Em 1755, quando o terramoto devastou Lisboa, mudando a cidade e o país, não existiam ainda instrumentos capazes de medir a magnitude dos abalos terrestres. Por sorte, o marquês de Pombal, que «mandou enterrar os mortos, cuidar dos vivos e reconstruir os edifícios e a capital do reino», ordenou também que se fizesse um levantamento pormenorizado das características locais do abalo, bem como os estragos sofridos em todas as paróquias do país, tornando-se, por isso, o percursor da sismologia moderna.
Graças à documentação que contém a primeira descrição objetiva de um terramoto (duração, réplicas, estragos causados, ou os efeitos na água dos poços), foi possível a um grupo de investigadores do Centro de Geofísica da Universidade de Lisboa, por ocasião dos 250 anos do terramoto, quantificar a magnitude do terramoto de 1755: 8,7 na escala de Richter, valor aceite pela comunidade científica internacional, que coloca este sismo em 6.º lugar na lista dos mais violentos.
No ranking elaborado pelos Serviços Geológicos dos Estados Unidos, tendo em conta a escala de Richter, encontras os sismos que a seguir se apresentam, ocorridos em diversas partes do mundo:
1 – Chile – 9,5 (22 de maio de 1960);
2 – Alasca, Prince William Sound: 9,2 (28 de março de 1964);
3 – Samatra, ilhas Andamão, Indonésia: 9,1 (26 de dezembro de 2004);
4 – Sibéria, Kamchatka: 9,0 (4 de novembro de 1952);
4 – Arica, Peru (hoje Chile): 9,0 (13 de Agosto de 1868);
4 – Fukushima, Japão: 9,0 (11 de março de 2011);
4 – Zona de subducção de Cascadia: 9,0 (26 de janeiro de 1700);
5 – Chile, ao largo do Bío-Bío: 8,8 (27 de fevereiro de 2010);
5 – Equador, ao largo da costa de Esmeraldas: 8,8 (31 de janeiro de 1906);
6 – Lisboa: 8,7 (1 de novembro de 1755);
6 – Alasca, ilhas Rat: 8,7 (4 de fevereiro de 1965);
7 – Indonésia, Sul de Samatra: 8,6 (28 de março de 2005);
7 – Alasca, Ilhas Andreanof: 8,6 (9 de março de 1957);
7 – Tibete, Assam: 8,6 (15 de agosto de 1950);
8 – Indonésia, Sul de Samatra: 8,5 (12 de setembro de 2007);
8 – Ilhas Curilhas: 8,5 (13 de outubro de 1963);
9 – Junto à costa do Peru: 8,4 (23 de junho de 2001);
9 – Japão, Sanriku: 8,4 (2 de março de 1933);
10 – Japão, Hokaido: 8,3 (25 de setembro de 2003);
10 – Ilhas Curilhas: 8,3 (6 de novembro de 1958).
Fonte: Teresa Firmino e Filomena Naves in POR QUE CHORAMOS
QUANDO CORTAMOS UMA CEBOLA?, a esfera dos livros
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