Hoje, segundo dia da Semana da
Leitura, recebemos na nossa escola dois alunos da Faculdade de Economia da
Universidade do Porto: vieram partilhar connosco a sua experiência de grandes
leitores que são e, claro, fizeram a apologia da leitura.
Gil Flores, ex-aluno da nossa escola, e Manuel Lança,
director do Jornal da FEP, conversaram com alunos do 6.º e 8.º anos e
deixaram-nos ideias interessantíssimas a analisar e reter. Apresentamos-te
alguns fragmentos da sua intervenção, sobre os quais te convidamos a refletir:
▪ Um só livro pode alterar completamente a
visão que uma pessoa tem do mundo. Alguns livros têm um poder incomensurável!
▪ A leitura tem o poder de fazer de nós
pessoas diferentes e únicas: pode ser o nosso traço distintivo, aquilo que nos
diferencia e nos acrescenta valor!
▪ Quando lemos, estamos a exercitar as nossas
capacidades criativas e de imaginar, o que nos vai ser exigido ao longo de toda
a vida.
▪ Quando lemos, experienciamos as vivências das personagens,
que, em algum momento, passam pelos mesmos dilemas e desafios que nós. Esta é
uma boa forma de encontrarmos soluções mais facilmente, sempre que nos
deparamos com alguma situação problemática; afinal, se aquelas personagens
conseguiram superar os obstáculos, também nós seremos capazes de fazê-lo. Ao
lermos, vivemos experiências extra de vida; logo, temos mais hipóteses de
escolha, pois estamos avisados no sentido de não repetirmos os mesmos erros que
outros cometeram e também conscientes
relativamente a formas alternativas de reagir em determinada situação.
▪ Muito do que sabemos
é-nos imposto, em particular nos regimes ditatoriais. Nas ditaduras proíbem-se
os livros, o que não acontece por acaso: os livros dão-nos visões alternativas
do mundo, o que permite ter um olhar crítico sobre a realidade e nos instiga à
acção. Mas aos ditadores não interessa que os seus “súbditos” tenham ideias
próprias, pois não?
▪ As pessoas que escrevem
melhor são as que leem mais: Gil e Manuel sabem-no bem. Entre os colaboradores
do Jornal da FEP, aqueles que escrevem melhores artigos, desde reportagens a
crónicas, são aqueles que sempre leram muito. Para além disso, os seus artigos
são mais interessantes, porque as pessoas que os escrevem são mais cultas e
interessantes.
▪ Quando vemos alguém
destacar-se pela sapiência, pela inteligência e pela capacidade interventiva,
geralmente essa pessoa tem uma biblioteca por trás – já leu muitos livros que a
catapultam para o sucesso.
Não
obstante todas as boas razões que temos para ler mais, muitos alegam não terem
tempo para se desculparem do pouco (ou nenhum tempo) que dedicam à leitura.
Pois bem: para o Gil e o Manuel, alegar que não se lê por falta de tempo não é
muito legítimo, porquanto as pessoas mais ocupadas são também as que mais
livros leem. Veja-se, a título de exemplo, o caso de Bill Gates. Quem não
conhece Bill Gates? Provavelmente, ele será um dos homens mais ocupados do
planeta; no entanto, ele lê 50 livros por ano!
Se
Bill Gates, com todas as suas ocupações e responsabilidades tem tempo de ler 50
livros por ano, todos nós podemos igualmente ler alguns livros por ano. O que
custa é começar. Depois, quando nos deixamos invadir pelo bichinho da leitura,
é quase impossível deixarmos de ler.
Eis algumas das ideias inspiradoras
que o Gil e o Manuel nos deixaram.
Vale bem a pena pensares nelas!
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