Neste início de ano civil, ainda com o gosto das passas e dos desejos na boca, sugerimos - a alunos, pais e professores - um livro que nos aponta caminhos de sucesso, onde não faltam depoimentos de alunos que já os percorreram.
E porque a história também é feita por homens e mulheres anónimos, apresentamos um livro extraordinário onde a voz do "mudo" é a protagonista. De um dos grandes autores peruanos do século XX, só recentemente "descoberto" em Portugal.
O autor deste livro, nascido em Lisboa, começou por ser um aluno sofrível para, no final da adolescência, se tornar um aluno invejável.
Como é que essa transformação aconteceu?
Encontra muitas respostas neste livro, considerado por Eduardo Marçal Grilo «um trabalho interessantíssimo que deve ser lido por estudantes, pelos pais dos estudantes que acompanham diariamente a vida na escola dos seus filhos e pelos professores, cuja função é ensinar e fazer com que os seus alunos aprendam e adquiram conhecimentos considerados indispensáveis para o sucesso educativo».
Trata-se de um livro que demonstra que «ser bom aluno não é um privilégio de ninguém, [mas antes] o resultado de um trabalho sério que cada um deve fazer, estudando de forma planeada, organizada e disciplinada, [sem que, para tal] tenha de abdicar dos seus hobbies, das suas distrações e dos seus divertimentos.»
Efetivamente, «NÃO HÁ FÓRMULAS MÁGICAS PARA TORNAR O ESTUDANTE NUM BOM ALUNO.»
Fonte: textos das abas e do prefácio, por Eduardo Marçal Grilo
A PALAVRA DO MUDO, de Julio Ramón Ribeyro
Neste livro de Julio Ramón Ribeyro - «um escritor magnífico, um dos melhores da América Latina e provavelmente da língua espanhola», segundo Mario Vargas Llosa - aquele autor apresenta-nos um conjunto de contos onde, numa prosa límpida, soube radiografar a classe média e o colapso dos seus sonhos de prosperidade, esforçando-se sobretudo por dar voz aos «mudos», ou seja, aqueles que foram excluídos do festim da vida: seres anónimos, discretos, privados da palavra, marginalizados, condenados a uma existência insignificante, anónima e sem voz, quase invisíveis, que se inquietam e se questionam se a vida pode ser só o que lhes é imposto e que assumem como um tributo a pagar, sem qualquer protesto.
Mas então o que será realmente a vida? Haverá alguma senha, qualquer coisa que permita transpor a barreira da rotina e da indolência e chegar por fim ao conhecimento, à verdadeira realidade?
Procura respostas nestes 13 contos, através da voz de outros tantos «mudos», a quem Ramón Ribeyro devolveu o sopro negado e permitiu modular as suas aspirações, expectativas e angústias.
Fonte: textos das abas e da contracapa
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