Cena de um mercado urbano - iluminura do livro Le chevalier errant, 1400-1405, Paris, BN |
ABRIL E O COMÉRCIO
No fim do primeiro milénio, as velhas estradas romanas
estavam desgastadas e quase destruídas e os caminhos eram perigosos. Os meios
de transporte não eram os melhores e nada garantia que as mercadorias chegassem
ao seu destino nas melhores condições.
Nesta época, ao longo do Caminho de Santiago, para abastecer
os peregrinos, apareceu uma importante actividade mercantil. Simultaneamente as
cidades desenvolviam-se em torno de um castelo, de uma abadia ou de uma
universidade, mas a cidade propriamente dita correspondia ao burgo, o bairro
exterior a estas construções nucleares. Ora, no burgo, a maioria da população
dedicava-se ao artesanato ou ao comércio. O Burgo era polo de atração para
vendedores e compradores, centro de uma nova classe emergente, a Burguesia.
A necessidade de abastecer o burgo e os seus comerciantes
(burgueses) provocou iniciativas temerárias por parte destes: viagens com
recurso a bestas de carga, devidamente escoltadas por homens armados para evitar
os frequentes assaltos, e outras actividades de intercâmbio realizadas por mar,
enfrentando naufrágios e piratas.
Texto: Prof.ª Fátima Neto
Fonte: SuperInteressante,
Edição especial História
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