segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

LIVROS DO MÊS DE FEVEREIRO

Em Fevereiro, mês do Carnaval, o “faz-de-conta” está na agenda de todos os leitores. Propomos, por isso, para os mais jovens, a leitura de um livro em que outros livros são tratados por “meninos” e para os adultos a leitura de uma crítica bem humorada ao “faz-de-conta” que os pensadores europeus são mais sérios do que os outros.

O LIVRO DAS CONTAS E DOS CONTOS
Texto de José Vaz
Ilustrações de Elsa Fernandes
Trampolim editores
José Vaz, um dos singulares escritores contemporâneos para a infância apresenta-nos, neste volume, a história de um livro comprido, roto, desengonçado e escrito à mão por um homem bom que vendia pregos, tijolos e tapetes… mas que deixava os fregueses pagar os artigos à velocidade do caracol.
Um dia, o livro foi parar a uma biblioteca e os livros que ali estavam estacionados exclamaram com desdém:
- Não é dos nossos! Não é dos nossos!
Este conto insere-se nas características gerais da obra do autor onde, como afirma o investigador Rui Marques Veloso, no sítio da Casa da Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian: "tirando partido das suas vivências e do olhar atento ao mundo que o rodeia, [José Vaz] introduz o mistério que nos prende, o maravilhoso que alimenta o nosso imaginário, o cómico que diverte, a sensibilidade que cativa, a metáfora que surpreende. Sabe comunicar com os jovens leitores, jogando com um discurso muito próximo da criança, sem cair no infantilismo ou na cedência a jogos formais estereotipados".
A narrativa é complementada com uma ilustração singularmente bonita e expressiva da autoria de Elsa Fernandes.
 Plano Nacional de Leitura:Livro recomendado para o 3º ano de escolaridade, destinado a leitura autónoma.

DESPENTEANDO PARÁGRAFOS

de Onésimo Teotónio Almeida
Quetzal editores
Onésimo Teotónio Almeida é, há longos anos, professor na prestigiada universidade Brown, em Providence, EUA - pertencente à Ivy League (um grupo constituído pelas instituições de maior prestígio científico nos Estados Unidos e no mundo). De lá, transformou-se num observador privilegiado e distanciado da realidade cultural portuguesa, que sempre tratou com tolerância, sentido de humor e ironia.
Neste livro, o autor aborda questões polémicas no nosso meio cultural e universitário: de onde vêm a verborreia empolada e a dificuldade lusitana de se debater argumentos sem entrar em ataques pessoais? Por que eram os intelectuais portugueses tão sensíveis às modas francesas? Por que é que os intelectuais europeus não compreendem a América? Por que é que o provincianismo português é tão arrogante? Sempre num registo divertido, bem-humorado e provocador.

Texto: Prof.ª Fátima Neto



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