terça-feira, 19 de maio de 2015

A PROPÓSITO DO DIA MUNDIAL DA INTERNET (17 DE MAIO): A INTERNET NAS NOSSAS VIDAS


A Internet é uma rede mundial de computadores todos ligados uns aos outros. Quando alguém se liga à Internet, tem acesso à World Wide Web, que é como uma biblioteca cheia de páginas de informação. Este acesso é absolutamente fascinante. É como se um tesouro (informação) estivesse de repente ao alcance de todos, dessacralizando-se o conhecimento, isto é, permitindo a todos o acesso a informação sobre os mais variados assuntos, da saúde à política, dos factos às opiniões. Apesar de fascinante, esta facilidade leva-nos muitas vezes a incorrer no erro de presumirmos que, pelo facto de consultar no Google tudo sobre uma doença, nos tornamos médicos e podemos até fazer diagnósticos e decidir medicações. De certo modo, pensamos que o Dr. Google existe! Ou que o Engenheiro Yahoo nos transformou em especialistas sobre construções de pontes!
A Internet é também local de entretenimento, uma espécie de parque de diversões gigante, com livre acesso a jogos e a “amigos” virtuais, onde podemos parecer ser aquilo que não somos. Deslumbrados com a novidade, não nos lembramos que dia a dia, hora a hora, nos transformamos em imagens de quem realmente somos e que o encontro com a realidade pode transformar-se num desagradável confronto. Com o entusiasmo, expomos a nossa intimidade, partilhamos os nossos dados, revelamos o que nunca mais conseguiremos ocultar, quebramos o encanto da sedução nas relações com os outros. Abrimos a porta aos “ladrões” da nossa intimidade.
Navegar na Internet não faz de nós marinheiros, “surfar” nas ondas da informação não nos transforma em surfistas. Permite-nos o acesso a múltiplas e fantásticas informações, facilita os contactos com pessoas que estão geograficamente longe de nós, estabelece redes de conhecimentos e de solidariedades, abre-nos um Admirável Mundo Novo. Coloca-nos também mais expostos a perigos, a informações manipuladas, a atrações fatais. Compete a cada um de nós a gestão sensata destas possibilidades.
Texto da Prof.ª Fátima Neto


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