3.ª feira, na BMAG:
Arte, Conhecimento, Crítica, Ética, Fórmulas, Humor, Ideias, Imagens, Informação, Literacia, Livros, Música, Números, Reflexão, Saber, Viagens… O Blogue das Bibliotecas do Agrupamento de Escolas Eugénio de Andrade!
quarta-feira, 18 de maio de 2016
terça-feira, 17 de maio de 2016
PENSAMENTO DA SEMANA: TEMPO, O MELHOR PRESENTE
O melhor presente que podes dar a
alguém é o teu
TEMPO.
Porque, quando ofereces o teu tempo a
alguém, estás a oferecer um pedaço da tua vida que nunca mais voltará.
domingo, 15 de maio de 2016
POEMAS PARA AS MÃES
Maio rima com Mãe.
É em maio que que celebra o "Dia da Mãe" e os nossos alunos não se esqueceram disso: em EMR, sob a supervisão da professora Felicidade Araújo, escreveram poemas em homenagens às suas mães.
Lê-os aqui:
É em maio que que celebra o "Dia da Mãe" e os nossos alunos não se esqueceram disso: em EMR, sob a supervisão da professora Felicidade Araújo, escreveram poemas em homenagens às suas mães.
Lê-os aqui:
quinta-feira, 12 de maio de 2016
REVISTAS DE MAIO
Que prazer ter uma revista para ler!
O mês de
maio chegou inesperadamente mais frio e chuvoso quando já todos sentíamos
desejo de primavera e tempo bom para aproveitar para ler num banco de jardim,
debaixo de uma frondosa árvore, a ouvir o som da passarada a preparar os
ninhos.
Dentro ou
fora, na escola ou no jardim, em casa ou na esplanada, aqui vão as sugestões
das novas revistas deste mês, acabadinhas de chegar aos escaparates da nossa
biblioteca.
VISÃO júnior- A capa é
dedicada ao skate e lá dentro, traz dicas do campeão nacional para aperfeiçoar
as mais difíceis manobras. Vem ainda com uma reportagem sobre Shawn Mendes,
alguns truques para estudar neste final do ano letivo que de aproxima, duas
páginas sobre um instrumento que nos encanta, o piano, diversos artigos sobre
ensino sem ir à escola (a sério!) ou animais (desta vez a atenção vai para o
Bulldog francês) e ainda jogos e brincadeiras.
SUPERinteressante - Este
mês, o destaque vai para um interessante artigo que nos dá a explicação
científica para fenómenos como a telepatia, os raptos por extraterrestres, os
fantasmas e outros assuntos assustadores de que ouvimos falar. Boa notícia:
afinal, eles não existem! São tudo armadilhas do nosso cérebro. A
SUPERinteressante propõe ainda muitos outros temas superinteressantes, como já
vem sendo hábito.
A NATIONAL GEOGRAPHIC – Chama a
atenção em especial para uma descoberta arqueológica relacionada com o túmulo
de Filipe II da Macedónia, pai de Alexandre, o Grande. Como sempre nos habituou,
os assuntos são variados e as fotografias de espantar!
O JORNAL DE LETRAS - O
assunto em destaque é Mário Sá Carneiro, mas as propostas são variadas, da
educação ( com uma entrevista a Marçal Grilo) ao teatro, da literatura ao
cinema.
A ARTES entre as LETRAS- Chamada
de atenção especial para os murais da cidade do Porto feitos por artistas que
reinventam a cidade e referem personalidades e aspetos que lhe são queridos.
E porque o verão está quase aí (dizem os
calendários), chegou também a ELLE com sugestões de mimos e luxos
para sonharmos com casamentos e compras.
Texto: Prof.ª Fátima Neto
Etiquetas:
As Artes entre as Letras,
Elle,
Jornal de letras,
National Geographic,
Revista SuperInteressante,
Revista Visão Júnior,
Revistas de maio
LIVROS DO MÊS DE MAIO
“O que um escritor nos dá não são livros.
O que ele nos dá, por via da escrita, é um mundo.”
Mia
Couto
É por isso que desta vez sugerimos…
Para os adultos…
A MÃE, de Máximo Gorki
Gorki é o escritor russo que melhor faz a transição
entre a monumental literatura russa de finais do século XIX e a literatura
ideológica desse país no século XX.
A MÃE é uma história revolucionária em todos os
sentidos. Talvez nunca o espírito revolucionário tenha sido expresso de uma forma
tão pungente, sincera e romântica. Escrito e publicado em 1907, este romance
descreve em pormenor a desgraça, a tristeza e a miséria em que vivia o povo
russo no tempo do czar Nicolau II. É entre essa miséria que emerge um grito
lancinante de revolta, o grito profundo das almas feridas que arrancará a
esperança das profundezas da injustiça.
Um grupo de jovens operários desperta para as ideias
bolcheviques e encara-as como a solução para pôr fim à miséria e à injustiça de
que eram vítimas os operários e camponeses russos. Mas essa revolta que se
sonha é encarada como um movimento universal, capaz de libertar todos os
injustiçados do mundo. Nesse sentido poder-se-á dizer que se trata de uma
mensagem ingénua. Essa mensagem não encerra em si qualquer ambição de poder.
Pelo contrário, o que se pretende é acabar com o poder como forma de opressão.
Pavel é o mais brilhante desses jovens. Mas por trás
dele, ou melhor, ao lado dele emerge a força imensa de uma mulher: a sua mãe,
Pelágia. Ela é a grande guerreira, que sofre em silêncio todas as vicissitudes
de uma mulher pobre na Rússia czarista: vítima da miséria mas também de um
marido bêbado e violento. Até que ele morre e Pelágia passa a seguir o caminho
do filho na senda da revolução. Sente-se a mãe de todos os revolucionários; a
mãe da revolução. Neste aspecto, Gorki estabelece um curioso paralelismo entre
o amor maternal e uma espécie de amor universal que comanda a mente e a ação
destes revolucionários; uma espécie de “amor ao próximo”.
Para os mais
crescidos…
Órfão, guardião
dos relógios e ladrão, Hugo vive por entre as paredes de uma movimentada
estação de comboios parisiense, onde a sua sobrevivência depende de segredos e
do anonimato. Mas quando, repentinamente, o seu mundo se encaixa - tal como as
rodas dentadas dos relógios que vigia - com o de uma excêntrica rapariga amante
de livros e o de um velho amargo, dono de uma lojinha de brinquedos, a vida
secreta de Hugo e o seu segredo mais precioso são colocados em risco. Um
desenho misterioso, um bloco que vale ouro, uma chave roubada, um homem
mecânico e uma mensagem escondida do falecido pai de Hugo formam a espinha
dorsal deste intrincado, terno e arrebatador mistério.
Para os mais jovens…
Imaginem ser capazes de voar como uma borboleta,
saltar como um canguru ou espreitar o cimo das árvores como uma girafa. Todos
sabemos que as crianças, frequentemente, fantasiam que conseguem adquirir as
características extraordinárias dos animais, desde os mais pequenos aos mais
majestosos. E é bom que o façam! Porque os mais jovens têm de "viver"
estas transformações e ter aventuras libertadoras para se tornarem adultos
criativos e imaginativos, capazes de realizarem os seus sonhos.
Se eu fosse… é um livro que encoraja as crianças (e talvez os seus pais também!) a ultrapassarem as suas limitações. Este livro convida os mais jovens a nadarem como um peixe tropical ou a cantarem como um melro - ou até a afastarem os banhistas da praia com o "sorriso" de um tubarão!
Se eu fosse… é um livro que encoraja as crianças (e talvez os seus pais também!) a ultrapassarem as suas limitações. Este livro convida os mais jovens a nadarem como um peixe tropical ou a cantarem como um melro - ou até a afastarem os banhistas da praia com o "sorriso" de um tubarão!
Texto: Prof.ª Fátima Neto
Etiquetas:
A Invenção de Hugo Cabret,
A Mãe,
Brian Selznick,
Livros do mês,
Máximo Gorki,
Promoção do livro e da leitura,
Richard Zimler,
Se eu fosse...
quarta-feira, 11 de maio de 2016
PARA OS AMANTES DE ARTE - SUGESTÃO II
MAIO NO ANO 1000
A guerra medieval. séc. XIV. Bibliothèque Nationale Française, Paris |
Com a chegada da
primavera, enquanto os campos floresciam, também os homens acordavam para a
guerra e voltavam às armas que tinham estado adormecidas durante o frio gélido
do inverno. A guerra era uma realidade que chegava sempre com o bom tempo visto
que no rigor do inverno era mais difícil deslocar exércitos.
Havia dois tipos de
guerra: a campal e a de cerco. Esta foi a época dedicada à construção de
castelos e muralhas visto que estas fortificações eram as mais adequadas para
evitar as pilhagens do exército vencedor. Os castelos eram sitiados por
exércitos que utilizavam maquinaria desenhada para tentar penetrar na povoação
cercada. Era a época dos cavaleiros estes faziam-se acompanhar por soldados de
infantaria que podiam ter sido recrutados para cumprir a obrigação do “fossado”,
ou a soldo por serem combatentes profissionais ou ainda por terem saído
perdedores de outras batalhas e como tal, feitos escravos.
Texto: Prof.ª Fátima Neto
Fonte: SUPERinteressante,
Edição especial História
sexta-feira, 6 de maio de 2016
SEXO À MODA DO PORTO – A VIOLÊNCIA NO NAMORO EM CONVERSA COM O DR. QUINTINO AIRES
No
passado dia 28 de abril, a nossa biblioteca tornou-se ainda mais viva,
transformando-se num verdadeiro estúdio de televisão.
A
turma A, do 8º ano, ao longo do segundo período e no contexto da disciplina de
Cidadania e Mundo Atual, desenvolveu um projeto no âmbito da Educação Sexual,
tendo por temática a violência no namoro. Com a presença da jornalista Dr.ª Ana
Guedes e do psicólogo Professor Doutor Quintino Aires – autores do programa Sexo
à moda do Porto –, os alunos desenvolveram com estes intervenientes um
verdadeiro diálogo. Por entre projetores, câmaras, cabos elétricos..., estes
alunos verbalizaram muitas das suas dúvidas e desconfianças.
Participaram,
também, nesta atividade os alunos da turma C e S, do 8º ano, contando sempre
com intérpretes de Língua Gestual Portuguesa, para garantir a comunicação
efetiva com todos os alunos.
Com
efeito, esta atividade foi verdadeiramente inclusiva e integradora de todos os
discentes sem exceção.
Vê a reportagem do Porto Canal AQUI!
Etiquetas:
Ana Guedes,
Biblioteca Escolar,
Escola Básica Eugénio de Andrade,
Porto Canal,
Quintino Aires,
Sexo à Moda do Porto,
Violência no namoro
ENCERRAMENTO DA SEMANA DA LEITURA – APANHADAS A LER EM EDUCAÇÃO FÍSICA
Será
possível ler (também) enquanto se faz Educação Física?
Orientadas
pelo professor Álvaro Nuno em colaboração com a professora Rita Areias, as
alunas do Clube de Dança mostraram-nos que, embora não seja fácil, é possível
apreciar os livros em quaisquer circunstâncias. Basta, para tal, que
encontremos um bom livro e que nos permitamos dar-lhe a oportunidade de nos
deliciar e enriquecer.segunda-feira, 2 de maio de 2016
SEMANA DA LEITURA: TESTEMUNHO DE LEITORES | DIA 5
Era suposto termos a “Semana da Leitura”. Sim, “era suposto”. Todavia,
a adesão da comunidade tem sido tão expressiva que já vamos na “Segunda Semana
da Leitura”! Para além das iniciativas a decorrer na biblioteca, temos tido o
testemunho de leitores, ex-alunos, professores, pais e elementos da comunidade,
que vieram falar dos livros que os marcaram e da importância da leitura nas
suas vidas.
Hoje tivemos o privilégio de receber
dois convidados que aceitaram dar-nos o seu testemunho e que são de áreas
profissionais e de formação muito diferentes, o que mostra que a leitura é
transversal e não específica de determinadas profissões:
▪ A Dra. Isabel Santos tem formação
em Relações Internacionais e Sociologia e é atualmente deputada na Assembleia
da República, eleita pelo círculo do Porto. É Presidente da Comissão de
Democracia, Direitos Humanos e Questões Humanitárias da Assembleia Parlamentar
da OSCE (Organização para a Segurança e Cooperação na Europa). Já foi
Governadora Civil do Porto e exerceu cargos em autarquias.
▪ O Dr. Pedro Sarmento, para além de
ter sido um ativo desportista, tem formação em Educação Física e Desporto e é
professor na Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Exerceu diferentes
cargos, incluindo no gabinete de desporto da autarquia, e é atualmente o
Presidente do Académico Futebol Clube, aqui perto na rua Costa Cabral.
NA ESCOLA: APRENDER A APRENDER
ISABEL
SANTOS começou cedo a ler coisas sérias. Foi criança única até aos 9 anos e
habituou-se a estar sozinha. Sozinha, não: tinha a companhia dos livros e,
durante os três meses de férias, lia uns livros atrás dos outros. O hábito da
leitura foi-lhe incutido pelos pais e pelos adultos que via a ler. As novelas
da sua infância (como «Gabriela, Cravo e Canela» - baseada num dos romances
mais célebres de Jorge Amado) também tiveram um papel importante no seu
percurso de leitura: foi a propósito da Malvina, que lia O crime do Padre Amaro, romance “escandaloso e proibido” às escondidas e era perseguida por isso,
que Isabel Santos começou também a ler a obra de Eça. Claro que, quando leu
este romance pela primeira vez, não teve dele um entendimento cabal: faltava-lhe,
então, o vocabulário e a vivência para que tal fosse possível.
Isabel
Santos tem desempenhado funções muito díspares e tudo o que sabe deve-o aos
livros a que recorreu para se atualizar nas diversas fases da sua vida. É
precisamente a sua vasta experiência ancorada nos livros lidos que lhe dá a
autoridade para afirmar: “A escola, mais do que os conteúdos, deve levar os jovens a aprenderem a
aprender sozinhos. Isso foi o mais importante que a escola me deu!”
Foi
também a leitura a grande catapulta do bisavô de Isabel Santos: embora não
tivesse mais do que a 4.ª classe (atual 4.º ano), nem nunca tivesse viajado
para o estrangeiro, fez um percurso que lhe permitiu ser guarda-livros
(equivalente ao atual contabilista), fez a revisão de textos de Aquilino
Ribeiro, foi revisor do jornal “Primeiro de Janeiro” e chegou mesmo a escrever
textos para esse jornal, porque tinha uma visão muito alargada do mundo, que
adquiriu graças aos muitos livros que lia.
HERÓIS QUE SE CONTROEM PELA LEITURA
OU ACERCA DO PODER
LIBERTADOR DOS LIVROS
“Somos
fruto das nossas viagens físicas e daquelas que os livros nos proporcionam”,
crê Isabel Santos. Acredita, igualmente, que a sua capacidade de intervenção
social se deve ao que a vida lhe tem proporcionado e, sobretudo, ao que foi
aprendendo nos livros, porque a leitura impele-nos a colocarmo-nos no lugar dos
outros, a sentir e a reagir, além de estimular a nossa imaginação. Este
processo mexe com a nossa capacidade criativa e torna-nos mais tolerantes e
mais capazes de intervir, social e civicamente.
Ontem,
a propósito do 1.º de maio e da sua vinda à nossa escola, Isabel perguntou-se
qual o livro que mais a marcou. E regressou à primeira vez (e também à última)
em que leu A Mãe de Máximo Gorki, um
livro que é uma evidência do poder libertador dos livros.
Trata-se,
segundo Isabel, de um livro notável, cuja protagonista é uma heroína que se
constrói pela leitura, numa época em que o povo russo vivia tempos marcados
pela rudeza e pela crueldade, mas que, graças aos escritos revolucionários que
o filho lhe trazia para casa, se transformou numa líder.
Para
terminar a sua intervenção inicial, Isabel Santos deixou um conselho: “Leiam! Leiam muito! Porque esse é o melhor instrumento de que dispõem
para se construírem como indivíduos capazes e interventivos. Ao longo da vida
podem vir a encontrar muitas barreiras que vos travem, mas, se lerem, serão
sempre mais livres do que aqueles que não o fazem e irão sempre mais longe!”
“O FUNDAMENTAL DE UM BOM LIVRO É
FAZER-NOS SONHAR”
Para
iniciar a sua intervenção, PEDRO SARMENTO confessou que o que mais gostaria era
algo que não iria conseguir: entrar dentro de cada aluno e perceber o que
gostaria que lhe dissesse. Falou, depois, da sua infância: não fora um bom
aluno e, para desgosto
de sua mãe, não levava boas notas para casa. Do que gostava, realmente, era da
atividade desportiva: jogar futebol, hóquei, natação…
Foi
no mundo do desporto e através das conversas com os amigos que começou a
perceber o mundo, mas, com o passar dos anos, percebeu que podia ir mais longe,
que podia sonhar. E sonhar, para Pedro Sarmento é fundamental: «com o sonho
construímos o que mais gostamos; com o sonho voamos para onde queremos estar» -
assegura-nos.
É
essa a grande a grande vantagem dos livros: “O fundamental de um bom livro é
fazer-nos sonhar.”
Este
professor universitário e diretor desportivo, que deposita uma enorme confiança
nas gerações mais jovens, considera-se um leitor por fases: agora lê toda a
obra de um escritor; em seguida, escolhe outro e devora todos os seus livros.
Aconteceu assim com a obra de Miguel Torga, que teve a oportunidade de conhecer
nas férias de verão, na praia que ambos frequentavam. Pedro Sarmento adivinhava
o fim próximo do respeitável e austero ancião de chapéu preto, pelo que quis
retê-lo, lendo os seus textos e descortinando a conceção de vida que alicerçava
toda a sua obra.
No
entanto, o poeta transmontano é apenas um dos muitos autores que Pedro Sarmento
aprecia. Por isso, apresentou-nos uma mochila cheiinha de livros dos autores
que o têm feito voar e entre os quais se contam:
▪ Haruki
Murakami – Sempre que sai algum livro deste autor, lá está Pedro na fila para
ser um dos primeiros a ficar com a obra. Pudera! Murakami fá-lo abstrair-se dos
dos problemas com que tem de defrontar-se no clube e na faculdade onde trabalha.
Como refere, arrebatado, os momentos em que lê um livro do autor japonês “São
horas de deleite total. Posso estar com problemas na faculdade, no clube ou até
mesmo em casa, que, durante umas horas, entro no livro e esqueço tudo”
▪
José Saramago - Não é um autor fácil de ler e não leu toda a sua obra, mas
considera que alguns dos livros do Prémio Nobel português são absolutamente
fantásticos. O Memorial do Convento
foi o primeiro romance que leu, depois de frequentar a tropa em Mafra, e o Ensaio sobre a Cegueira, que foi
adaptado ao cinema pelo realizador brasileiro Fernando Meirelles, é outro bom
exemplo. Na verdade, como habitualmente, o livro é, na sua opinião, muito
melhor que o filme, pois «nos filmes, ficamos agarrados às imagens, mas com os
livros ficamos agarrados às palavras e às ideias e a nossa imaginação não
para».
▪
David Lodge – Quando lê este autor -que aborda um universo que lhe diz
respeito, o da academia, dos círculos universitários, dos congressos - Pedro
ri-se das situações fantásticas espraiadas nas sua obras.
▪
José Eduardo Agualusa – Para Pedro, o expoente máximo da escrita em português,
que tem a capacidade de o deixar preso a uma primeira frase de um romance, pela
sonoridade das palavras e pelo ritmo das frases, e é o autor de um dos livros
mais interessantes que já leu - As
Mulheres do meu Pai, livro que o fez recordar o seu próprio pai.
▪
Carlos Ruiz Zafón – Outro autor, catalão, que Pedro aprecia e que escreveu, por
exemplo A sombra do vento, uma
alegoria da espécie de amizade que alguns leitores mantêm com certos livros e
que prende o leitor desde o primeiro instante.
Depois
de falar de alguns dos escritores que o fazem voar, Pedro Sarmento exortou os
alunos a aderirem à leitura. Claro que ler não é a única coisa importante a
fazer: Pedro até está à vontade para dizer que há alturas em que tem quatro ou
cinco livros na mesinha de cabeceira e que, noutros momentos, não lê. Porém, é
fundamental alimentar o sonho lendo livros, assim como é importante dialogar
com os amigos, ir ao cinema, praticar desporto, ouvir música… pois, para sermos
felizes não chega sermos pragmáticos: é necessário calibrar a realidade com o
sonho.
«A LEITURA E A NOSSA MUNDIVIDÊNCIA
FAZEM-NOS MUDAR AS LENTES DA MENTE!»
Depois
de tão interessantes testemunhos, houve ainda lugar a questões, momento em que
ficamos, ainda, a saber que:
▪ Quando
Pedro Sarmento não gosta de um livro, simplesmente não o lê. Antes ainda se “castigava”
lendo o livro até ao fim, mas agora não o faz. Deixa-o de lado e já lhe
aconteceu pegar nesse mesmo livro noutro momento e até gostar.
▪
Houve livros que deixaram estes dois leitores experientes tristes. Por exemplo,
o último livro que Isabel Santos leu, Deixar
Alepo de Manuela Nisa, deixou-a tristíssima, pois conta a história de uma
família obrigada a abandonar a sua terra e a viver toda a espécie de situações
de aviltamento da condição humana.
▪ O
Livro que mais marcou Pedro Sarmento é… o próximo. Este (também) autor de sete
livros vive na expectativa de que o próximo livro que lerá será o livro da sua
vida!
Em suma, mesmo que, por vezes, sejas obrigado
a ler um livro que não te agrada tanto, não desistas de encontrar o livro da
tua vida. Na vida há duas vertentes: o mundo real, quotidiano, que é,
obviamente, importante. Mas depois há outra vertente que é a do sonho, que vem
com os livros, com a música, com o cinema, com a arte. Com o sonho podemos
viver o que ambicionamos e que o quotidiano não nos permite, como nos
transmitiram estes brilhantes oradores, cujas palavras sábias cativaram a
audiência.
domingo, 1 de maio de 2016
SEMANA DA LEITURA: ENCONTRO COM MANUELA BACELAR
Escreveu e ilustrou cerca de uma dezena e meia de livros e ilustrou mais
de meia centena de obras de outros autores. É por isso que Manuela Bacelar
discorda quando se lhe chama escritora. Ela é, como sublinha, ilustradora e foi
nessa condição que conquistou vários prémios nacionais e internacionais, entre
os quais a “Maçã de Ouro”, lhe foi atribuída na Bienal Internacional de
Bratislava, com a ilustração de Silka de Ilse Losa. “Havia mais de cinco mil
candidatos, mas o júri atribuiu-me o prémio a mim!”, recorda. Bem merecido,
dizemos nós.
O
talento para desenhar descobriu-o nos bancos da escola: já então, ainda muito
jovem, não se cansava de desenhar nas páginas dos livros e dos cadernos, e sua
mãe, que queria que Manuela fosse pintora, nunca a contrariou. Pelo contrário,
sempre que surgia a oportunidade para a ajudar a crescer, oferecia-lhe tintas,
papel, lápis, até lápis de chocolate! Porém, quando chegou a altura de se
especializar na sua arte, Manuela Bacelar teve de sair do país. Foi para a
Checoslováquia (atuais República Checa e Eslováquia), onde permaneceu durante
seis anos e conheceu um bom professor, com quem aprendeu muito.
Ao
longo da sua carreira, a ilustração não foi o seu único ofício: também realizou
algumas curtas-metragens de animação e, durante algum tempo foi funcionária
pública. A opção pela ilustração de livros para crianças foi motivada pela infância
do filho. Naquela altura, não existiam bons livros ilustrados para crianças, o
que era uma falha enorme, já que a imagem tem um valor incontornável na
compreensão das mensagens transmitidas, mais ainda quando se trata de livros
para os mais novos.
Quando
se ilustra um livro, a qualidade do papel é, como defende, fundamental: a
textura e a cor do papel condicionam o trabalho realizado. Um papel pode ser
adequado para determinada ilustração e ser desadequado para outra. Acresce que,
do seu ponto de vista, o que também é crucial na criação artística é a curiosidade,
a pesquisa e o prazer: “O que não se faz por prazer não sai bem!”, assegura.
Além
de desenhar, Manuela Bacelar também aprecia ouvir os outros. Por isso, incitou
os presentes a apresentarem a forma como abordaram as suas obras, assim como a
colocarem questões. E assim foi: as docentes de alunos surdos e ouvintes envolvidas
surpreenderam a autora, falando das múltiplas atividades que desenvolveram em
torno das obras estudadas – O Avô Tobias,
Os Ovos Misteriosos e Sebastião, entre outras. Desde a
exploração do vocabulário (em língua portuguesa e língua gestual) à elaboração
de retratos e autorretratos, do estudo dos opostos à recriação das histórias,
do convite aos avós para fabricarem bolachas ao estudo das profissões, do
reconto oral e escrito das histórias à criação de canções, da criação de
figurinos às dramatizações… foram múltiplas e muito diversificadas as
abordagens das histórias escritas e ilustradas por Manuela Bacelar.
A
ilustradora ficou surpreendida com tudo quanto ouviu e, depois, foi a vez de
nos contar algumas curiosidades acerca dos livros que os nossos alunos leram: para
escrever O Meu Avô, inspirou-se nas
viagens de autocarro em que ouvia os avós queixarem-se de que não tinham nada
para fazer, o que a deixava a pensar que eles poderiam ajudar os seus netinhos;
Sebastião, que não tem texto, foi a resposta a uma provocação que uma
interveniente fez aos ilustradores presentes num encontro, quando afirmou que
os livros para crianças poderiam resumir-se a um texto sem ilustrações (?); com
Tobias fantasma pretendia ajudar a exorcizar
os medos que atemorizam as crianças em determinada etapa da infância; gostou de
desenhar todas as personagens de Os Ovos
Misteriosos, à exceção da galinha, porque teve de desenhar galinhas até à
exaustão, quando não gosta de repetir desenhos.
Por
último, chegou a vez de os nossos alunos presentearem Manuela Bacelar com as
lembranças que criaram (recriações das suas obras, um retrato da autora e até bolachas!) e
dos autógrafos, outro momento em que Manuela Bacelar nos surpreendeu: para além
da habitual dedicatória, esta ilustradora de renome internacional fez um
desenho diferente em cada livro, deixando-nos, de forma original, mais uma
marca de um dia invulgar.
SEMANA DA LEITURA: TESTEMUNHO DE LEITURA DE UMA UTÓPICA
“I AM UTOPIAN” / “EU
SOU UTÓPICA”
O
currículo de Fátima Vieira é
extensíssimo: é Professora Associada com Agregação da Faculdade de Letras da
Universidade do Porto, onde leciona desde 1986; é especialista na área dos
Estudos sobre a Utopia; é Presidente da associação Utopian Studies Society / Europe desde 2006; é coordenadora do Polo
do Porto do CETAPS – Centre for English,
Translation and Anglo-Portuguese Studies, onde dirige uma linha de
investigação sobre o utopismo britânico e norte-americano, e colaboradora do
ILC – Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa, onde tem coordenado
projetos de investigação sobre o utopismo português; é, atualmente,
coordenadora do projeto de investigação financiado pela FCT "Utopia,
Alimentação e Futuro: O Modo de Pensar Utópico e a Construção das Sociedades
Inclusivas - Um Contributo das Humanidades"; é ainda diretora da coleção
“Nova Biblioteca das Utopias”, publicada pela editora Afrontamento, bem como de
dois periódicos eletrónicos: E-topia
- revista eletrónica de Estudos sobre a Utopia e Spaces of Utopia (publicados pela Biblioteca Digital da FLUP); é
Book Review Editor do periódico norte-americano Utopian Studies e faz parte do Conselho Editorial de várias
revistas internacionais; é coordenadora do Programa de Pós-Doutoramento e
Internacionalização ARUS – Advanced
Research in Utopian Studies, bem como dos Seminários Multidisciplinares
ARUS; integra, desde a sua fundação, a equipa de investigadores que se tem
vindo a dedicar à tradução e estudo da obra de Shakespeare…
Não
obstante a extensão do seu currículo, este bem poderia resumir-se a uma frase
curta: “Eu sou utópica” / “I am utopian”!
Tudo
começou quando, há trinta anos, Fátima se encontrou com o livro da sua vida, a Utopia, obra escrita há meio milénio
por Thomas More.
PARA QUE SERVE A
LITERATURA?
Um só
livro pode alterar o curso de uma vida, como sucedeu com Fátima Vieira. Porém,
como esta professora doutora,
especialista em literatura inglesa lembrou aos nossos alunos de 8.º ano que
tiveram o privilégio de a escutar, a literatura, a grande literatura, serve
muitos fins:
▪ A literatura
põe-nos em contacto com mundos que de outro modo nunca conheceríamos. No seu caso,
o primeiro contacto que teve com a China aconteceu quando leu as obras de Pearl
S. Buck, Prémio Nobel em 1938, que, nos seus livros, descreveu
pormenorizadamente a cultura asiática, para além de ter defendido os direitos
das mulheres e das minorias. Pelo contrário, quando trabalhou com o
investigador albanês Eris Rusi, muitas vezes era-lhe difícil estabelecer
diálogo com o colega, uma vez que desconhecia o seu país de origem, por nunca
ter tido a oportunidade de ler livros oriundos daquela nacionalidade. Como Eris
lhe explicou, havia uma razão para ela desconhecer a sua cultura: dado que a
Albânia estivera durante muitos anos sob um regime ditatorial, a literatura autóctone
fora completamente asfixiada; por outro lado, os cinco tradutores oficiais do
regime escolhiam os livros estrangeiros que, do ponto de vista da ditadura,
poderiam ser lidos pelos albaneses e mutilavam-nos, suprimindo as partes
passíveis de “acordar” a população. Por esta razão, quando chegavam (se é que
chegavam!) aos leitores, os livros tinham uma dimensão substancialmente menor
que os originais.
▪ A
literatura oferece-nos lições de vida e demonstra-nos que temos de ser mais
solidários. Assim acontecia, por exemplo, com a literatura vitoriana,
representada pela obra de Charles Dickens, autor de As Aventuras de Oliver Twist
ou David Copperfield, obras que eram
lidas ao serão na casa dos privilegiados e lhes apresentavam uma perspetiva
diferente sobre a difícil vida do operariado.
▪
Sendo um simulador muito económico da realidade - uma obra apenas pode reportar-se
à vida de várias gerações, mas nós, em contrapartida, jamais poderíamos viver
numa só vida todas as experiências que um livro apenas é capaz de relatar -, a
literatura confronta-nos com dilemas éticos (“O que é que eu faria se…?”), para
além de ser uma excelente companhia.
▪ A
literatura é um meio de viagem – ao passado, ao presente e ao futuro; a meios
sociais distintos do nosso; a países e sociedades desconhecidas,
transformando-nos, por isso, em cidadãos do mundo.
▪ A
literatura é um instrumento que nos prepara para a vida, porquanto desperta em
nós sentimentos de empatia, compreensão, repulsa, indignação, revolta,
sublevação… bem como nos predispõe a uma maior compreensão de outras culturas,
à tolerância e à aceitação de outros pontos de vista. Ajuda-nos, igualmente, a
aceitar os nossos fracassos, porque nos coloca frente ao fracasso dos outros,
tal como nos incita a enfrentarmos as consequências das nossas ações, a
identificar as questões fundamentais da existência humana e a compreender a
nossa própria vida.
▪ A
literatura exige que nós – os leitores – usemos a nossa experiência e
sensibilidade para completar a narrativa. É por isso que cada leitor interpreta
a obra à sua maneira. Vejamos, a título de exemplo, Os Irmãos Karamásov, de Fiódor
Dostoiévski. Será que se trata de um livro sobre as relações familiares e como
elas se desfazem? Ou será sobre a nossa relação com Deus? Será sobre redenção? Sacrifício?
Traição? Sobre as tensões entre pais e filhos? Será sobre a rejeição e a
solidão? Obviamente, é sobre todas estas coisas e muito mais!
▪ Como
também refere Richard Zimler, quem lê mais é mais participativo, mais
empreendedor e um ser humano mais completo. Como afirma, “(…) as histórias
escritas por outras pessoas – por pessoas que não conhecemos – podem ter um
efeito direto no modo como nos vemos a nós próprios e como interagimos com os
outros. Ajudam-nos a tornarmo-nos seres humanos completos por nos permitirem
contar a nossa história com justeza e verdade, quer de modo consciente quer
abaixo da superfície da nossa consciência”.
THOMAS MORE, UTOPIA,
1516
Em
1516, quando escreveu a Utopia, Thomas
More obrigou os seus contemporâneos a pensarem em coisas sobre as quais nunca
tinham pensado. Nesta obra, dividida em duas partes e escrita em latim (o
inglês não era à data a língua franca em que veio a transformar-se, e o autor
pretendia que a sua obra fosse o mais universal possível), Thomas More começa
por denunciar, no Livro I, todas as
injustiças vivenciadas pelos europeus do século XVI. Como podes imaginar,
tratava-se, do ponto de vista de muitos dos governantes da época bem como dos
que lhes sucederam, de um livro perigoso, não sendo, pois, de espantar que as
sucessivas traduções da Utopia apresentem
versões distintas, consentâneas com as ideias de cada um dos governantes que
“supervisionaram” a sua tradução. Já no Livro
II, Thomas More descreve a ilha da Utopia, o “não lugar”, que lhe é
apresentado por Rafael Hitlodeu, o marinheiro português que afirma ter estado
numa ilha onde tudo é fantástico.
A UTOPIA: UM “PAÍS DA
COCANHA”
OU UMA NOVA FORMA DE
PENSAMENTO?
Na
verdade, no Livro II da Utopia, Thomas
More não pretendia que aspirássemos a viver no “País da Cocanha”, onde gansos
assados no espeto e cotovias gráceis, bem guisadinhas e cobertas com montes de
canela em pó voam diretamente para a boca dos homens, sem necessidade de suar
para pagar a conta. A Utopia é outra
coisa!
Antes
de mais, a utopia radica no pressuposto de que o ser humano é capaz de mudar e
tem mesmo a responsabilidade de o fazer. A utopia, como afirma Eduardo Galeano,
é algo que colocamos no nosso horizonte e nos dá forças para caminharmos e
avançarmos cada vez mais. A utopia não é o
caminho, mas os diferentes possíveis
caminhos. A utopia radica em perguntas inaugurais: “E se…?” e “Onde quero
chegar?”, ou melhor, “Onde queremos chegar?”
Com a
Utopia, Thomas More criou uma visão
particular do mundo e uma nova forma de pensamento: pensamento inclusivo,
pensamento crítico, pensamento holístico e pensamento criativo. No fundo,
trata-se de libertarmos a imaginação e de sermos cidadãos ambiciosos nos nossos
objetivos e, consequentemente, termos a possibilidade de chegar mais longe;
trata-se de termos a capacidade de descentramento e de trabalhar em cooperação,
com ética e solidariedade; trata-se de sermos questionadores, indagantes,
responsáveis e conscientes das nossas ações; trata-se, ainda de produzirmos
conhecimento novo de que toda a sociedade poderá usufruir - na Utopia, não se idealiza nem a Natureza
nem o ser humano, mas a organização social, preocupando-se o utopista em
resolver os problemas sociais (criminalidade, pobreza, vício…) através de um
conjunto de estratégias coerentes. No fundo, como refere Gonçalo M. Tavares em
Breves Notas sobre Ciência, trata-se de “Observar a realidade pelo canto do
olho, isto é: pensar ligeiramente ao lado”.
Não
se pense ainda que na Utopia se
pressupõe a mudança radical e instantânea da sociedade. Pelo contrário, a
utopia imagina o novo “a partir de novas combinações e escalas daquilo que
existe, a maioria das vezes pequenos detalhes obscuros daquilo que existe”,
como esclarece Boaventura de Sousa Santos em A estratégia utópica (p. 480)
“THE WORLD GOES TO WHERE WE TAKE IT”
“O MUNDO VAI PARA ONDE
NÓS O LEVARMOS”
Fátima
Vieira deixou que a filosofia de um livro norteasse toda a sua ação ao longo
dos últimos 30 anos e, por isso, envolveu-se em múltiplos projetos com jovens
portugueses e estrangeiros (ver em Utopia500.net). Neste momento, está ligada a
projetos muito interessantes, nos quais também tu podes participar. Destacamos
alguns:
-
“Utopian Challenge”, que consiste em te filmares a dizer “Eu sou utópica” / “Eu
sou utópico”, visando a produção de um mega vídeo mundial, que mostre que nós,
os utópicos somos muitos;
-
“PanUtopia”, projeto que visa o combate ao desperdício alimentar;
- “Os
sons da Utopia”, cujo lema é “vale a pena tocar em músicas e trazê-las para o
presente” e que tem por objetivo fazer o
update das músicas do Renascimento;
-
“Great Utopians” /”Grandes Mentes Humanas”, através do qual se pretende
construir um mapa alternativo da cidade, valorizando o património humano.
DESAFIO: COMEÇA A
ESCREVER O LIVRO III DA UTOPIA
Um
desafio demasiado ambicioso? O.K. talvez seja mesmo demasiado ambicioso. Para
já!
No
entanto, há dois desafios um bocadinho menos ambiciosos que Fátima Vieira nos
deixou :
▪ LIBERTA A TUA IMAGINAÇÃO. Como dizia
Albert Einstein, “A imaginação é mais importante do que o
conhecimento. Pois o conhecimento é limitado, ao passo que a imaginação
abarca o mundo inteiro, estimulando o progresso, gerando evolução. É, na
verdade, um fator importante a ter em conta na investigação científica”.
▪ E que
tal começar a LER E a COLOCAR QUESTÕES? As perguntas que
fazemos sobre as outras sociedades levam-nos a colocar questões sobre a nossa
sociedade. E a querer mudá-la!
Lembra-te: até as plantas
hermafroditas [com a possível exceção da ervilheira] necessitam de material
genético novo para se reproduzirem. Que tu sejas o material genético novo.
Que a mudança comece em ti!
Subscrever:
Mensagens (Atom)