segunda-feira, 19 de novembro de 2012

À CONVERSA COM JOÃO COELHO


     Como anunciado, João Coelho esteve esta manhã na nossa escola. Foi recebido com muito entusiasmo pelas cinco turmas do 5.º ao 9.º ano que o aguardavam. Depois das boas vindas dadas pelo subdiretor, Sr. Dr. Emídio Isaías, e pela coordenadora da BE/CRE, Assunção Ribeiro, João passou a conversar connosco.
     Mostrou ser um jovem discreto, mas muito determinado: sabe bem o que quer e a escrita ocupa um lugar de destaque nos seus projetos de futuro. No decurso da sua conversa com diversos professores e alunos, João revelou: «Sentia que faltava alguma coisa na minha vida e, ao escrever, descobri que era isto que faltava.»
     Antes de partir, João tentou satisfazer a curiosidade dos alunos que lhe lançaram perguntas e até desafios para novas propostas de escrita.


Por que é que o primeiro livro é o mais importante?
O primeiro livro é o mais importante porque é a nossa base. Penso que, para qualquer autor, o primeiro livro é o importante, pois é o que nos impulsiona. É o livro que nos mostra o que somos verdadeiramente. Seja o melhor de todos ou o pior, é certamente o que recordamos com maior felicidade.

Em que é que se inspirou para escrever este livro?
Para este livro, inspirei-me em histórias que conhecia e adorava. Quer as tenha conhecido através do livro ou televisão, estas histórias influenciaram-me e levaram-me a escrever um livro de que eu gosto. Um livro que fala sobre o que me vai na cabeça.

Gostou de frequentar esta escola?
Gostei desta escola, talvez mais do que de qualquer outra. Quando cheguei não conhecia ninguém, mas consegui criar amizades e alicerces de uma vida inteira baseados nesta escola. Às vezes até sinto falta do tempo em que cá andei.

Há algo nesta escola que o tenha inspirado?
Tudo nesta escola me inspirou, tal como tudo na minha vida me inspira. Quer consciente ou subconscientemente, as nossas experiências e toda a nossa vida passa para o que escrevemos.

Qual era a sua disciplina favorita?
Para o lugar de disciplina favorita sempre houve em mim uma batalha entre a Matemática e o Inglês. Ambas me fascinavam. Talvez pela universalidade de ambas as disciplinas.

Sabe tocar instrumentos musicais. Quais é que toca?
Comecei por aprender a tocar piano, mas descobri que havia outro instrumento que me apelava mais. Acabei por passar para a bateria, e penso que foi a escolha mais acertada.

Como se sentiu quando terminou de escrever o seu livro?
As palavras faltam quando enfrento esta pergunta. O princípio e o fim de um livro são o tormento de qualquer autor. Penso que me senti aliviado por ter conseguido atingir os meus objetivos, mas triste por já não ter aquela história para passar o tempo e mostrar as minhas ideias. Mas é para preencher as lacunas do primeiro livro que servem os projetos futuros.

Está a pensar escrever outro livro?
Estou a pensar escrever muitos mais. Enquanto puder escrever, vou fazê-lo. Quer sejam histórias boas o suficiente para serem publicadas ou histórias para trancar no baú, vou continuar a escrever e fazer tudo o que puder para arranjar tempo para esta atividade que me fascina.

Sabemos que está a estudar engenharia, uma área que à partida não tem muito que ver com a escrita de romances. Por que escolheu a engenharia?
Escolhi a Engenharia Informática porque adoro computadores e programação. Nunca olhei para a escrita como algo que fosse seguir no ensino superior. Penso que o melhor é agarrar-me a estes dois caminhos e saltar entre eles. Mas não planeio sacrificar um deles para me dedicar ao outro.

Pratica karaté. Qual é o seu cinturão?
Pratiquei karaté durante muitos anos, mas parei no cinturão castanho. Apercebi-me de que se estava a tornar repetitivo e já não me trazia o prazer que em tempos sentia.

Gostaria de tornar-se um escritor de sucesso?
Adorava ter essa oportunidade. Poder ter a escrita à minha frente e segui-la para onde fosse é um sonho para mim. Mas nunca se sabe o que o futuro nos guarda, portanto vou começar por aqui e se aparecer a oportunidade de me tornar um escritor de sucesso, então certamente vou agarrá-la.

Alguém o ajudou a escrever esta história?
Escrevi este livro sozinho. Penso que se fosse um projeto em grupo, haveria um conflito de ideias que se tornaria transparente ao longo do livro. Prefiro trabalhar sozinho, pois assim sei que o livro representa o que eu sou sem qualquer dúvida.

Qual é o seu género de livro favorito? Policiais, histórias de amor, aventura, terror…?
Sempre adorei fantasia, ficção científica e aventura. Especialmente quando envolvidas por uma boa dose de humor. Para mim, estes géneros dão sempre as histórias mais emocionantes que nos obrigam a fechar o livro durante os segundos para pensar bem no que lemos. É assim que sabemos que um livro é verdadeiramente bom.

E a nossa conversa terminou. Porém, com a determinação do João Coelho, acreditamos que Olimpo será apenas o primeiro de muitos livros. Aguardamos pelo próximo!

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