Sofia Araújo é doutorada em Literatura
Portuguesa e Inglesa e, atualmente, leciona Estudos Literários no ensino superior. No início da sua carreira, passou pela nossa escola, onde realizou o
seu estágio. Hoje, Sofia visitou-nos e conversou com várias turmas, entre as
quais o 9.º A.
- Ah!
Então gostam de narrativas! – exclamou.
Afinal,
vários tinham lido livros da coleção Uma
aventura, como acabaram por admitir. Foi aí que passou ao seu testemunho. E
foi também aí que o ar de sobranceria foi dando lugar a um interesse genuíno,
que levou os alunos a permanecerem na sala de aula depois do toque de saída,
para ouvirem Sofia fazer várias afirmações em defesa da leitura, das quais destacamos:
▪ Os livros
dão-nos uma liberdade de imaginação que o filme não permite e “o fascínio de um
livro é permitir-nos suspender a vida real e entrar nesse outro mundo”.
▪ Todos
gostamos tanto de narrativas e muitos jovens gostam de ver o Poirot e gostaram
da coleção Uma aventura – porque a
leitura é como um jogo , para além de que todo o ser humano gosta de histórias.
▪
Como lembra Daniel Pennac, os direitos do leitor são muito importantes – o
direito de passar à frente uma parte chata, de abandonar um livro de que não se
está a gostar, de começar a ler o final…, tudo aquilo que não podemos fazer
quando o livro é objeto de estudo.
▪ Os
livros ajudam-nos a verificar que, afinal, não estamos sós nem somos só nós a
sentir-nos assim. Outros já o experimentaram e, quando lemos as suas histórias,
sentimo-nos acompanhados. Ler essas coisas por palavras de outros, que nós se
calhar nem saberíamos exprimir, é do mais gratificante que tem a leitura em qualquer
idade.
▪ “A
leitura permite-nos uma liberdade que não temos no dia a dia.”
▪
Emily Brontë, autora do mundialmente célebre Monte dos Vendavais, praticamente nunca saiu de casa e morreu muito
nova, com apenas 30 anos. Como foi possível que conhecesse tão bem o ser humano
e o seu íntimo? Tinha uma casa cheia de livros e os livros permitem-nos esse conhecimento do ser humano.
Estas
foram algumas das ideias com que Sofia cativou os alunos de 9.º ano, que, embora inicialmente
um pouco renitentes, a ouviram com progressivo interesse e prazer.
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