso tomar decisões e resolver problemas." (Currículo Nacional do Ensino Básico - Competências Essenciais- Educação Tecológica)
terça-feira, 12 de junho de 2012
LIVROS DO MÊS DE JUNHO
A Biblioteca Mágica
de Jostein Gaarder
Edição/reimpressão: 2002
Páginas: 168
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722329651
Coleção: Estrela do Mar
Sinopse: Dois jovens primos e grandes amigos separam-se depois das longas férias do Verão. Mas as novidades são tantas que para se manterem em contacto um com o outro recorrem às cartas, numa espécie de livro-diário, onde contam tudo o que lhes acontece. Nesta troca de correspondência encontram acidentalmente uma estranha carta caída da mala da Lilli dos Livros, com indicações misteriosas que os dois jovens vão investigar… Uma descoberta ou um reencontro com o mundo dos livros, desde os mais antigos até aos mais actuais, onde se revelam a todos os leitores importantes características das diferentes épocas do livro.
50 ideias - Matemática
Que precisa mesmo saber
de Tony Crilly
Edição/reimpressão: 2011
Páginas: 208
Editor: Dom Quixote
ISBN: 9789722047081
Coleção: 50 Ideias
Sinopse: Quem inventou o zero? Porquê 60 segundos num minuto? Qual é o tamanho do infinito? Onde é que as linhas paralelas se encontram? E podem realmente as asas de uma borboleta provocar uma tempestade no outro lado do mundo? Encontra as respostas para estas e muitas outras questões neste curioso e interessante livro.
domingo, 10 de junho de 2012
VALE A PENA PENSAR NISTO...
"You don´t have to burn books to destroy a culture.
Just get people to stop reading them."
["Não é necessário queimar livros para destruir uma cultura.
Basta levar as pessoas a parar de lê-los."]
Ray Bradbury (escritor americano recentemente desaparecido)
quinta-feira, 7 de junho de 2012
SPOKEN WORD: MARIANA E ALÉXIA PREMIADAS NA FINAL
Mariana Lemos e Aléxia Simões arrecadaram o 1.º e o 3.º prémios da primeira edição de "Spoken word" que decorreu no passado dia 5, no Museu da Eletricidade, em Lisboa.
Na etapa final, os dezasseis finalistas a concurso - oito da nossa escola e outros oito da EB 2/3 Miguel Torga, da Amadora - declamaram os textos poéticos por si criados, tendo ultrapassado as três etapas realizadas anteriomente. Esta final foi o culminar de um projeto piloto que decorreu ao longo de três meses, sob a orientação de Pedro Silva, o Sentinela, das Produções Fictícias e o acompanhamento da Fundação EDP.
Mariana Lemos partilhou connosco o poema que criou e declamou:
Quem sou eu?
Eu, sou eu
Um eu sem definição
Um eu que guarda
As memórias de cada paixão
Não tenho descendência
Sou um eu assim
Um eu que tira a paciência
A quem ma tirar a mim
O meu eu é natural
É um eu sem maldade
Não é de maneira nenhuma formal
Mas admito, com alguma vaidade
Sou um eu que quer explorar
Todos os cantos do mundo
E pelo oceano vaguear
Até ao seu lado mais profundo
Sou um eu sem razão
Sou um eu sensível
Sou um eu que dá a mão
Até a quem for prescindível
Caí neste mundo sem saber
O que me espera pela frente
Pois sem que todos sabem reconhecer
Que sou um mero remetente
Sou um eu vadio
Que não sabe por onde anda
Sou um eu nada sombrio
Que pouco conhece aquilo que alcança
Sou um eu sem pressas
Um eu que vive cada momento
E aproveita cada furor
Desde o dia de nascimento
Sou um eu imaturo
Com alguma responsabilidade
Não sei o que me espera no futuro
Mas aceito isso,
com toda a tranquilidade
Caracterizo-me como sendo eu
Um eu que não sabe de onde vem
Conhecedor do caminho que percorreu
E não lhe assusta o além
Eu para lá, eu para cá
Mas para quê tanto eu?
Só quis contar o que o meu “eu” dá
Mas mostrar o que pode dar o teu
Enfim, acabou
Que mais digo?
Sou um eu que não chorou
Um eu como um mendigo.
Quem sou eu?
Eu, sou eu
Um eu sem definição
Um eu que guarda
As memórias de cada paixão
Não tenho descendência
Sou um eu assim
Um eu que tira a paciência
A quem ma tirar a mim
O meu eu é natural
É um eu sem maldade
Não é de maneira nenhuma formal
Mas admito, com alguma vaidade
Sou um eu que quer explorar
Todos os cantos do mundo
E pelo oceano vaguear
Até ao seu lado mais profundo
Sou um eu sem razão
Sou um eu sensível
Sou um eu que dá a mão
Até a quem for prescindível
Caí neste mundo sem saber
O que me espera pela frente
Pois sem que todos sabem reconhecer
Que sou um mero remetente
Sou um eu vadio
Que não sabe por onde anda
Sou um eu nada sombrio
Que pouco conhece aquilo que alcança
Sou um eu sem pressas
Um eu que vive cada momento
E aproveita cada furor
Desde o dia de nascimento
Sou um eu imaturo
Com alguma responsabilidade
Não sei o que me espera no futuro
Mas aceito isso,
com toda a tranquilidade
Caracterizo-me como sendo eu
Um eu que não sabe de onde vem
Conhecedor do caminho que percorreu
E não lhe assusta o além
Eu para lá, eu para cá
Mas para quê tanto eu?
Só quis contar o que o meu “eu” dá
Mas mostrar o que pode dar o teu
Enfim, acabou
Que mais digo?
Sou um eu que não chorou
Um eu como um mendigo.
Mariana Lemos, 9.º A
quarta-feira, 6 de junho de 2012
UM LIVRO. SEMPRE!
No primeiro dia em que se realiza a atividade "Troca de livros" deixamos-te um poema de Manuel Alegre:
UM LIVRO
Um livro escreve-se uma vez e outra vez.
Um livro se repete. O mesmo livro.
Sempre. Ou a mesma pergunta. Ou
talvez
o não haver resposta.
Por isso um livro anda à volta sobre si mesmo
um livro o poema a prosa a frase
tensa
a escrita nunca escrita
a que não é senão o ritmo
subterrâneo
o anjo oculto o rio
o demónio azul.
Um livro. Sempre.
Um livro que se escreve e não se escreve
ou se rescreve junto
ao mesmo mar.
Um livro. Navegação por dentro
errância que não chega a nenhuma Ítaca.
Um livro se repete. Um livro
essa pergunta
incognoscível código do ser.
Metáfora de cornos e pés de cabra.
Um livro. Esse buscar
coisa nenhuma.
Ou só o espaço
o grande interminável espaço em branco
por onde corre o sangue a escrita a vida.
Um livro.
Manuel Alegre, Livro de Português Errante, 2001.
E a tradução, em castelhano:
UN LIBRO
Un libro se escribe una y otra vez.
Un libro se repite. El mismo libro.
Siempre. O la misma pregunta. O
quizás
el no haber respuesta.
Por eso un libro anda alrededor de sí mismo
un libro el poema la prosa la frase
tensa
la escritura nunca escrita
la que no es sino el ritmo
subterráneo
el ángel oculto el río
el demonio azul.
Un libro. Siempre.
Un libro que se escribe y no se escribe
o se reescribe ante
el mismo mar.
Un libro. Navegación por dentro
vagar que no llega a ninguna Ítaca.
Un libro se repite. Un libro
esa pregunta
incognoscible código del ser.
Metáfora con cuernos y pies de cabra.
Un libro.
Ese buscar
cosa ninguna.
O sólo el espacio
el gran interminable espacio en blanco
por donde corre la sangre la escritura la vida.
Un libro.
Manuel Alegre, Libro del Portugués Errante, 2001.
Traducción de María Tecla Portela Carreiro.
terça-feira, 5 de junho de 2012
A LIVRARIA DO FUTURO
Observa bem a imagem que se segue, capa desenhada por Daniel Clowes para a revista The New Yorker de 5 de dezembro do ano passado, na qual se antecipa (?) o futuro das livrarias, um mundo dominado pela edição de ebooks e pelo merchandising dos autores e de e-readers.
Estará o livro na versão de papel condenado à extinção?
Deixa aqui o teu comentário!
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TURMA 4.º B DO COVELO RECEBE PRÉMIO DE ESCRITA CRIATIVA
A leitura e a escrita, aliadas à fantasia e à imaginação, valeram à turma 4.º B da E.B. 1 do Covelo, mais um prémio, recebido ontem das mãos da Vereadora do pelouro do Conhecimento e Coesão Social da Câmara Municipal do Porto, no auditório da Biblioteca Pública Municipal.
Respondendo ao desafio "Leituras da Química", lançado no âmbito do programa Ler+, os nossos alunos, orientados pela professora Isabel Morais, criaram uma entrevista a Marie Curie, cientista duplamente vencedora do prémio Nobel - o da Física e o da Química - cuja receita de sucesso juntava três ingredientes básicos: a paixão, a dedicação e o trabalho.
Os alunos do 4.º B, radiantes pelo reconhecimento do seu trabalho e do seu mérito, receberam como prémio três livros, entre os quais História de uma gaivota e do gato que a ensinou a voar, de Luis Sepúlveda, que podes encontrar na nossa biblioteca.
Este concurso realizar-se-á novamente no próximo ano e terá como tema aglutinador as "Energias renováveis".
Pesquisa, cria e concorre. Quem sabe não serás tu o(a) próximo(a) vencedor(a)?
Para saberes mais sobre Marie Curie:
domingo, 3 de junho de 2012
CONVITE: TROCA DE LIVROS
Convidamos toda a comunidade educativa a participar na atividade "Troca de livros".
Partilha com os teus colegas, professores, pais, e assistentes operacionais a oportunidade de lerem um livro teu, que te proporcionou bons momentos de leitura. Em contrapartida, obtém um livro para leres nas férias que se avizinham!
Aproveita esta oportunidade para dares livros de que já não necessitas e quem sabe venhas a obter um livros que realmente desejas...Todos ficamos a ganhar!
Participa!
Fonte da imagem: http://artseblis.files.wordpress.com.2010/08/bookmooch.jpg
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