FEVEREIRO E AS REZAS
Monge no "scriptorium" de um convento medieval |
Ano 1000. Século X. Os dias de Inverno mais rigorosos eram
dedicados à religiosidade. O medo do “fim dos tempos” ajudou a Igreja Católica
a subir para o topo do poder. Era a altura em que se ficava recolhido em casa, já que não havia muito que fazer nos campos cobertos de neve e de geada.
Tempo para pensar na vida dos Santos, seres humanos que
tinham passado pelas mesmas vicissitudes que qualquer outra pessoa, mas que, graças a muito esforço e sofrimento, tinham superado tudo para entrar em glória
no reino dos céus. O culto dos Santos crescia dia após dia, bem como o das
relíquias, objetos que de algum modo teria sido tocado ou pertencido a um
santo.
“Ora et Labora”, o lema da Abadia de Cluny, procurava dar
equilíbrio e organização à vida dos monges nos conventos, em contraste com a
vida atribulada dos restantes homens e mulheres medievais.
Os diversos Papas procuraram centralizar o seu poder e fazer
sentir aos devotos que, representando o poder de Deus na Terra, estavam a cima
de qualquer senhor.
A figura do Diabo,
demónio maligno que representava todos os males, foi nesta época desenhada pela
Igreja. Representava todos os males desta época sobretudo a insegurança e a
violência.
Rezar, rezar, rezar era a
única maneira de redimir o pecado e o mal tendo no horizonte a entrada no Reino
dos Céus.
Texto: Prof.ª Fátima Neto
Fonte: Revista SUPERinteressante,
Outono 2015
(Edição Especial História)
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