quinta-feira, 2 de abril de 2015

EM HOMENAGEM A MANOEL DE OLIVEIRA (11.12.1908 - 2.4.2015)

Fica a conhecer a vida nas margens do Douro, em 1931, pelo olhar de Manoel de Oliveira. Um Porto muito diferente daquele que conheces!




Sobre  o  "cineasta  mais  velho  do mundo em atividade" até ao dia de hoje, veja-se a homenagem que Agustina Bessa-Luís lhe presta no seu Dicionário Imperfeito:

Oliveira, Manuel de.

É um visionário. O seu lado obscuro desconcerta; o seu lado grave converte-se em humor para não ser apercebido. Eu aparento Manoel de Oliveira àqueles poetas saudosos que tivemos; Bernardim foi um deles, outro o cavaleiro Francisco Manuel de Melo. Vou dizer porquê. Porque em todos há mais determinação de fazer obra sua, do que voz do mundo.

Como um Bergman ou um Dreyer, ficará para sempre um mistério para os seus contemporâneos. Umas vezes é subtil, outras é sarcástico, raramente é amoroso e abandonado a um sentimento terno. Abandona-se à perfeição e nada mais. Há nele um empenho de contradição, o que faz da sua obra tão variada, tão inesperada e tão controversa.
Agustina Bessa Luís, Dicionário Imperfeito

1 comentário:

  1. nestes últimos dois anos é vê-los partir em bando... que voem. alto. alto. muito alto.

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