domingo, 1 de dezembro de 2013

LIVROS DO MÊS DE DEZEMBRO

Em dezembro livros e amigos
sempre dos mais antigos

Milagre de Natal, de António Torrado (texto) e Inês Oliveira (ilustração)



Imagina um cãozinho perdido. Imagina a balbúrdia das ruas cheias de gente, na roda-viva das últimas compras de Natal. O que vai ser do cãozinho? Quem lhe acode?
Mas eis que entra na história o Pai Natal. Às vezes, o bom velhinho faz grandes confusões com as prendas, o que, atendendo à idade, tem desculpa. Não lhe peçam responsabilidades, que preocupações a mais já ele tem. E o que acontece ao cãozinho? Recebeu prenda? Deu prenda? Teve sorte? Pouca sorte?
Milagre de Natal conta a noite de Natal de um cachorrinho de rua que, devido a uma série de peripécias, acaba no saco de presentes do trenó do Pai Natal e, por engano, é deixado como oferta na casa de um menino. Este presente vai ser encarado como um verdadeiro milagre, enchendo de magia e alegria a família do menino e esta bela história de António Torrado.





O Caderno do Avô Heinrich, de Conceição Dinis Tomé

Um  livro  sobre  dois  amigos  que  se conheceram na Polónia,  no início   da   Segunda  Guerra  Mundial.  Heinrich  (alemão)  e Jósef (judeu)  vão  conseguir manter a sua amizade, apesar do sofrimento e horror de uma guerra que não compreendem.
A história é-nos dada pela voz de Heinrich, que a registou num caderno já perto do final da sua vida. Através dela, o neto, Henrique, irá compreender a razão por que o avô às vezes estava tão triste. "Adormecemos a dor, mantemo-la sossegada anos a fio, a hibernar como os ursos. Mas há uma altura em que, mesmo sem querermos, ela desperta e, como um lobo assustado e faminto, nos ataca à queima-roupa."
Escrito com sensibilidade e correção, "O Caderno do Avô Heinrich" venceu o Prémio Literário Maria Rosa Colaço 2012, na categoria Literatura Juvenil.
Indicado pela editora para leitores dos 10 aos 14 anos, pode servir de ponto de partida para o estudo de um período histórico que a todos devia envergonhar. Depois, importará mais valorizar o ponto de chegada: "Descubro agora que estou velho, que somos feitos de barro e a vida é que nos vai moldando. Apenas nos é dada, todos os dias, a oportunidade de escolher se queremos viver como ratos ou como condores. Sei que o meu pai sempre teve razão. É possível acordar todas as manhãs e começar de novo."

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