Gosta de todos os temas: qualquer tema pode estar na génese de um poema seu, desde o amor, ao leite-creme ou a uma simples ervilha… Gosta de viver junto ao mar, de conversar, de estar com os amigos, de cinema. Prefere a poesia à prosa e até a sua prosa é poética. Gosta de ler, embora não tenha nascido numa casa de grandes bibliotecas: sua mãe gostava de policiais e seu pai lia muito sobre engenharia. Já a sua tia, Luísa Amaral, que também escrevia poesia, foi uma influência muito importante.
Ana Luísa Amaral gosta da música das palavras! Primeiro encantou-se com as palavras: o espanto com as palavras aconteceu-lhe muito cedo. Depois contactou com muitos autores através das seletas da escola. Mais tarde encontrou-se com O Cavaleiro da Dinamarca de Sophia de Mello Breyner Andresen. Um encontro muito forte. Maravilhoso!
Ana Luísa Amaral lê muito, há muito tempo, escritores lusos e também estrangeiros, fruto da sua atividade de docente na FLUP. Como afirma, "o escritor é sempre um leitor e precisa sempre de ler o que os outros escrevem para encontrar a sua própria voz. Ler cria-nos mundos diferentes. A literatura, como toda a arte, é fundamental!"
Reportagem fotográfica de um encontro invulgar: imagens, sons e silêncios na diferença de COMO TU!
O Dr. Emídio Isaias e a Dr.ª Paula Aires deram as boas-vindas a Ana Luísa Amaral. |
Alunos do 5.º B leram poemas de COMO TU, sob o olhar atento da autora. |
A Dr.ª Elsa Silva leu um poema... |
... e alguns alunos da nossa comunidade surda acompanharam-na. |
Alunos ouvintes também leram... |
... e houve tradução simultânea! |
A poetisa leu e os alunos do 5.º A dramatizaram. Encanto! |
A Inês assistiu a tudo via Skipe! |
Por último? Os autógrafos! |
E ainda outro poema de Ana Luísa Amaral:
VISITAÇÕES, OU POEMA QUE SE DIZ MANSO
De mansinho ela entrou, a minha filha.
A madrugada entrava como ela, mas não
tão de mansinho. Os pés descalços,
de ruído menor que o do meu lápis
e um riso bem maior que o dos meus versos.
Sentou-se no meu colo, de mansinho.
O poema invadia como ela, mas não
tão mansamente, não com esta exigência
tão mansinha. Como um ladrão furtivo,
a minha filha roubou-me a inspiração,
versos quase chegados, quase meus.
E mansamente aqui adormeceu,
feliz pelo seu crime.
Sem comentários:
Enviar um comentário
Obrigada pelo seu comentário!