Celebra-se hoje o Dia Mundial do Braille, sistema de leitura através do tato, destinado a leitores cegos.
Este sistema foi inventado em 1827 por Louis Braille, que, quando tinha apenas três anos, ficou cego enquanto brincava com uma sovela da oficina de seu pai.
Ironicamente, ou talvez não, foi precisamente com o objeto que o cegou que Louis Braille inventou o braille, um alfabeto convencional cujos caracteres se indicam por pontos em alto relevo, sendo que, a partir dos seis pontos relevantes, é possível fazer sessenta e três combinações que podem representar letras simples e acentuadas, pontuações, números, sinais matemáticos e notas musicais. De facto, este sistema funciona tão bem que há quem afirme que a leitura e escrita de música é mais fácil para os cegos do que para os que veem.
Sendo um sistema realmente eficaz, tornou-se popular em todo o mundo e, hoje em dia, torna a palavra escrita disponível a milhões de deficientes visuais, graças aos esforços decididos de Louis, um jovem dono de uma inteligência invulgar, que não se conformou com a sua condição. Tal como registou no seu diário, se os seus olhos não o deixavam obter informações sobre homens e eventos, sobre ideias e doutrinas, tinha de encontrar uma forma de o conseguir. E conseguiu mesmo, inspirando-se na “escrita noturna” de Charles Barbier, um sistema de escrita que se aplicava então nos campos de batalha.
Aqui tens o alfabeto braille, que permite que muitos invisuais partilhem contigo o privilégio de conhecer autores e livros extraordinários:
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