quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

AJUDARIS: LETRAS SOLIDÁRIAS!


Como vem sendo habitual, em 2013 o nosso Agrupamento voltou a participar no projeto “Histórias da Ajudaris”, com duas história subordinadas ao tema da cidadania.
Coube a alunos da escola sede criar esta história: 


TODOS DIFERENTES, TODOS IGUAIS

Perto da casa do Raul, havia um campo de futebol, onde todas as tardes jogava um grupo de rapazes.
O André era um menino que também gostava de jogar à bola e queria fazer parte do grupo, mas não o deixavam, pois ele era diferente. O André era de raça negra.
O Raul era um rapaz conhecido por ser amigo do seu amigo e por se preocupar com toda a gente. Para o Raul, todos eram iguais e todos mereciam ser felizes.
Um dia, o Raul viu o André sozinho e triste, sentado no banco do jardim. Por ter percebido porque é que o André estava triste, apenas lhe fez uma pergunta:
- Queres brincar comigo?
O André sorriu. Estava feliz como o sol. Olhou para o Raul e disse:
- Claro que sim. Queres jogar à bola comigo?
O Raul sorriu e respondeu que sim, abanando a cabeça.
Mal começaram a jogar, o Raul ficou surpreendido com o André. É que ele era fantástico!
Um craque da bola!
Quando viram os dois novos amigos a jogar, o grupo de rapazes parou o jogo e ficou a admirar as jogadas fantásticas do André. Não tardou que fossem ter com ele e lhe perguntassem:
- Onde aprendeste a jogar assim?
O André retorquiu:
- Aprendi com o meu pai. Ele é um jogador do Porto. Vocês devem conhecê-lo!
Um dos rapazes interpelou-o:
- Queres fazer parte da nossa equipa?
O André não hesitou e respondeu:
- Só se o meu novo amigo também puder jogar connosco. É que para jogar à bola é bom, mas ter amigos é ainda melhor.
Ao ouvir estas palavras, o Raul comentou:
- Esta é uma boa lição para todos nós. A cor que temos por fora não conta. O importante é não sermos negros por dentro. Cá fora, somos todos diferentes e todos iguais.
Todos os rapazes perceberam e olharam para o chão, envergonhados.
O André rematou:
- O importante é sermos felizes. Vamos mas é brincar!

Esta história foi ilustrada pela  professora de Educação Visual Ana Stingl. Observa a sua criação:








Já os alunos da Escola E. B. de Costa Cabral criaram esta história:

Cidadania Escolar

Afonso e João eram dois amigos que frequentavam a escola EB de Girassóis, no 4º ano e adoravam participar nas atividades escolares. A escola era grande e bonita, com um amplo recreio, onde eles brincavam, rodeados de canteiros de flores. Havia também um campo de futebol onde jogavam à bola e praticavam outros desportos.
No decorrer de um jogo de futebol, caiu uma garrafa mesmo à frente dos pés do Afonso que fez com que ele tropeçasse.
- Ai! Isto doeu! – queixou-se o Afonso.
- Ah! Ah! Ah! Bem feito! – disseram os marotos da escola que tinham atirado a garrafa.
- Vamo-nos mas é embora daqui…
Entretanto, o João aproximou-se e disse:
- Deixa lá, estes rapazes são mesmo conflituosos, não conseguem brincar em grupo, não sabem nada de cidadania!
- O que é isso?! – disse o Afonso.
- Não sei explicar o que isso é, o que eu sei é que não devemos ser maleducados, nem desresp eitar os outros. Esses meninos sujam a natureza, deitando lixo para os nossos canteiros e põem em perigo os outros meninos. Eu tenho uma ideia! – sugeriu o João.
- E se nos dividíssemos em grupos para dar o exemplo? Apanhamos todo o lixo que eles fizeram, colocamo-lo nos ecopontos e cuidaremos dos nossos canteiros. Podemos também convidar todos os alunos da escola, para nos ajudarem. Desta forma, sempre que tivermos algum tempo livre poderemos apanhar o lixo que encontrarmos. Assim seremos AMIGOS da natureza!
Passado uns dias, o João percebeu que o Afonso andava esquisito pelos cantos, sempre a olhar para os lados, cheio de medo… Resolveu então falar com ele e ficou a saber que o Afonso estava a ser perseguido e ameaçado pelo Vítor, o líder do grupo de meninos conflituosos. O Afonso pediu ao João para não contar nada a ninguém, porque o tinham ameaçado por ele os ter visto a destruir os ecopontos.
O João achou que esta situação não podia continuar, tinha que fazer qualquer coisa para ajudar o amigo. Decidiu falar com o professor, sem que ninguém soubesse. Este informou a diretora da escola, que decidiu instalar câmaras de vigilância no recreio.
Passado alguns dias, a diretora Fernanda, durante o seu intervalo de almoço, olhou para a televisão, que estava ligada às câmaras e viu o Vítor e os seus amigos a atirarem lixo e garrafas para o Afonso. Imediatamente deslocou-se ao local onde todos se encontravam e ia pensando na medida educativa que iria aplicar-lhes. Assim que viram a diretora aproximar-se, desataram a correr. A diretora perguntou logo ao Afonso se estava bem e ele respondeu, bastante amedrontado, que sim. Entretanto olhou para o lado e viu que o Vítor tropeçou e caiu sobre a garrafa partida, que tinha atirado.
Apercebendo-se do sucedido, uma das assistentes operacionais dirigiu-se ao local e prontamente socorreu o aluno ferido. Entretanto a diretora conversou com os alunos e obrigou o Vítor e o seu grupo a pedir desculpa ao Afonso.
A partir desse dia aprenderam a ser cidadãos exemplares, mostrando-se sempre preocupados com a preservação de todos os espaços da escola, valorizando a amizade e o respeito entre TODOS!

E, aquando da recente apresentação do livro ao público, a professora bibliotecária Isabel Rebelo adaptou a história criada pelos nossos alunos à canção “Não há estrelas no céu” de Rui Veloso. Este é o resultado:

História AJUDARIS “ Cidadania Escolar”

O Afonso e o João
Dois amigos exemplares,
Não sabiam dizer não
A atividades escolares.

Um dia no futebol
O Afonso tropeçou,
Numa garrafa de vidro
E nela se magoou!

Quem atira assim pró chão
O lixo desta maneira,
Não é um bom cidadão
Por fazer tanta asneira!

O João teve a ideia,
E a Escola aderiu:
Limpar todos os canteiros,
Como nunca ninguém viu!

Para quem se porta mal
Há castigos bem merecidos,
A situação alterou-se,
E os maus foram vencidos!

Muita gente é assim…
É uma grande mania!
Mas no fundo é muito fácil
Perceber CIDADANIA!

Letra: Professora Bibliotecária Isabel Rebelo

Agora, resta-nos esperar que, inspirado por estas mensagens, sejas um cidadão exemplar e tornes a nossa escola e o nosso mundo um lugar melhor!

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