quinta-feira, 30 de abril de 2015

SEMANA DA LEITURA - 24 DE ABRIL NA BIBLIOTECA

 

No último dia da nossa “Semana da Leitura”, Manolito Gafotas  (que é como quem diz Manelito, Caixa de Óculos) de Elvira Lindo, chegou à biblioteca em forma de filme e das palavras da professora Mariana Xavier, para alunos do 3.º ciclo.

 
Mais tarde, foi a vez de os alunos das turmas 6.º D e 6.º F, acompanhados pelas professoras Ana Castro Silva e Beatriz Fonseca, celebrarem o “25 de Abril” e a "Liberdade".
Estes alunos começaram por ver um filme muito esclarecedor e interessante acerca da “Revolução de Abril”. Depois, escutaram atentamente o professor António Rodrigues, que complementou a informação do filme com belíssimos poemas alusivos ao tema, e a poesia fez-se também ouvir pela voz dos alunos do 6.º F, que leram poemas para os seus colegas.



Todos puderam ver também a exposição “Ditadura e Liberdade”, que se encontrava patente na BE/CRE.

O PORTO A LER – "ROTA DOS LIVROS" NA NOSSA ESCOLA

   
Foto




     Há cerca de 2 meses a Divisão Municipal de Educação da Câmara Municipal do Porto lançou-nos o desafio: dinamizar a atividade Rota dos Livros – um projeto de incentivo à leitura e à escrita - num dos dias do mês de abril.
     A escolha do dia para a realização da atividade foi instantânea: tudo se passaria no dia 23 de abril, “Dia do Livro e do Direito do Autor”. Pensar as atividades foi um pouco mais moroso, mas as ideias começaram de imediato a bailar na nossa cabeça: havia que celebrar o livro e a leitura; havia que dar voz a autores consagrados, mas também aos nossos alunos; havia que promover a inclusão da comunidade surda, muito representativa no nosso Agrupamento; havia que mostrar que os nossos professores gostam de ler, num movimento de contágio entre os mais novos!
     Para além disso, foi-nos proposto que os nossos alunos continuassem histórias que têm percorrido todos os agrupamentos do Porto e, durante o mês de abril, alunos do 5.º ao 9.º ano fizeram progredir as histórias há muito começadas.
     O grande dia chegou!
   Da parte da manhã, celebramos a poesia, pela voz de professores e alunos, que leram textos conhecidos e originais. Demos a conhecer histórias para além das histórias que os livros contam. Conhecemos a escritora Sofia Pinto da Silva.
    Da parte de tarde,  Luís Cravo, professor de História, falou de um dos livros da sua vida: Fábulas Proibidas de Alberto Moravia. Falou de 1 livro, mas poderia falar de 20, 50 ou 100. Porque para um bom leitor não existe o livro da sua vida, mas os livros da sua vida. Porque os livros foram os seus primeiros amigos. Porque foi com os livros que aprendeu a escutar a voz humana!
   Chegou, depois, a vez de escutarmos alguns daqueles que assistiram às atividades do dia 23 e a outras atividades da “Semana da Leitura”, que celebramos entre 20 e 24 de abril.

AQUI as suas opiniões!





Sobre esta atividade, ver mais AQUI.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

23 DE ABRIL NA BIBLIOTECA! - PELO PROFESSOR ANTÓNIO RODRIGUES

 


     Foi na biblioteca, em abril, em 23 de abril!
     Em abril, abrir livros, … mesmo sem ser abril… mas abrir… abrir livros é o primeiro passo para entrar no universo da escrita que nos fala do mundo e da vida, o nosso mundo e a nossa vida, outros mundos e outras vidas… que nos ajuda a saber, a conhecer… nos convida a sentir e pensar, a imaginar e criar… nos faz ser gente… faz-nos viver como pessoas… pessoas mesmo!
    No dia do livro, muitas pessoas se reuniram, de manhã e à tarde, na biblioteca! Alunos e professores falaram de livros, de muitos livros – livros que já abriram e livros que talvez um dia venham a abrir – … a professora Assunção Ribeiro falou… falou e leu… e convidou outros professores e alunos a ler e a falar… falaram e leram alunos, muitos alunos… a professora Fátima Neto falou e contou histórias muito curiosas do Harry Potter… e uma autora [Sofia Pinto da Silva] também veio falar do livro que escreveu… o professor Luís Cravo falou do livro da vida dele, que afinal era só um dos livros da vida dele, porque ele viveu sempre no meio de muitos livros e os livros têm sido sempre muito importantes para ele.
    Eu também gosto muito de livros e gosto de ler, por isso achei muito justo que se tivesse feito uma festa assim, com muita gente, bem-disposta, a falar de livros!
Espero que a festa – a boa disposição e o entusiasmo que todos partilhamos naquele dia – tenha sido um bom alimento para uma ideia e um sentimento: os livros merecem muito a nossa atenção!
     Boas leituras!
Prof. António Rodrigues

SEMANA DA LEITURA - DIA DO LIVRO E DO DIREITO DO AUTOR NA BIBLIOTECA

  

     No dia 23 de abril, a biblioteca abriu, uma vez mais, as suas portas à dinamização da Leitura. A manhã começou com uma lufada de Poesia a acordar sentimentos, emoções e musicalidade. Houve declamações e momentos de grande tranquilidade, coisa rara nos dias apressados que vivemos. Foi como se, por um estranho feitiço, o tempo tivesse ficado suspenso em torno de palavras carregadinhas de variados sentidos.
     Seguiu-se um encontro com as histórias que estão por detrás da escrita de alguns livros famosos, o que desencadeou a sua escrita, as peripécias que ocorreram a respeito destas obras, o porquê e o como de existirem. Apropriada a gente curiosa, esta sessão despertou um novo olhar sobre livros que se tornaram sucessos nas livrarias e até no cinema. Provocou sorrisos, olhares espantados e enriqueceu as referências culturais da audiência.
     Chegou então a “pérola em cima do bolo” que é como quem diz… um encontro ao vivo com quem não consegue viver sem escrever: uma escritora a sério! Sofia Pinto da Silva enterneceu todos com a sua chamada de atenção para a necessidade de todos tentarmos consertar os corações partidos, escangalhados, magoados que por uma ou outra razão nos rodeiam e aos quais nem sempre prestamos a devida atenção.
     No dia 23 de abril, na nossa escola, a magia aconteceu: na Biblioteca viveu-se uma festa à roda dos livros!
Prof.ª Fátima Neto

quinta-feira, 23 de abril de 2015

LEITURA EM ESPANHOL E CELEBRAÇÃO DA LIBERDADE NA NOSSA BIBLIOTECA

Amanhã, último dia da “Semana da Leitura”, que este ano foi subordinada ao tema “Palavras do Mundo”, ouvir-se-á ler em espanhol na nossa biblioteca: a professora Mariana Xavier lerá Manolito Gafotas (Manelinho, Caixa de Óculos - em português), de Elvira Lindo, aos alunos do 8.º B e a todos quantos desejarem comparecer na BE/CRE pelas 10:10.
Mais tarde, celebrar-se-á também o 41.º aniversário do 25 de Abril, com a leitura de poemas de diversos autores portugueses por alunos de turmas do 6.º ano. Em simultâneo, todos poderão visitar a exposição “Ditadura e Liberdade” patente na vitrina do polivalente e em diversos painéis no interior da biblioteca, constituída por artigos de jornais e revistas, cartazes e gravuras alusivas aos períodos anterior e posterior ao 25 de Abril.
Comparece! Vem conhecer melhor 
a nossa História e viajar nas palavras 
de nuestros hermanos!

quarta-feira, 22 de abril de 2015

"ROTA DOS LIVROS" AMANHÃ, NA NOSSA ESCOLA

Para comemorar o "Dia Mundial do Livro e do Direito do Autor" e no âmbito do programa municipal de promoção da leitura O Porto a Ler, implementaremos amanhã na nossa biblioteca um conjunto de atividades em que celebraremos o livro, a leitura, a poesia e as bibliotecas.
Vem celebrar connosco este dia tão especial!



terça-feira, 21 de abril de 2015

CONCURSO NACIONAL DE LEITURA – FASE DISTRITAL

Os nossos representantes no CNL - Lucas, Mariana e Catarina

Cerca de 500 alunos com idades compreendidas entre os 12 e os 18 anos, de 18 conselhos e 126 escolas do distrito do Porto, compareceram hoje à 9.ª edição da fase distrital do Concurso Nacional de Leitura, que decorreu na Biblioteca Municipal Almeida Garrett (BMAG).
São alunos que gostam de ler e, entre eles, encontravam-se a Mariana Conchinha (7.ºA), a Ana Catarina (8.º B) e o Lucas Rebelo (9.ºA), que não foram finalistas – era muito difícil, convenhamos, com tantos concorrentes… - mas que nos representaram dignamente e participaram no programa cultural paralelo que a BMAG proporcionou - a visita à exposição “You Love Me, You Love Me Not” e o espetáculo adVERSUS, uma performance teatral muito interessante, que cativou a audiência.
Por último, os nossos alunos e centenas de alunos de outras escolas, acompanhados dos seus professores e de alguns encarregados de educação, assistiram à prova oral final, que teve como júri o poeta, escritor e ensaísta José António Gomes, Maria Cabral – antiga técnica superior da Direção Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas -, e Carla Teixeira – bibliotecária da BMAG e coordenadora do SABE – Serviço de Apoio às Bibliotecas Escolares.
Uma festa da leitura vivida com muito entusiamo, que deixou a vontade de ler mais e de participar nas edições do CNL que se seguirão!

 


Deixamos-te aqui a opinião dos nossos leitores sobre a que leram na fase de escola - Aventuras de João Sem Medo, de Vergílio Ferreira:


segunda-feira, 20 de abril de 2015

PALAVRA PUXA PALAVRA – PELOS ALUNOS DO 4.º A da E.B. 1 AUGUSTO LESSA

Após a leitura do poema “A borboleta”, retirado do livro As fadas verdes de Matilde Rosa Araújo, fizeram-se alguns exercícios de leitura expressiva.
Como trabalho escrito, foi pedido aos alunos que, tendo em conta o tema do poema, contruíssem um texto poético no estilo “Palavra puxa palavra”:
-  escrever uma frase ou expressão, podendo escolher uma frase do poema;
-  continuar a escrever, iniciando cada linha com a última palavra da linha anterior, até se dar o texto por acabado.


          Borboleta colorida e adormecida
          Adormecida à espera do amor
          Amor que lhe deu a mão
          Mão pequena e delicada
          Delicada, a asa da borboleta
          Borboleta acorda encantada
          Encantada com o calor da manhã
          Manhã alegre e perfeita
          Perfeita, a borboleta apaixonada.
                                  Leonor – 4º A

                                                                            Era uma vez uma menina feliz
                                                                            Feliz quando pega no giz
                                                                            Giz era um brinquedo sagrado
                                                                            Sagrado, só se começar por um lado
                                                                            Lado, tem de ser o direito
                                                                            Direito, para dar jeito
                                                                            Jeito que dá o jardim
                                                                            Jardim, com uma joaninha quadrada
                                                                            Quadrada e diferente
                                                                            Diferente, mas de má não tem nada
                                                                            Nada igual
                                                                            Igual por dentro
                                                                            Dentro de uma casinha está um bicho
                                                                            Bicho-de-conta pelo qual se apaixonou
                                                                            Apaixonou-se e casou-se!
                                                                                                                  Rodrigo – 4º A


SEMANA DA LEITURA: PALAVRAS SOBRE PALAVRAS

Na “Semana da Leitura” que hoje iniciamos, convidamos-te a descobrir a palavra escrita, através das palavras intemporais que os poetas redescobriram e conquistaram.
Escuta-os!


A palavra

Falo da natureza.
E nas minhas palavras vou sentindo
A dureza das pedras,
A frescura das fontes,
O perfume das flores.
Digo, e tenho na voz
O mistério das coisas nomeadas.
Nem preciso de as ver.
Tanto as olhei,
Interroguei,
Analisei
E referi, outrora,
Que nos próprios sinais com que as marquei
As reconheço, agora.
Miguel Torga (1907-1995)
S. Martinho de Anta, 13 de abril de 1965


As palavras e a moda

As palavras têm moda. Quando acaba a moda para umas, começa a moda para outras. As que se vão embora voltam depois. Voltam sempre, e mudadas de cada vez. De cada vez viajadas.
Depois dizem-nos adeus e ainda voltam depois de nos terem dito adeus.
Enfim – toda essa “tourné” maravilhosa que nos põe a cabeça em água até ao dia em que já somos nós quem dá corda às palavras para elas estarem a dançar.
Almada Negreiros (1893-1970)


É fácil trocar as palavras

É fácil trocar as palavras,
Difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado,
Difícil é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto,
Difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos,
Difícil é reter o calor!
É fácil sentir o amor,
Difícil é conter sua torrente!

Como é por dentro outra pessoa?
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
(…)
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição
De qualquer semelhança no fundo.
Fernando Pessoa (1888 – 1935)
(texto com supressões)

domingo, 19 de abril de 2015

PENSAMENTO DA SEMANA: O PODER DOS LIVROS

Imagem via http://lokotopia.com.br/

«(...) os livros só se criam com o fim de unir as pessoas para além da sua própria existência e, assim, de se defender do inexorável oponente de tudo o que vive: fugacidade e esquecimento.»

(Stephan Zweig)

sexta-feira, 17 de abril de 2015

SEMANA DA LEITURA 2015 - UMA FESTA DA LEITURA PARA TODA A COMUNIDADE!



Na sequência do que já é, na nossa escola, uma tradição, a atividade “Semana da leitura” decorrerá na próxima semana, entre os dias 20 e 24 de abril. Assim, e com vista a potenciar a aquisição de hábitos de leitura junto da comunidade educativa,  surgirão ao longo da semana ações relacionadas com livros, leitores e  escritores.
A programação das diversas ações a realizar ao longo desses cinco dias encontra-se afixada, na sala de professores e em outros locais estratégicos da escola.
Desejamos que esta semana seja uma festa e convocamos a participação de todos para que o livro e a leitura assumam, nesta semana, o protagonismo  de que são merecedores numa comunidade educativa, tornando-se centro de atenções, objeto de comentários e tema de reflexão.

AQUI o programa da nossa “Semana da Leitura”!


quinta-feira, 16 de abril de 2015

O ENCONTRO COM ÁLVARO MAGALHÃES, PELO OLHAR DOS NOSSOS ALUNOS

O encontro ocorrido na nossa biblioteca com o escritor Álvaro Magalhães foi, certamente, marcante no percurso leitor dos nossos alunos. 
Deixamos aqui o testemunho de alguns dos que tiveram o privilégio de dialogar com o escritor.



ESCREVER POEMAS À MODA DE ÁLVARO MAGALHÃES - NAS BIBLIOTECAS DO 1.º CICLO

     Os alunos das nossas Escolas do 1.º ciclo / JI também não deixaram passar a visita de Álvaro Magalhães ao nosso Agrupamento em vão: em sessões orientadas pela professora Isabel Rebelo, estudaram o poema "Mistérios da escrita" e inspiraram-se no poema para brincarem com as palavras. 
        A palavra flor, que o poeta escreveu na folha branca de papel, passou a... 
        Lê, descobre e aprecia!


quarta-feira, 15 de abril de 2015

ÁLVARO MAGALHÃES NA BIBLIOTECA, PELO OLHAR DA PROFESSORA FÁTIMA NETO

Fotografia

13 de Abril de 2015. 15 horas. A Biblioteca marcara encontro com o conhecido escritor Álvaro Magalhães e um grupo de alunos e de professores também foram convidados.
Estavam reunidas as condições para que o inesquecível tivesse lugar e foi o que aconteceu.
Os alunos fizeram perguntas e o escritor não se fez rogado e encantou com a sua simpatia, o seu tom direto e a facilidade com que estabeleceu diálogo com todos. Revelou segredos sobre a arte de escrever, para ele tão importante como respirar, abriu uma frincha da janela  do seu dia a dia, que permitiu a todos os presentes espreitarem a sua intimidade. Revelou-se amante da noite, das estrelas, dos gatos, da infância. Nos seus olhos de adulto brilhava um maroto olhar de criança de causar inveja a quem não gosta de ler. Foi possível descobrir o quanto é leal aos amigos, ainda que estes já tenham morrido, como o Pina. O quanto é sensível à descoberta da alma leve daqueles que aparentam ser demasiado grandes, como os hipopótimos. Desvendou a identidade da Nana. Falou com entusiasmo do seu Porto, “uma camisa à sua medida, que lhe assenta bem”. Foi autêntico. Distribuiu carinho e autógrafos. Sorriu para as fotografias. Ofereceu livros à Biblioteca. Livros que são oxigénio capaz de revigorar as estantes para que a Biblioteca não morra e possa ser reconhecida por todos como o “meu” lugar na escola.
Prof.ª Fátima Neto

segunda-feira, 13 de abril de 2015

ÁLVARO MAGALHÃES NA NOSSA ESCOLA: “ESCREVER É COMO RESPIRAR”

 
 
      Hoje foi um dia especial: Álvaro Magalhães esteve na nossa escola!
  À hora marcada, compareceu na nossa biblioteca, onde alunos, professores e encarregados de educação o aguardavam, não sem uma boa dose de ansiedade.
     Seguiu-se a apresentação do autor e a declamação dos poemas “O limpa-palavras” e “Mistérios da escrita”. Em duas línguas! Sim, a língua portuguesa e a língua gestual portuguesa, que os alunos da nossa comunidade utilizam para comunicarem e que, hoje, foram veículo da sua gratidão a Álvaro Magalhães. Pela sua visita. Pela sua obra. Por nos surpreender a cada página. Por nos fazer refletir. Por nos fazer rir. Por nos propiciar belos momentos de partilha através das suas histórias e da sua poesia.

 

     Depois, foi a vez das perguntas, cujas respostas nos esclareceram sobre o processo de escrita, sobre a leitura e até sobre a vida do autor, três aspetos indissociáveis. Ficamos por isso a saber que:
     ▪ Nos seus tempos livres, Álvaro Magalhães lê, escreve, passeia, vai ao futebol e ao cinema.
     ▪ A propósito do texto “O segredo da orelha verde”, onde afirma que nasceu no Porto, sempre aqui viveu e sempre aqui viverá, esclareceu que o Porto é uma cidade feita à sua medida (como uma camisa!) - nem demasiado grande, nem demasiado pequena.
     ▪ Para o autor, uma boa história é aquela que envolve o leitor, e ser escritor é um destino, pois, embora na sua casa não houvesse livros e ninguém o incitasse a ler, desde sempre sentiu uma forte inclinação para a escrita – ele estava destinado a ser escritor.
     ▪ Para Álvaro Magalhães, escrever é como respirar, e considera-se uma pessoa muito afortunada, porque sempre teve muitos leitores e adora cada um dos seus leitores.
     ▪ “O Estranhão” é o rapaz que Álvaro Magalhães foi quando tinha os seus onze anos – alguém que gosta de escrever histórias e poemas; Já a coleção “Triângulo Jota” espelha a sua vivência e as experiências da sua adolescência, embora a realidade surja transfigurada nas suas obras. Na verdade, para o escritor, a realidade, que nem sempre tem muita graça, é muito enriquecida pela imaginação.
     ▪ Entre as obras que escreveu, talvez as suas preferidas sejam os livros de poesia O Limpa-Palavras e outros poemas e O Brincador.
     ▪ Escrever é brincar com as palavras, o que nem sempre é fácil; é uma brincadeira, mas também uma luta,  que implica a redescoberta e a conquista das palavras.
     ▪ Escrever [O Senhor Pina] é a melhor forma de homenagear um amigo, como o seu grande amigo Manuel António Pina, que também era escritor e escreveu muito para crianças.
     ▪ Na opinião do poeta, as palavras que neste momento precisam de ser limpas são palavras tão cruciais como "amor” e “amizade”- palavras que andam esquecidas, sujas e gastas.
     ▪ A escrita e o sonho são formas de fuga à realidade e, se Álvaro Magalhães pudesse voltar atrás no tempo, regressaria ao tempo anterior à morte de sua mãe, de quem sente muitas saudades.


 

   Depois de tantas e tão esclarecedoras respostas, resta-nos desejar que Álvaro Magalhães continue a sonhar e a escrever, a escrever e a sonhar… e que nos continue a encantar com a sua poesia e as suas histórias surpreendentes.
      Ah! E para os fãs de “O Estranhão” fica a novidade: o terceiro volume sai já em maio!

sábado, 11 de abril de 2015

CONVITE – ENCONTRO COM O ESCRITOR ÁLVARO MAGALHÃES

Resultado de imagem para Álvaro Magalhães + gatos

Convida-se toda a comunidade educativa a participar no encontro com o escritor Álvaro Magalhães, que decorrerá na próxima 2.ª feira, dia 13, na nossa Biblioteca.
Após a sessão de apresentação do autor, seguir-se-á a declamação de dois dos seus poemas – por alunos ouvintes e surdos -, uma entrevista e uma sessão de autógrafos.
Um encontro que promete com um grande escritor!

quarta-feira, 8 de abril de 2015

"YOU LOVE ME, YOU LOVE ME NOT" - ARTE CONTEMPORÂNEA NA BMAG

Para quem gosta de arte contemporânea:









"You Love Me, You Love Me Not"

Arte contemporânea
na coleção Sindika Dokolo


05 Março - 17 Maio
Galeria Municipal do Porto 
(Biblioteca Municipal Almeida Garrett
Jardins do Palácio de Cristal)
Terça a Sábado - 10:00 às 18:00
Segunda e Domingo - 14:00 às 10:00
Entrada Livre










sábado, 4 de abril de 2015

LIVROS DO MÊS DE ABRIL

Em abril, livros mil!

O ESTRANHÃO 2 – ACORDEM-ME QUANDO ISTO ACABAR, de Álvaro Magalhães
Queremos que enfrentes o 3.º período com um humor refinado, por isso aconselhamos-te a leitura das novas histórias de Fred, o Estranhão, um rapaz de 11 anos, com um Q.I. acima da média e enorme clarividência, que narra o seu estranho quotidiano com palavras e desenhos. Desta vez, ele abre um negócio, assiste a um Porto-Benfica, é assaltado na rua e assombrado pelo fantasma do avô. Pior, ainda: apaixona--se por uma rapariga cinco anos mais velha. E ele que só queria ter uma vida normal, sem sobressaltos… Mas isso não é tarefa fácil para um Estranhão. Pois não?
Sátira e humor da primeira à última página, de que é exemplo a frustrada candidatura de Frederico (nome por detrás da alcunha “Estranhão”) a "cartoonista" de um jornal. A resposta não lhe é favorável:  "Caro Frederico, Adoramos os teus desenhos, mas não podemos publicar material de menores. Cá te esperamos quando fizeres dezoito anos.”
No entanto, Fred não desiste: "Arranjei uma nova data de nascimento e fiquei com 35 anos, um curso de 'design' gráfico, um currículo bestial. Ou seja, deixei de ser um rapaz que escrevia e desenhava como se fosse um adulto, para ser um adulto que escrevia e desenhava como se fosse um rapaz. Era o que eles queriam, pareceu-me."
E pareceu-lhe bem, porque o mundo anda tão "estranhão" como Fred!...



[Agustina-Dicionário+Imperfeito.jpg]DICIONÁRIO IMPERFEITO, de Agustina Bessa-Luís
A obra de Agustina que te propomos para este mês é o seu Dicionário Imperfeito (Lisboa: Guimarães Editores), que inclui um conjunto de “ideias-chave, figuras, trechos significativos na obra de Agustina”, conjunto saído da obra não ficcional da escritora. Por este livro perpassam ainda afirmações sobre pessoas (a começar na própria Agustina, em jeito de autorretrato, e a continuar em Amadeo de Souza-Cardoso, Aquilino, Ingmar Bergman, Mário Botas, Camilo, Camões, Pascoaes, Dostoievski, Erasmo, Ferreira de Castro, Florbela Espanca, Freud, Greta Garbo, Garrett, Inês de Castro, Richter, Kirkegaard, Miguéis, Manoel de Oliveira, Pessoa, Marquês de Pombal, Régio, Francisco Sá Carneiro, Salazar, Santo António, D. Sebastião, Sidónio Pais, Mariana Alcoforado, Van Gogh, Vieira da Silva, Villon, Conde de Vimioso, Virgílio), sobre sítios (desde a “alma dos lugares” e passando por Barral, Brasil, Coimbra, Espanha, Porto, Foz do Douro, Hiroshima, Lisboa, Nova Iorque, Póvoa de Varzim, Rio de Janeiro, Roma, Sintra, Veneza), sobre sentimentos (amar, amizade, gratidão, sinceridade, simulação), sobre arte (artes plásticas, arquitetura, criação, escrita, literatura, poesia), sobre coisas (automóvel, computadores, guarda-chuvas, livros), sobre política (candidato, CEE, democracia, eleitor, governo, governantes, marcelismo, revolução de Abril) e sobre personagens (Moby Dick, Tristão, Isolda, José do Telhado).
Veja-se um excerto da entrada referente à “leitura”:
«Ler, que pode ser um vício, uma pedanteria ou um hábito, está reduzido a ser uma questão de tempo. Não há tempo para ler, a distância entre casa e o emprego é cada vez maior, os consultórios só fornecem velhas revistas ou propaganda médica, as gares do metro são mal iluminadas, a leitura não é protegida numa sociedade comprimida entre horas de ponta e telenovelas. A sociedade não se organizou no sentido de fazer do leitor um património cultural. Aquele que lê modera as leis da imbecilidade que é o mesmo que dizer as leis do mal.»

quinta-feira, 2 de abril de 2015

EM HOMENAGEM A MANOEL DE OLIVEIRA (11.12.1908 - 2.4.2015)

Fica a conhecer a vida nas margens do Douro, em 1931, pelo olhar de Manoel de Oliveira. Um Porto muito diferente daquele que conheces!




Sobre  o  "cineasta  mais  velho  do mundo em atividade" até ao dia de hoje, veja-se a homenagem que Agustina Bessa-Luís lhe presta no seu Dicionário Imperfeito:

Oliveira, Manuel de.

É um visionário. O seu lado obscuro desconcerta; o seu lado grave converte-se em humor para não ser apercebido. Eu aparento Manoel de Oliveira àqueles poetas saudosos que tivemos; Bernardim foi um deles, outro o cavaleiro Francisco Manuel de Melo. Vou dizer porquê. Porque em todos há mais determinação de fazer obra sua, do que voz do mundo.

Como um Bergman ou um Dreyer, ficará para sempre um mistério para os seus contemporâneos. Umas vezes é subtil, outras é sarcástico, raramente é amoroso e abandonado a um sentimento terno. Abandona-se à perfeição e nada mais. Há nele um empenho de contradição, o que faz da sua obra tão variada, tão inesperada e tão controversa.
Agustina Bessa Luís, Dicionário Imperfeito

2 DE ABRIL – DIA INTERNACIONAL DO LIVRO INFANTIL

Celebra-se hoje, dia 2 de abril, o Dia Internacional do Livro Infantil. Uma data especial em que também se comemora o nascimento de Hans Christian Andersen, nascido em Odense, na atual Dinamarca, em 1805.


Muitas Culturas Uma História

“Falamos muitas línguas e provimos de muitos cenários. 
Ainda assim, partilhamos as mesmas histórias."
Histórias internacionais… histórias locais
É a mesma história, que nos é contada
Em diferentes vozes
Em diferentes cores
E, contudo, permanece inalterada…
Inínio…
Enredo…
E final
É a mesma história que todos nós conhecemos & amamos
Nós escutamo-la
Em diferentes versões por diferentes vozes
Contudo é sempre a mesma
Há um herói … uma princesa… & um vilão
Independentemente da língua, dos nomes
Ou das caras
É sempre o mesmo Começo
Enredo
E Final
Sempre aquele herói… aquela princesa e aquele vilão
Imutáveis através dos tempos
Fazem-nos companhia
Sussurram-nos aos nossos sonhos
Embalam-nos para dormir
Vozes há muito idas
Mas vivem nos nossos corações para sempre
Porque nos unem na terra do mistério e da imaginação
Porque todas as culturas se fundem numa só história


In Revista “Babar” (via Bibliocolors) 
(Tradução livre)