Mariana Lemos e Aléxia Simões arrecadaram o 1.º e o 3.º prémios da primeira edição de "Spoken word" que decorreu no passado dia 5, no Museu da Eletricidade, em Lisboa.
Na etapa final, os dezasseis finalistas a concurso - oito da nossa escola e outros oito da EB 2/3 Miguel Torga, da Amadora - declamaram os textos poéticos por si criados, tendo ultrapassado as três etapas realizadas anteriomente. Esta final foi o culminar de um projeto piloto que decorreu ao longo de três meses, sob a orientação de Pedro Silva, o Sentinela, das Produções Fictícias e o acompanhamento da Fundação EDP.
Mariana Lemos partilhou connosco o poema que criou e declamou:
Quem sou eu?
Eu, sou eu
Um eu sem definição
Um eu que guarda
As memórias de cada paixão
Não tenho descendência
Sou um eu assim
Um eu que tira a paciência
A quem ma tirar a mim
O meu eu é natural
É um eu sem maldade
Não é de maneira nenhuma formal
Mas admito, com alguma vaidade
Sou um eu que quer explorar
Todos os cantos do mundo
E pelo oceano vaguear
Até ao seu lado mais profundo
Sou um eu sem razão
Sou um eu sensível
Sou um eu que dá a mão
Até a quem for prescindível
Caí neste mundo sem saber
O que me espera pela frente
Pois sem que todos sabem reconhecer
Que sou um mero remetente
Sou um eu vadio
Que não sabe por onde anda
Sou um eu nada sombrio
Que pouco conhece aquilo que alcança
Sou um eu sem pressas
Um eu que vive cada momento
E aproveita cada furor
Desde o dia de nascimento
Sou um eu imaturo
Com alguma responsabilidade
Não sei o que me espera no futuro
Mas aceito isso,
com toda a tranquilidade
Caracterizo-me como sendo eu
Um eu que não sabe de onde vem
Conhecedor do caminho que percorreu
E não lhe assusta o além
Eu para lá, eu para cá
Mas para quê tanto eu?
Só quis contar o que o meu “eu” dá
Mas mostrar o que pode dar o teu
Enfim, acabou
Que mais digo?
Sou um eu que não chorou
Um eu como um mendigo.
Quem sou eu?
Eu, sou eu
Um eu sem definição
Um eu que guarda
As memórias de cada paixão
Não tenho descendência
Sou um eu assim
Um eu que tira a paciência
A quem ma tirar a mim
O meu eu é natural
É um eu sem maldade
Não é de maneira nenhuma formal
Mas admito, com alguma vaidade
Sou um eu que quer explorar
Todos os cantos do mundo
E pelo oceano vaguear
Até ao seu lado mais profundo
Sou um eu sem razão
Sou um eu sensível
Sou um eu que dá a mão
Até a quem for prescindível
Caí neste mundo sem saber
O que me espera pela frente
Pois sem que todos sabem reconhecer
Que sou um mero remetente
Sou um eu vadio
Que não sabe por onde anda
Sou um eu nada sombrio
Que pouco conhece aquilo que alcança
Sou um eu sem pressas
Um eu que vive cada momento
E aproveita cada furor
Desde o dia de nascimento
Sou um eu imaturo
Com alguma responsabilidade
Não sei o que me espera no futuro
Mas aceito isso,
com toda a tranquilidade
Caracterizo-me como sendo eu
Um eu que não sabe de onde vem
Conhecedor do caminho que percorreu
E não lhe assusta o além
Eu para lá, eu para cá
Mas para quê tanto eu?
Só quis contar o que o meu “eu” dá
Mas mostrar o que pode dar o teu
Enfim, acabou
Que mais digo?
Sou um eu que não chorou
Um eu como um mendigo.
Mariana Lemos, 9.º A
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